A nova Política Nacional de implantação de Pontos de Parada e Descanso (PPD) em estradas federais prevê a oferta do serviço a partir de 2025. Instalações com infraestrutura para atender motoristas em viagem serão obrigatórias nos contratos e projetos de concessão das rodovias. De acordo com o Ministério dos Transportes, além de garantir as condições adequadas de repouso para os profissionais, a medida busca ampliar a segurança e reduzir o número de acidentes nas rodovias federais. Segundo a Confederação Nacional do Transporte, até 2023 já existiam 155 paradas em funcionamento nas rodovias federais, sendo 108 em estradas administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e apenas 47 naquelas concedidas à iniciativa privada. Com a política criada pelo governo por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (19), a Lei do Motorista (nº 13.103/2015) foi regulamentada e as mudanças começam a vigorar em 2 de maio. Pelas regras, todo co
" O chorinho deu o tom da noite de segunda-feira de Carnaval no Festival Jazz & Blues, com um representante do primeiro time de compositores do gênero musical essencialmente brasileiro. Zé Menezes, na juventude de seus 89 anos, mostrou por que segue compondo e gravando, cuidando do registro de sua obra, um patrimônio da música nacional, compartilhado com o público de Guaramiranga.
Se novas gerações de ouvintes seguem admirando as obras dos históricos compositores do choro, quem assistiu à apresentação de Zé Menezes, ladeado com simplicidade e competência pelo teclado de Marcelo Caldas e por Daniela Spilman no sax e na flauta, não teve dúvidas de estar diante de um criador igualmente genial. Tirando os frevos da abertura e do encerramento (pérolas melódicas como “Terra quente” e “Frevo pra Dani”, homenagem à colega de palco), foram contados 13 choros, em demonstrações da riqueza de caminhos e possibilidades do gênero imortalizado por Pixinguinha, Jacob, Nazareth. E, por que não, por Zé Menezes, cearense de Jardim, que adotou o Rio de Janeiro como palco para sua música.
A elegância de Zé Menezes, sempre se revezando entre o bandolim e o violão tenor, arrancou aplausos de pé, em muitos momentos. “O violão tenor é um instrumento praticamente em extinção. Tenho este desde 1935 e tenho mais ciúme dele que da mulher e das minhas filhas”, contou, depois de mandar o “Seresteiro”.
Das recordações da convivência com Radamés Gnatalli veio “Todo azul”, aplaudida como “Gafieirando” e, principalmente, o balanço irresistível de “Gafieira carioca”. Quebrando a sequência de choros, a beleza da valsa “Pensando em ti”, composição de 1939. “Eu já tocava nas rádios do Ceará naquele tempo”, testemunhou. Pena que hoje, salvo exceções, nem tanto, acrescentamos.
Sem deixar de mostrar seus maiores sucessos – “Nova ilusão” e “Comigo é assim”, com mais de 30 regravações cada, e o famoso tema dos Trapalhões -, Zé Menezes contagiou ouvintes e colegas músicos, com mais temas de melodia e fluência impressionantes, como “Tô querendo”, “Gosto de você” e o magistral “Contrapontando”. Zé Menezes segue escrevendo sua história de louvável contribuição à música. E já marcou novo encontro com o público cearense: “Quero voltar quando completar 100 anos. E quero vocês aqui”. "
Por Dalwton Moura, jornalista e crítico musical
Se novas gerações de ouvintes seguem admirando as obras dos históricos compositores do choro, quem assistiu à apresentação de Zé Menezes, ladeado com simplicidade e competência pelo teclado de Marcelo Caldas e por Daniela Spilman no sax e na flauta, não teve dúvidas de estar diante de um criador igualmente genial. Tirando os frevos da abertura e do encerramento (pérolas melódicas como “Terra quente” e “Frevo pra Dani”, homenagem à colega de palco), foram contados 13 choros, em demonstrações da riqueza de caminhos e possibilidades do gênero imortalizado por Pixinguinha, Jacob, Nazareth. E, por que não, por Zé Menezes, cearense de Jardim, que adotou o Rio de Janeiro como palco para sua música.
A elegância de Zé Menezes, sempre se revezando entre o bandolim e o violão tenor, arrancou aplausos de pé, em muitos momentos. “O violão tenor é um instrumento praticamente em extinção. Tenho este desde 1935 e tenho mais ciúme dele que da mulher e das minhas filhas”, contou, depois de mandar o “Seresteiro”.
Das recordações da convivência com Radamés Gnatalli veio “Todo azul”, aplaudida como “Gafieirando” e, principalmente, o balanço irresistível de “Gafieira carioca”. Quebrando a sequência de choros, a beleza da valsa “Pensando em ti”, composição de 1939. “Eu já tocava nas rádios do Ceará naquele tempo”, testemunhou. Pena que hoje, salvo exceções, nem tanto, acrescentamos.
Sem deixar de mostrar seus maiores sucessos – “Nova ilusão” e “Comigo é assim”, com mais de 30 regravações cada, e o famoso tema dos Trapalhões -, Zé Menezes contagiou ouvintes e colegas músicos, com mais temas de melodia e fluência impressionantes, como “Tô querendo”, “Gosto de você” e o magistral “Contrapontando”. Zé Menezes segue escrevendo sua história de louvável contribuição à música. E já marcou novo encontro com o público cearense: “Quero voltar quando completar 100 anos. E quero vocês aqui”. "
Por Dalwton Moura, jornalista e crítico musical
Fonte: Site do Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga
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