Governo do Ceará apresenta potencial do Cinturão Digital para atrair datacenter para o interior do estado

 

O “Nordeste como hub de conexões e data centers” é o tema do painel debatido nesta sexta-feira (28) no Centro de Eventos, no encontro da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), às 16h. No evento, o presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), Hugo Figueirêdo, apresentou a possibilidade de atração de datacenters para municípios do interior do Ceará.

“O Ceará tem potencial de atrair grandes datacenter para o Pecém com a ZPE, mas também para o interior do estado”, informou Hugo Figueirêdo. A conexão de alta velocidade do Cinturão Digital do Ceará, a rede de cabos de fibra óptica com 5.926 Km, que ampliará a velocidade para 400 gigabits por segundo em 2026, constitui um atrativo para investimentos em datacenters.

O gestor da Etice observou que “o Ceará tem energia sobrando” e possui, também, a conectividade do Cinturão Digital que conta com 12 pares de fibra óptica, dos quais cinco estão inativos. Destes cinco cabos que não estão em operação, três poderão ser iluminados (colocados em funcionamento) para atender datacenter que venham a ser instalados no interior, disse ele.

“O Ceará tem uma das maiores conexões digitais do mundo, com 16 cabos submarinos ancorados em Fortaleza”, acrescenta Hugo Figueirêdo. Segundo ele, esta localização estratégica da cidade tem estimulado a atração de vários datacenters na Região Metropolitana. Em Fortaleza, se encontram 14 datacenters e dois em Macaracaú, com infraestrutura de conexão de processamento com alto nível de certificação (TIER III).

“Com o Cinturão Digital do Ceará, e parceria com a iniciativa privada para a última milha, a cobertura do Cinturão Digital está quase universalizada”, afirma Hugo Figueirêdo. O presidente da Etice avalia que “a infraestrutura de conexão de internet do Ceará, que cobre 137 municípios – 92% da população do estado -, pode ser utilizada para atrair outros datacenters para o interior do estado”. Segundo ele, o Ceará, com localização privilegiada e infraestrutura existente, constitui um diferencial competitivo para atração de investimentos em datacenters com impacto na economia.

Participaram do painel Dimas Rocha (Abrint) como moderador. O tema “Nordeste como hub de conexões e data centers” foi debatido também por Sidnei Batistella (Abrint);  Antônio Moreiras, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) que implementa as decisões e os projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br – organismo responsável por coordenar e integrar as iniciativas e serviços da Internet no País – e Gilberto Studart, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).