A Enel Distribuição Ceará anuncia um plano estruturado de ações que visa reforçar a resiliência e a qualidade da sua rede elétrica para enfrentar os crescentes desafios do estado. As medidas começaram a ser implementadas de imediato e têm o objetivo de satisfazer as necessidades de fornecimento de energia dos consumidores. O plano tem o respaldo dos acionistas controladores da distribuidora e prevê investimentos de R$ 4,8 bilhões no período de 2024 a 2026, em toda a área de concessão, para uma melhoria contínua do fornecimento de energia. O valor representa uma média anual de R$ 1,6 bilhão neste período, um aumento de cerca de 44% em relação à média anual de investimentos dos últimos seis anos . Um ponto relevante do plano inclui a contratação, neste período, de cerca de 1.750 novos colaboradores para atuar, principalmente, na operação em campo até 2026. Apenas este ano, serão contratados cerca 450 novos colaboradores e incorporados 120 novos veículos, para agilizar
MPF no Ceará alerta que desigualdade de gênero torna mulheres mais vulneráveis ao tráfico de pessoas
Crime foi tema de evento de capacitação em Fortaleza (CE) com a participação do Ministério Público Federal
As desigualdades de gênero têm repercussões econômicas e sociais que tornam as mulheres mais vulneráveis ao tráfico de pessoas. O alerta foi feito pela procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Nilce Cunha Rodrigues, durante o Workshop em Migração e Tráfico de Pessoas, realizado nesta sexta-feira, 4 de maio, em Fortaleza, pela Escola Superior do Ministério Público do Ceará (ESMP).
Como resultado das desigualdades de gênero, as mulheres, lembrou Nilce, são mais afetadas pela pobreza e, consequentemente, pela falta de acesso a trabalho, moradia e alimentação. “O tráfico de pessoas só existe onde há desigualdades sociais e a situação de vulnerabilidade torna mais fácil que uma pessoa seja aliciada”, concluiu a procuradora.
Ao lado das mulheres, os refugiados formam outro grupo representativo entre as vítimas do tráfico de pessoas no mundo. Obrigados a deixarem o país de origem por questões políticas, econômicas e guerras, os refugiados ficam suscetíveis ao aliciamento para trabalhos forçados e exploração comercial sexual. No mapa de rotas do tráfico, o Brasil, antes identificado como país de origem de vítimas, passou a ser também passagem e destino de pessoas exploradas.
Além da procuradora que representou o Ministério Público Federal (MPF), o workshop foi conduzido pelo juiz federal Danilo Fontenele e pela delegada da Polícia Federal Juliana Pacheco. Fontenele lembrou que Fortaleza está entre as capitais com maior número de vítimas do tráfico internacional e explicou que os integrantes dos grupos criminosos se aproveitam de sonhos de uma vida melhor de pessoas vulneráveis, sendo alvos preferenciais mulheres de baixa renda e subempregadas. “Eles acabam com sonhos transformando a vida dessas pessoas num verdadeiro inferno”, disse.
Quem é aliciado costuma, segundo o juiz, ter vergonha de denunciar o crime quando consegue retornar ao país de origem. O receio da vítima em sofrer discriminação, aliado ao fato dos criminosos atuarem em células, sem conhecerem todos os integrantes do grupo, torna difícil o combate ao tráfico. Como consequência, ressaltou Nilce Cunha, há uma subnotificação dos casos. “Consideramos sempre que o número de vítimas é bem superior ao que apontam as pesquisas”, disse.
A solução para o crime, de acordo com a procuradora, passaria necessariamente por investimentos em formação dos cidadãos. O promotor de justiça Hugo Porto, que integrou a mesa de abertura do evento, chamou a atenção também para a necessidade das instituições públicas trabalharem de forma integrada para o enfrentamento ao crime.
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