O ex-presidente da Fifa Joseph Blatter e o ex-presidente da Uefa Michel Platini devem comparecer a um tribunal suíço, na quarta-feira, para enfrentar acusações de corrupção que provocaram a queda de ambos da cúpula do futebol mundial.
Promotores suíços acusam os dois ex-dirigentes de arranjar ilegalmente um pagamento de 2 milhões de francos suíços (o equivalente a R$ 10 milhões) em 2011 da Fifa para Platini.
O caso fez com que Blatter encerrasse seu comando de 17 anos como presidente da Fifa em desgraça e acabou com as esperanças do ex-meio-campista francês Platini de sucedê-lo.
Essa é apenas uma das 25 investigações da Procuradoria-Geral da Suíça (OAG) sobre corrupção no futebol, com cerca de 12 ainda pendentes.
Após uma investigação de seis anos, a OAG acusou Blatter, de 86 anos, de "fraude, na alternativa de apropriação indébita, na alternativa adicional de má gestão criminosa, além de falsificação de documento".
Platini, de 66 anos, é acusado de fraude, apropriação indébita, participação em má gestão criminosa como cúmplice e falsificação de documento.
Blatter e Platini, que já foram aliados próximos, mas agora são inimigos ferrenhos, negaram irregularidades. Eles dizem que tinham um acordo verbal sobre o pagamento, relacionado ao trabalho de consultoria de Platini entre 1998 e 2002.
Três juízes do Tribunal Criminal Federal de Bellinzona vão ouvir o caso no julgamento que vai até 22 de junho. O veredicto deve sair em 8 de julho. Se condenados, Platini e Blatter podem pegar até cinco anos de prisão.
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