A Polícia Militar do Ceará (PMCE) apreendeu 268 gramas de crack, nessa quinta-feira (18), no bairro Papicu – Área Integrada de Segurança 10 (AIS 10) de Fortaleza. As drogas foram encontradas enterradas em um terreno baldio por equipes do 22º Batalhão Policial Militar (22º BPM), com o apoio da Companhia de Policiamento com Cães do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque), da PMCE. Os agentes das Forças de Segurança realizavam o patrulhamento da área, quando receberam informações indicando que suspeitos teriam enterrado entorpecentes nas proximidades. De imediato, os policiais militares diligenciaram até o local indicado e, com o apoio dos cães do CPChoque, realizaram buscas em um terreno baldio. No local, foram encontrados 55 gramas de maconha, 23 gramas de cocaína e 190 gramas de crack, além de uma quantia de dinheiro em espécie. O material foi recolhido e conduzido para uma unidade da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) onde foi instaurado um procedimento policial para inves
Livro-reportagem registra história de vida de um dos mestres com mais tempo em atividade no teatro de bonecos popular
O malote de Gilberto Ferreira de Araújo, 76, nascido em Areia Branca-RN, mas adotado por Icapuí-CE, não carrega apenas os calungas que lhe deram o segundo nome — Gilberto Calungueiro tem nada menos que 60 anos de história no ofício do teatro de bonecos.
Já fez Ceará e Rio Grande do Norte a pé e de jumento. Já voou de avião para Brasília, São Paulo, a brincar seus calungas. Já virou Mestre da Cultura do Ceará, pelo Tesouros Vivos da Cultura, em 2006, e Mestre do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, junto a outros 12 bonequeiros cearenses, quando a manifestação foi registrada patrimônio em 2015.
Por onde chega e com quer que esteja, passa simplicidade, espontaneidade, arranja logo um assunto, uma anedota, faz sorrir. Por trás da empanada é quase igual, fica um pouco mais atrevido quando acompanhado de Baltazar, Filomena, Miguelino, João Redondo, os Irmãos Guedes, o Padre, o Diabo: os calungas.
“Gilberto Calungueiro: Se esse boneco falasse”, de Jadiel Lima, perfila o cotidiano deste bonequeiro que conseguiu a raridade de ser homem e boneco, ao transmutar, de modo profundo, na arte e no humor a própria narrativa.
Entre um café e outro, na casa dele em Icapuí, cenário para o livro-reportagem, o Calungueiro conta desde quando teve o primeiro contato com os calungas, ainda criança, brechando a apresentação de um bonequeiro com os amigos; de como foi e voltou a Canindé-CE de graça, em uma promessa para conseguir os primeiros bonecos; até quando viajou para seu primeiro festival nacional, em Brasília.
A ludicidade dos calungas e da própria história de vida de Gilberto contrasta com dramaticidade dos desafios do ofício, marcado pela aridez do litoral e do sertão e as intempéries da pesca, a profissão segunda.
A persistência trouxe glórias: A maior delas ver o filho Marquinhos Calungueiro, 40, e o neto Miguel, 6, levando à frente o legado com os bonecos.
“Gilberto Calungueiro: Se esse boneco falasse” tem previsão para lançamento em maio. O evento de lançamento contará com brincadeira de calungas com Gilberto Calungueiro e Marquinhos Calungueiro e uma conversa com o autor Jadiel Lima, em Icapuí-CE.
Este projeto de publicação tornou-se viável por meio do apoio cultural do XI Edital de Incentivo às Artes 2016, da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
Contato: seessebonecofalasse@gmail.com
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