Flamengo tem o seu maior desafio na atual edição da Copa Libertadores até aqui, subir os 3.640 metros de altitude de La Paz para encarar o Bolívar (Bolívia) no estádio Hernando Siles, nesta quarta-feira (24) a partir das 21h30 (horário de Brasília). A Rádio Nacional transmite o jogo válido pela 3ª rodada da fase de grupos da competição. Ocupando a vice-liderança da classificação do Grupo E com quatro pontos conquistados, o Rubro-Negro terá pela frente justamente o líder da classificação, a equipe boliviana, que tem seis pontos até aqui. Um grande temor da equipe brasileira para esta partida são os efeitos da altitude, como afirmou, em entrevista coletiva, o preparador físico Fabio Mahseradjian: “Quanto mais você sobe, menor é a densidade do ar. E aí você afeta a captação de oxigênio do seu alvéolo pulmonar, porque a pressão parcial de oxigênio cai”. Mesmo prevendo dificuldades diante do Bolívar, o Flamengo optou por não levar sete de seus principais jogadores para La Paz, entre e
Um recorde de público, em uma noite inesquecível para os artistas e a plateia. Assim foi neste sábado, 9/9, o show Nayra Costa - Tributo a Ella Fitzgerald, que levou mais de 450 pessoas ao Centro Cultural Banco do Nordeste, no Centro de Fortaleza, recorde do projeto Jazz em Cena até aqui, confirmando a ampla receptividade do público da capital aos músicos cearenses e às homenagens por eles prestadas a grandes nomes da história e do presente do jazz. O show contou com transmissão ao vivo na fan-page do Jazz em Cena no Facebook, em que o vídeo pode ser conferido na íntegra.
Os próximos shows do projeto, sempre aos sábados, às 19h, com entrada franca, no CCBNB, acontecem nos dias 23/9, com o pianista Edson Távora e grupo prestando tributo a Chick Corea e ao Return to Forever (banda integrada inclusive pelos brasileiros Airto Moreira e Flora Purim) e 7/10, com uma atração especialíssima: um sexteto formado por jovens musicistas cearenses especialmente para homenagear a grande cantora, compositora e violonista Rosa Passos, ressaltando a luta por maior presença feminina no jazz e na música instrumental com um todo e destacando novíssimos nomes da cena cearense:Adália Raquel (voz), Theresa Rachel (violão), Joana Lima (piano), Mirele Alencar (contrabaixo), Raquel Lopes(percussão) e Daniela Azevedo (bateria).
Tributo a Ella Fitzgerald: público recorde
Neste sábado, 9/9, mesmo com o feriadão, o público respondeu ao chamado de Nayra Costa e de Tito Freitas (piano),Marcio Resende (saxofone tenor), Nelio Costa (contrabaixo acústico) e Vitório Cavalcante, para o encontro com canções de grandes compositores atuantes nas décadas de 20 a 50 do século XX, imortalizadas na voz de Ella Fitzgerald, a grande dama da canção. Desde o fim de tarde já era grande a movimentação no Centro Cultural Banco do Nordeste, com Nayra Costa, com direito a figurino, cabelo e maquiagem especiais, ao estilo de Ella, chamada ao palco som muitos aplausos, repetidos a cada solo dos músicos, com entusiasmo e vibração.
Foi assim desde a primeira canção da noite, a clássica "Cheek to cheek", de Irving Berlin, com Nayra e grupo sendo acolhidos pelo público, que ocupava todos os espaços no salão principal do CCBNB. O arranjo bem pra cima deu a tônica da dinâmica de ativação de uma noite que uniu o virtuosismo dos músicos, consagrados nomes da cena instrumental cearense, experientes no cenário nacional e internacional, a toda a impressionante intensidade com que Nayra Costa recriou um repertório tão belo quanto desafiador.
É o caso da preciosa "Someone to watch over me", dos irmãos Gershwin, recriada no palco do CCBNB com uma batida de bossa nova, com toda a propriedade do piano de Tito Freitas, que já dividiu palcos e estúdios com nomes como Leny Andrade e Emilio Santiago. A delicadeza do tema, um dos mais frequentes em musicais e filmes, ganhou novas cores na voz de Nayra. Assim como "I´ve got you under my skin", de Cole Porter, e "The nearness of you", de Hoagy Carmichel e Ned Washington, valorizadas pelos solos de Marcio Resende, que estudou e tocou nos EUA com muitos dos grandes contemporâneos do jazz.
Criativa intensidade
Voltando à intensidade, "Learning the blues", de Dolores Vicky Silver, mostrou mais uma vez Nayra soltando a voz e arrebatando o público, com destaque para a bateria ousada e extremamente criativa de Vitório Cavalcante, com Marcio Resende comentando sobre a época e a música da "grande dama da canção", que cantou com os maiores mitos do jazz.
Outro clássico, "Misty", veio com mais aplausos a Nayra e aos músicos, em novo momento de lirismo, sucedido por uma releitura magistral para o clássico "Summertime", de Gershwin e Dubose Heyward, unindo no palco a voz da cantora e o contrabaixo acústico de Nelio Costa, brilhando em suingue, frases, conduções, harmonizações e um improviso que silenciou a multidão no CCBNB e ganhou muitos, muitos aplausos. De arrepiar!
Também com referências brasileiras e muitos aplausos, a lírica "My romance", de Rodgers e Hart, deu sequência ao show, que ainda teve Nayra e os músicos inspirados em "A night in Tunisia", o clássico de Dizzy Gillespie, apresentada com a letra de Frank Paparelli, novamente sob muitas palmas.
Fechando o show, mais um clássico de Cole Porter, "Night and day", com Nayra e o público visivelmente emocionados, diante da presença de tanta gente para prestigiar os músicos cearenses. Após muitos aplausos, fotos e pedidos de bis, "Sumemrtime" ressurgiu, desta vez com Nayra ladeada por todos os músicos, fechando uma noite inesquecível, de recorde de espectadores para o projeto Jazz em Cena.