Polícia Civil de São Paulo vai investigar as circunstâncias da morte do cão Joca, que embarcou para o destino errado devido a uma falha operacional da Gol. O cachorro da raça Golden Retriever foi levado ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para Sino (MT), onde encontraria com o tutor, porém foi parar em Fortaleza (CE). Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso será investigado pela Delegacia do Meio Ambiente, onde a mãe do tutor de Joca, Márcia Martins, prestou esclarecimento na terça-feira (23). O corpo do animal foi submetido ao exame de necropsia e o resultado deve sair em até 30 dias. De acordo com o SBT News, Joca tinha quatro anos. O tutor João Fantazzini estava se mudando para o Mato Grosso e embarcou para Sinop com o objetivo de chegar à cidade no mesmo horário que o cachorro. Ao desembarcar, ele foi informado de que o animal, que estava em uma caixa de transporte, havia sido levado para Fortaleza. No total, a viagem que deveria durar duas horas e m
Festival Rabecas da Tradição se encerra nesta quarta, 30/11, no Cineteatro São Luiz, com Chico Barbeiro e Dona Ana de Sá, única mulher entre 184 rabequeiros pesquisados
O Festival Rabecas da Tradição, com curadoria do jornalista, pesquisador e professor Gilmar de Carvalho e do fotógrafo Francisco Sousa, que ao longo das quartas-feiras de novembro, sempre ao meio-dia, convidou o público a um encontro com a cultura popular e com oito grandes rabequeiros cearenses, de seis municípios, no Cineteatro São Luiz, tem sua última apresentação nesta quarta, 30/11. Com entrada franca, o público poderá aplaudir dois mestres da rabeca: Chico Barbeiro e Dona Ana de Sá, a única rabequeira encontrada ao longo da pesquisa empreendida por Gilmar de Carvalho e Francisco Sousa, curadores do festival, em todo o Ceará.
Chico Barbeiro é um criativo improvisador, um verdadeiro "showman", que faz seu próprio instrumento a partir de canos de pvc e pedaços de madeira. Dona Ana Sá de Oliveira, a única mulher dentre os 184 rabequeiros levantados em todo o Ceará, toca um violino parisiense, que foi de seu pai, pequeno proprietário rural da cidade de Umari.
A proposta do Rabecas da Tradição é trazer para o Centro de Fortaleza este toque que animou festas nos terreiros das fazendas, que acompanhou reisados e danças de São Gonçalo e que serviu de trilha para dramas e teatro de bonecos em vários municípios cearenses, durante muitos anos. Tudo ao acesso do público, em um dos mais movimentados pontos da capital, com uma opção de programação cultural de qualidade para quem passa pela Praça do Ferreira e pelas ruas do Centro, no intervalo para almoço, em um encontro com nossa arte e nossa identidade, em uma dos mais belos e significativos equipamentos culturais do País.
"A rabeca não é um violino tosco ou mal acabado. É um parente próximo do violino, com o mesmo formato, as mesmas quatro cordas e a mesma afinação, ressalta Gilmar de Carvalho, sobre o mítico e sedutor instrumento. "A diferença entre rabeca e violino é a liberdade que têm nossos luthiers, os fabricantes de instrumentos de corda, sertanejos para recorrer ao que têm à mão para fazer som", acrescenta o professor, frisando que as rabecas são feitas de vários tipos de madeiras, e de várias formas (cocho, com as laterais encurvadas na água). E ainda com latas de pólvora secas, com a reutilização de panelas e até com canos de pvc, como as de Chico Barbeiro, de Baixio, fronteira com a Paraíba.
Da pesquisa ao festival
O Festival Rabecas da Tradição parte da pesquisa sobre rabecas, performance e luteria, que vem sendo desenvolvida, desde 2004, pelo jornalista e professor Gilmar de Carvalho, e pelo fotógrafo Francisco Sousa. A pesquisa ganhou o Prêmio Nacional Rodrigo Melo Franco, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2014.
"Será uma oportunidade de fruir estes toques de rabeca, em uma das nossas principais e mais belas salas de espetáculo, o Cineteatro São Luiz", complementa Gilmar de Carvalho, reforçando o convite ao público para o Festival Rabecas da Tradição.
SERVIÇO:
Festival Rabecas da Tradição. Apresentações de rabequeiros cearenses nas quartas-feiras de novembro, sempre ao meio-dia, no foyer do Cineteatro São Luiz, equipamento da Secult. Entrada franca.