A secretária de Planejamento e Gestão do governo de Minas Gerais, Luísa Barreto, usou palavras duras para se referir à mineradora Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton após terminar sem consenso mais uma reunião sobre a repactuação do processo reparatório da tragédia ocorrida em Mariana (MG). Segundo Luísa, os valores e os prazos de pagamento estão distantes da expectativa, e o estado deverá caminhar para a judicialização de novas demandas. Não há mais ambiente para seguir na mesa de negociação, afirmou a secretária.

"Por ora, as negociações estão encerradas, a não ser que haja uma mudança de posicionamento forte por parte das empresas. A reunião hoje foi muito decepcionante. Há mais de um ano, discutimos a repactuação com um objetivo claro: uma reparação justa, célere e efetiva para todos os atingidos e para toda a região. E o que as empresas apresentaram é um absoluto desrespeito", disse.
De acordo com a secretária, as mineradoras ofereceram entre 60% e 70% do valor esperado, e a proposta não contempla as atuais gerações. "Além da questão financeira, temos também uma inadequação do prazo de pagamento. Querem um prazo bastante alongado, que não permitiria que quem viveu esse desastre visse essa reparação acontecer."
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