Orçadas em cerca de R$ 9,9 milhões, as obras têm prazo de execução de 12 meses COMPARTILHAR “A Prefeitura de Fortaleza tem um belíssimo projeto de urbanização para a área, com recurso já garantido e empresa licitada", informou Sarto (Foto: Tainá Cavalcante) O prefeito Sarto fiscalizou, nesta quinta-feira (18/04), as ações de limpeza e terraplanagem iniciadas hoje no bairro Álvaro Weyne. O local virou ponto de descarte irregular de lixo e representa um risco para a saúde, já que favorece a proliferação de mosquitos. A Prefeitura de Fortaleza elaborou um projeto de urbanização, que inclui a construção de um letreiro na entrada do bairro. As obras vão contemplar uma área de 30 mil m² localizada entre a rua José Acioli e a av. Dr. Theberge. De acordo com Sarto, a lama e o excesso de lixo representam um risco de proliferação de mosquitos. “Nós temos aqui um depósito irregular de lixo e a água está quase a um metro de profundidade, com lixo e lama, um risco iminente de epidemia de
Diariamente, a Ecofor Ambiental recolhe cerca de 5.500 toneladas de resíduos, que têm como destino final o Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (ASMOC). A partir de agosto, o gás produzido a partir desses materiais será captado e tratado pela Gás Natural Renovável (GNR Fortaleza) Fortaleza, fruto de sociedade entre a Ecometano e o Grupo Marquise, através da Ecofor. A expectativa é de que sejam produzidas até 150 mil metros cúbicos (m³) de biometano por dia. A usina será a segunda maior do País, adequando-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e sancionada em 2010.
A Companhia de Gás do Ceará (Cegás) é responsável pela construção do gasoduto de 24 quilômetros de extensão, que deve ser concluído entre setembro e outubro de 2017, e pela posterior distribuição do biogás, que já tem como primeiro cliente a empresa Cerbras.
Além da geração de energia, com a Gás Natural Renovável Fortaleza também será possível evitar que mais de 610 toneladas de CO² sejam lançadas na atmosfera anualmente, equivalentes à retirada diária de mais de 150 mil litros de diesel do setor de transportes.
O gerente de implantação de projetos da Ecometano, Thales Motta, apresentou o projeto na última semana, durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema).
Thales lembrou que a iniciativa está em consonância com a proposta apresentada pelo Brasil durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), em 2015, de se comprometer com a redução de emissões de gases de efeito estufa para conter o aquecimento global.
O gestor apresentou um estudo recente, elaborado pela Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) entre 2015 e 2016, que comprova que o biometano é seguro para os consumidores. A pesquisa demonstrou também que a mistura de gás natural e biometano minimizaria a concentração de compostos perigosos presentes.
Segundo dados da RNG Coalition, associação que atua no mercado dos Estados Unidos e Canadá, mais de 30 projetos oriundos de aterros sanitários já injetam biometano em redes comuns de distribuição de gás natural há mais de uma década, sem impactos negativos à saúde humana.