Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Prefeitura de Fortaleza inicia, nesta terça-feira (02/04), um mutirão de entrega das Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). Durante todo o mês, serão entregues duas mil carteiras de forma descentralizada em todas as Secretarias Executivas Regionais (SERs). A ideia é zerar a fila de espera para quem já solicitou e diminuir o tempo entre as novas solicitações e o recebimento. A emissão da CIPTEA, que completa um ano neste mês, tem como objetivo inibir as barreiras atitudinais no atendimento às pessoas autistas, ou seja, atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas. Ao apresentá-la, torna-se obrigatório o acesso prioritário em todos os serviços públicos e privados, em especial, nas áreas da saúde, educação e assistência social. "Essa é uma forma de garantir um dir
O juiz eleitoral da 118ª Zona Eleitoral, José Ricardo Patrocínio, cassou nesta quinta-feira, 26, o diploma da vereadora de Fortaleza Lucimar Vieira Martins – conhecida como Bá (PTC) – por compra de votos na eleição de 2016. A decisão atende a uma denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), ajuizada pelo promotor de Justiça Antônio Ricardo Brígido Nunes Memória. Além disso, a Justiça Eleitoral determinou que a vereadora pague multa de R$ 20 mil. Como a decisão é em 1ª instância, a parlamentar ainda pode recorrer ao pleno Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE).
O promotor de Justiça representou a parlamentar, acusada de captação ilícita de sufrágio, ou seja, compra de votos. Na denúncia, o representante do Ministério Público apontou a existência de um “balcão de prestação de favores e dádivas” no comitê eleitoral da candidata. Segundo o despacho do juiz, “não há dúvida” de que a campanha da candidata teria distribuído benefícios dos mais diversos, desde o pagamento de contas de água e energia até “favores e marcação de consultas” para óculos.
A sentença se baseia, ainda, em um mandado de busca e apreensão cumprido no comitê da candidata, onde foram apreendidas “inúmeras faturas de contas em nome de diversos eleitores” e cópias de documentos, “inclusive com nomes e números de títulos de eleitor, zonas e seções eleitorais”. De acordo com o magistrado, as listas tinham até o quantitativo de votos conquistados por cada “favor”. A investigação que levou à apreensão dos documentos ocorreu após uma líder comunitária denunciar uma suposta reunião em que seria distribuída a quantia de R$ 100,00 para eleitores no comitê da então candidata.
Na denúncia, o promotor de Justiça sugere ainda que a prática diz respeito “não apenas nesta eleição”. A decisão destaca ainda “franca tentativa” de destruição de provas materiais dos crimes. Conforme o juiz, no momento da apreensão, integrantes do comitê da vereadora “atiraram documentos sobre o muro em direção a terreno vizinho”, como tentativa de eliminar evidências contra a parlamentar.