Mais de 90% dos fuzis apreendidos no ano passado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro foram fabricados em outros países. O maior número de apreensões ocorreu em áreas do estado onde há disputas de território entre facções criminosas rivais. As duas constatações fazem parte de um estudo da Subsecretaria de Inteligência (SSI)da Secretaria de Estado de Polícia Militar, que analisou a apreensão de 492 fuzis em 2023. Um aspecto abordado no estudo da SSI diz respeito à marca dos fuzis apreendidos. Dos 492, 199 são da marca norte-americana Colt. Foram registrados no estudo 194 fuzis sem marca, ou seja, armas que entram no país ou no estado separadas por peças e montadas por armeiros envolvidos com as organizações criminosas. As demais armas apreendidas são de 43 marcas diversas, praticamente todas de países do Hemisfério Norte. O estudo da SSI mostra que as apreensões se concentraram com maior intensidade nas áreas integradas de segurança pública (AISPs) da zona oeste da capital e da Ba
Diversas pesquisas clínicas foram desenvolvidas com o intuito de estudar as implicações relacionadas ao Zika com as notificações do vírus associado à microcefalia, desde outubro de 2015. Nesta terça-feira, 11, o Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), do Governo do Ceará, referência em obstetrícia e neonatologia, com atendimento de alta complexidade, sediará o seminário internacional “Desenvolvendo capacitação em pesquisa clínica – Introdução à network REDe”. O encontro será com a diretora da Global Health Network, do London College, Trudie Lang, às 9 horas, no Auditório II do Centro de Estudos, localizado na Avenida Imperador, 372, Centro de Fortaleza.
Ao todo, são disponibilizadas 70 vagas. Podem participar enfermeiros, médicos, farmacêuticos, profissionais de laboratório, analistas de dados, entre outros, do Hospital César Cals e de outras instituições de pesquisa, independente da área de enfermidades e outros tipos de estudos. O seminário vai propor uma abordagem referente ao conhecimento e difusão das informações relativas à pesquisa clínica em todo o mundo. É uma maneira de aproximar a realização de pesquisas dos profissionais de saúde, independente das condições adversas, e não somente nos grandes centros. Mesmo em condições limitadas, os estudos podem e devem ser desenvolvidos.
“A ideia é que haja uma difusão de que a pesquisa clínica pode e deve ser feita em locais com poucos recursos, em condições mais adversas”, afirma o médico infectologista, Robério Dias Leite. O foco do seminário é mostrar também as ferramentas disponíveis que ajudam a desenvolver habilidades para pesquisas clínicas. No mesmo dia, haverá ainda, a partir das 14 horas, um Workshop direcionado aos profissionais da saúde que normalmente não estão envolvidos com pesquisas e estão em regiões mais remotas, onde a aplicação desses trabalhos ainda é pouco explorada.
Conforme explica Robério, “será uma conversa com os profissionais para ouvir o que eles pensam sobre o que é pesquisa, ver o que lhes falta e o que é necessário para que eles iniciem a coleta de dados”. Nesse momento, os temas serão direcionados aos profissionais de saúde que trabalham com casos de microcefalia e bebês com Zika e serão discutidos os direcionamentos que devem ser aplicados, sempre destinados às pesquisas.