Mais de 90% dos fuzis apreendidos no ano passado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro foram fabricados em outros países. O maior número de apreensões ocorreu em áreas do estado onde há disputas de território entre facções criminosas rivais. As duas constatações fazem parte de um estudo da Subsecretaria de Inteligência (SSI)da Secretaria de Estado de Polícia Militar, que analisou a apreensão de 492 fuzis em 2023. Um aspecto abordado no estudo da SSI diz respeito à marca dos fuzis apreendidos. Dos 492, 199 são da marca norte-americana Colt. Foram registrados no estudo 194 fuzis sem marca, ou seja, armas que entram no país ou no estado separadas por peças e montadas por armeiros envolvidos com as organizações criminosas. As demais armas apreendidas são de 43 marcas diversas, praticamente todas de países do Hemisfério Norte. O estudo da SSI mostra que as apreensões se concentraram com maior intensidade nas áreas integradas de segurança pública (AISPs) da zona oeste da capital e da Ba
Jornalismo de dados - 80,3% dos brasileiros com dívidas em atraso que já negociaram por canais digitais aprovam a experiência
Pela primeira vez, uma pesquisa revela qual a preferência do consumidor com relação à tecnologia para negociar uma dívida
O Instituto GEOC – que reúne 16 das principais empresas de cobrança do Brasil – acaba de divulgar o resultado de uma pesquisa inédita sobre como o consumidor lida e como analisa a experiência com os canais digitais de cobrança, que hoje já são uma realidade. Dos devedores consultados que já negociaram por canais digitais, 80,3% aprovaram a utilização de Portais de AutoNegociação, Chats, E-mails, SMSs, Whatsapp, Facebook Messenger e do chamado Agente Virtual (robô que substitui o atendente humano).
O levantamento foi feito com 2.258 devedores de todo o Brasil que realizaram ou não acordos para pagamento das dívidas, em 10 segmentos: B2B, Banco Comercial, Cartão, Crédito Direto ao Consumidor (Empréstimo), Consignado, Consórcio, Educacional, Saúde, Telefonia e Veículo. A pesquisa foi entre os dias 25 de setembro de 10 de outubro deste ano.
O número de inadimplentes que pagam contas pela internet cresceu 15% em um ano, passando de 41% dos entrevistados em 2016 para 47% em 2017. No ano passado a pesquisa foi realizada por uma associada do Instituto e os dados foram utilizados para comparação este ano.
De cada dez devedores, quatro já negociaram por canais digitais, sendo o Portal de AutoNegociação (48,7%) e o WhatsApp (48,2%) os mais citados. 83,5% das pessoas que já realizaram acordos e em algum momento utilizaram os canais digitais ficaram satisfeitos com a experiência. No segmento Telefonia este número sobe para 97,2%, Consórcio para 89,9% e Banco Comercial para 88,9%. “A praticidade foi citada por 59,2% dos que aprovaram o uso dessas tecnologias como a principal vantagem destes meios de cobrança, seguido por discrição, com 24,5%”, analisa o diretor do Instituto GEOC, Jefferson Frauches Viana.
Entre os 59,4% que ainda não utilizaram os meios digitais, 27% apontaram que não tiveram oportunidade e 13% tiveram receio de errar. Os pontos vulneráveis apontados pelos clientes que se mostraram insatisfeitos com a negociação por canais digitais (19,7%) foram a pouca opção de pagamento/desconto (48,5%) e a falta de suporte (34,5%), fatores que não estão estritamente correlacionados com a experiência digital.
“O autoatendimento mudou muito a dinâmica dos negócios em geral, nos últimos anos no Brasil, e tem provocado alterações profundas no setor de cobrança. Esta pesquisa nos ajuda a alinhar melhor as demandas dos consumidores com dívidas em atraso, sempre com o objetivo de auxiliá-los a resolver suas pendências financeiras”, afirma Viana.
Quando cobrar?
Apenas 15% das pessoas querem negociar suas dívidas no horário do expediente. Uma queda de 25% em relação ao ano anterior, que já apresentava um número baixo (20%). Por outro lado, quadriplicou o número de pessoas que preferem negociar aos fins de semana. “No trabalho as pessoas ficam mais expostas, elas não querem falar de dívidas. Este também é o motivo principal para o crescimento das autonegociações”, complementa o diretor do IGEOC.
Agente virtual
Metade dos entrevistados já teve a experiência de conversar com robôs no lugar dos atendentes humanos. Destes, 55,9% acharam a experiência satisfatória, sendo que no segmento Veículos este índice sobe para 71,6% e Banco Comercial vai para 70,8%. Segundo Jefferson Frauches Viana, as empresas de recuperação de crédito têm investido muito em tecnologias que sejam mais eficientes e ao mesmo tempo tragam familiaridade e conforto aos consumidores. “Até o sotaque de uma determinada região é respeitado na hora de programarmos os agentes virtuais”, exemplifica.
Sobre o IGEOC
As 16 empresas que compõem a entidade são Ação Contact Center, Antonio Braz & Vanya Maia Advogados Associados, Cesec, Global, Intervalor, J.A. Rezende, KSL Associados, Localcred, ML, Multicobra, Novaquest, RBrasil, Redebrasil, Renac, Way Back e Zanc.
As associadas do IGEOC atuam em diversos segmentos, como cartões de crédito, produtos bancários para pessoa física e jurídica, veículos, utilities, grandes redes de varejo, cobrança mercantil e cobrança internacional em 150 países.
O Instituto GEOC tem cerca de 20 mil colaboradores e 15 mil PA’s de atendimento, que juntas são responsáveis por cerca de 25% do mercado brasileiro.
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