O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu nesta quarta-feira (24) que não há provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro pediria asilo ao permanecer por dois dias na Embaixada da Hungria , em Brasília, em fevereiro deste ano. A estadia de Bolsonaro na embaixada foi divulgada pelo jornal The New York Times . Ao avaliar o caso, Moraes argumentou que o ex-presidente não violou a medida cautelar que o proíbe de se ausentar do país. "Não há elementos concretos que indiquem efetivamente que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento", afirmou o ministro. Moraes, no entanto, manteve a apreensão do passaporte do ex-presidente . A retenção do documento e a proibição de sair do país foram determinadas pelo ministro após Bolsonaro ser alvo de uma busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis , que investiga a tentativa de golpe de E
Com presença do secretário Fabiano dos Santos, CCBJ iniciou cursos "Robótica para Crianças" e "Criação de Jogos Digitais". Ainda há vagas, com inscrição gratuita
Os secretários Fabiano dos Santos (Secult) e Inácio Arruda (Secitece) acompanharam na manhã desta quinta-feira, 12/1, a primeira aula do curso "Robótica para Crianças", no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará. Foi a abertura dos cursos da segunda etapa da ação “UTD Itinerante”. Crianças e adolescentes participaram da primeira aula dos cursos “Robótica para Crianças” e “Criação de Jogos Digitais”. A partir de sábado, 14, é a vez dos adultos inscritos no “Informática para o Mercado de Trabalho”.
A Universidade do Trabalho Digital é um projeto do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), e a primeira etapa da ação “UTD Itinerante” atendeu os jovens do grande Serviluz. Para esta segunda etapa, a Secitece, em parceria com a Secult, espera alcançar mais moradores do Grande Bom Jardim, a fim de atingir o mesmo êxito da primeira edição.
Os cursos e todo o material didático disponibilizados pela Secitece são gratuitos. Em parceria com a Secult e com o Pacto Ceará Pacífico, as aulas acontecem até março de 2017, no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), localizado à rua Três Corações, 400, no bairro Bom Jardim, no período da manhã e da tarde.
O Secretário Fabiano dos Santos Piúba (Secult) aposta nesta parceria entre a Cultura e a Tecnologia. “Esses meninos e meninas do Grande Bom Jardim estão tendo essa oportunidade ou, como o secretário Inácio Arruda gosta de dizer, o direito de chance. Eles vão ter essa experiência, esse contato com o universo da arte e da ciência, e sairão daqui com a oportunidade de uma formação e como uma forma de despertar neles o interesse para aprimorar isso, para brincar com isso, para aprender com isso. Então é uma ação de acesso, mas também de cidadania, de direito à cultura, de direito ao conhecimento”, frisou o secretário Fabiano dos Santos.
“A gurizada é fantástica. Essa meninada tem muito mais afinidade com a tecnologia. A gente entrega [a tecnologia] pra ela e ela vai embora. Quando a gente fez o primeiro curso no Vicente Pinzón, a pergunta era ‘Será que vai dar certo mesmo? Será que essa meninada vai dar conta?’. No final foi um espetáculo e acho que aqui no Bom Jardim vai ser do mesmo jeito", ressaltou Inácio Arruda. "Existe uma inteligência extraordinária no meio do povo, bem na periferia, e nós apostamos nela para fortalecer ainda mais a cultura digital no Ceará”, destacou.
Robótica para Crianças
Voltado para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 16 anos, o curso “Robótica para Crianças” acontece em duas turmas, às terças e quintas, no período da manhã e da tarde, e aos sábados, à tarde. A proposta é que os participantes compreendam o funcionamento dos equipamentos eletrônicos, na perspectiva de que eles construam seus próprios artefatos e possam sentir interesse até em ingressar profissionalmente nesta área no futuro.
“Esse curso, no módulo inicial, pretende despertar neles a curiosidade sobre o que é a mecatrônica e, de certa forma, desmistificar. Eles entenderem que a mecatrônica está presente no nosso mundo em tudo, no ar-condicionado, na TV. Eles vão compreender como as aulas teóricas podem ser utilizadas na prática, vão ter noções de eletrônica, de mecânica, vão aprender a usar softwares avançados. A gente espera que isso desperte o interesse de uma faculdade, de um curso técnico na área”, destaca Leonardo Mota, um dos professores do curso de Robótica, graduado em Mecatrônica Industrial pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).
Cassiano Maciel, 12 anos, é um dos alunos do curso. Ele estuda no sétimo ano na Escola Municipal Professora Lirêda Facó no Bom Jardim. Já na primeira aula, já sabe o que quer de resultado para o curso: “Eu quero construir aqueles carrinhos que andam na pista com sensor”. Cassiano foi inscrito no curso junto aos seus dois irmãos. “Minha mãe ficou sabendo e botou logo nós três, eu, o Robson e o Luan. A gente vai aprender várias coisas sobre robótica, aprender a fazer as coisas. Na primeira aula aprendi sobre eletrônica, as placas, o que é para fazer o motor. Eu já sabia um pouquinho”, destacou Cassiano, empolgado com o que virá pela frente.
Criação de jogos digitais
O curso de criação de jogos digitais também é direcionado a crianças e adolescentes com idade entre 10 e 16 anos, e vai acontecer, também em duas turmas, às terças, quintas e sextas, no período da manhã e da tarde no CCBJ. Os jovens participantes já estão produzindo seus roteiros para a produção dos jogos. Neste primeiro momento, a proposta é que compreendam logicamente como se constrói um jogo e utilizem sua vivência na comunidade do Grande Bom Jardim para ter ideias do que produzir.
O professor Ítalo Furtado já trabalha com a área há seis anos. Hoje, é graduando em Jogos Digitais pela Faculdade Estácio de Sá. “A gente vai trabalhar com a ‘Construct’, um motor gráfico para fazer jogos e que não exige que você saiba escrever códigos. Ele só exige que você pense logicamente. Então o nosso esforço maior vai ser fazer com que as crianças saiam da esfera do ‘ser jogador’ e entender que como desenvolvedores eles vão precisar pensar logicamente fazendo o programa entender a lógica deles. A gente vai bater muito forte também na questão do conceito. A gente espera que saiam daqui alguns pequenos jogos e que passem minimamente uma mensagem. Por exemplo, um jogo de reciclagem, de economia de energia ou de água, temas simples que podem ser abordados, totalmente coerentes com a comunidade do Grande Bom Jardim e que eles não precisem sair da realidade deles”, explicou o professor Ítalo Furtado.
Os professores
Quem já está ansioso para produzir seu próprio jogo digital é Auricélio Junior, 12 anos, estudante do 7° ano do Colégio Castro, no Bonsucesso. Quem o inscreveu no curso foi sua irmã Auricélia de Lima. “Sempre eu tenho interesse na programação do Dragão, do São Luiz, do CCBJ e eu vim dar uma olhada nos cursos que estavam com inscrições abertas aqui no Bom Jardim. Aqui no CCBJ é mais próximo de casa e ele gosta de mídias digitais. Espero que ele aprenda cada vez mais”, reforçou Auricélia.