Acessibilidade: 75º Salão de Abril promove visita guiada com intérprete de Libras Mostra que reúne 38 obras de arte recebe alunos surdos da Escola Bilíngue de Fortaleza Assim como a pluralidade das obras marca da 75ª edição do Salão de Abril, o público que visita a mostra também é plural e, por isso, a acessibilidade se faz necessária. Para receber alunos surdos da Escola Bilíngue de Fortaleza, nesta sexta-feira (26) , o evento cultural preparou uma visitação completa com intérprete em Libras. Além disso, o Salão de Abril oferece elevadores para o público com deficiência ou com mobilidade reduzida. Desde a abertura da exposição, centenas de idosos visitaram a exposição. Foi a primeira vez, por exemplo, que dona Francisca Nunes, de 79 anos, conheceu obras de arte de perto. “Estou encantada em poder conhecer arte feita por gente daqui”, vibrou a aposentada. A edição 2024 do Salão de Abril reúne obras de 38 artistas nordestinos. Ancestralidade, crítica social e afetuosidade são estampa
Nesta sexta-feira (26), no município de Senador Pompeu, será aberta ao público a exposição Caminhos e paragens da dor: as secas, a ferrovia e os campos de concentração no Ceará (1877 – 1932), com curadoria compartilhada da artista Maíra Ortins, dos pesquisadores Aterlane Martins, Adson Rodrigo e Adriano Souza. A mostra fotográfica integra o projeto Senador Pompeu: Costumes e Cotidiano – Arquitetura, Cultura e História, que promoverá ainda lançamento de livro e exibição de documentário. As atividades acontecerão no Jardim do Centro da Pastoral de Nossa Senhora deGuadalupe, no dia 26, das 18h às 21h, e no sábado (27), das 9h às 21h.
A curadoria da exposição parte de estudos da história social, que recentemente refletiram academicamente sobre esse tema, tornando pública a questão dos Campos de Concentração no Ceará. Esses eram conhecidos pela população como Currais do Governo, “expressando em analogia aos currais de gado, tão presentes nos sertões cearenses, o sentimento de humilhação e impotência que sentiam diante dessa situação degradante. Esta memória será guardada pelos sobreviventes do campo e repassada por gerações", afirma o pesquisador e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).
A exposição reúne 40 fotografias e resulta de pesquisa em arquivos públicos e privados sobre os Campos de Concentração no estado. Esses foram implantados próximos às estações ferroviárias, para onde os retirantes se dirigiam na esperança de escapar da seca de 1932. Em Senador Pompeu, se configurou o Campo do Patu.
No total, são 40 fotografias. “As reproduções fotográficas apresentadas não são imagens delicadas, das belezas que pudemos construir em tempos de chuva e fartura, de paz social; são imagens da dor, do sofrimento, do descaso do Estado com os sertanejos”, explica a artista Maíra Ortins. “Lembrar é um ato de resistência. Mesmo quando a lembrança é dolorosa e nos faz sofrer ela pode ensinar e encorajar-nos a não permitir que as ações de outros tempos sombrios se repitam”, defende.
Além da exposição, o projeto Senador Pompeu: Costumes e Cotidiano – Arquitetura, Cultura e História abordará o tema ao promover a exibição do vídeo documentário Almas Santas da Barragem, da Escola de Cinema do Sertão, e o lançamento do livro Das Santas Almas da Barragem à Caminhada da Seca: Projetos de Patrimonialização da Memória no Sertão Central Cearense (1982 – 2008), deAterlane Martins. O projeto é uma realização do Instituto Assum Preto de Arte, Cultura, Cidadania e Meio Ambiente, com apoio da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Ceará, por meio do Edital das Artes.
Serviço
Senador Pompeu: Costumes e Cotidiano – Arquitetura, Cultura e História
Data: 26 e 27/01/18
Horários: Na sexta-feira (26), das 18h às 21h; no sábado (27), das 9h às 21h
Local: Jardim do Centro da Pastoral de Nossa Senhora de Guadalupe (por trás da Igreja Matriz) – Centro – Senador Pompeu
Informações: (88) 99932.6025
Entrada gratuita
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