O estado de São Paulo deve registra r, na primeira semana do mês , aumento das temperaturas e queda da umidade relativa do ar , segundo a Defesa Civil estadual. A elevação é decorrente de um bloqueio atmosférico (quando o movimento de massas de ar frio ou quente são bloqueados por uma alta pressão). Segundo o órgão, a situação vai exigir atenção redobrada com a saúde , especialmente de crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias . A previsão da Defesa Civil aponta que a chuva só deve retornar ao estado no sábado (10) . Nesta semana, as temperaturas poderão variar entre 17ºC nas madrugadas da capital paulista a 30ºC durante a tarde . Já no interior do estado , os termômetros podem chegar a 35ºC , com mínimas de 20ºC nas cidades da região de Presidente Prudente. Além disso, as cidades das regiões de Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Campinas e Sorocaba poderão atingir nívei...
"Detentos tomaram de conta da cadeia depois da rebelião em que celas, galerias e pavilhões foram totalmente destruídos."
“Da maneira que as coisas estão acontecendo no IPPS, tememos que as providências aos problemas só ocorram após o derramamento de sangue inocente...”Este é um dos trechos de uma carta escrita por agentes prisionais do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS) encaminhada, ontem, ao Diário do Nordeste. A situação de descontrole na maior penitenciária do Estado levou a uma decisão drástica das autoridades: o Batalhão de Polícia de Choque assumiu o controle da segurança interna do presídio pelo prazo de, no mínimo, 45 dias.O efetivo da tropa da Companhia de Controle de Distúrbios Civis (CDC) do BpChoque, com homens equipados com cassetetes, tonfas, bombas de gás e balas de borrachas, ocupou, ainda à tarde, as dependências da cadeia para restabelecer a ordem. O número de policiais mobilizados para conter cerca de 1.350 detentos não foi informado.Desde a última rebelião ocorrida no IPPS, no dia 24 de julho - quando três detentos foram assassinados - o clima na penitenciária tornou-se de tensão máxima. Praticamente todas as galerias dos pavilhões sete e oito (P-7 e P-8) foram destruídas. O resultado é que, desde então, os presos passaram a praticamente comandar a cadeia. Com trancas e cadeados quebrados, deixaram de se recolher nas celas. Tornaram-se livres dentro da penitenciária. No relato que fizeram ao Diário do Nordeste , do que ocorreu na madrugada de ontem, os agentes prisionais deram a real dimensão do que está acontecendo do IPPS: “O descontrole que outrora fora parcial, agora é total. Podia-se observar presos circulando por todas as dependências dos pavilhões. Os detentos do pavilhão sete, que deveriam estar recolhidos, também circulavam livremente pelas galerias e pelo forro, bem como, também, circulavam tranqüilamente de um pavilhão a outro. Mais tarde, todas as ‘ruas’ do P-7 que estavam desativadas foram invadidas pelos detentos em atitude de desdém, instalaram-se nas celas com seus pertences. Dispúnhamos agora de 65 cadeados para trancar 16“ruas” com 25 celas cada.”DestruídoNo relato dos agentes prisionais, o retrato da destruição praticada durante o motim também foi descrito. “Praticamente, todas as ruas estão repletas de enormes buracos que as interligam e dão acesso ao forro dos pavilhões. Há grades serradas e paredes parcialmente destruídas por toda a parte.” Os agentes informam que não só eles, como os policiais militares responsáveis pela guarda externa e reforço da segurança interna, tiveram que recuar, na manhã de ontem, quando tentavam se aproximar dos dois pavilhões para executarem o trabalho de abrir as celas.“Quando restavam ainda duas ruas do P-8 para serem ‘abertas’, os detentos já circulavam pelas galerias dos pavilhões e por todo o forro. Aos detentos não interessa mais esconder seus rostos ou suas identidades. Eles circulam tranqüilamente a menos de 20 metros dos postos de trabalho dos agentes e policiais militares, que estão correndo risco iminente de serem feitos reféns pelos prisioneiros.”Em entrevista ao Diário, no final da tarde de ontem, o diretor do IPPS, Luiz Aldovandro Castelo, confirmou que o Batalhão de Choque da Polícia Militar foi chamado para fazer a segurança da penitenciária. Segundo ele, a situação, porém, não está fora de controle.Castelo explicou que, por conta das obras para reconstruir o que foi destruído durante a rebelião, cerca de 150 presos foram encaminhados ao IPPOO II (Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II). “O que acontece, é que as obras foram atrasadas porque a construtora que ia fazer a reforma desistiu do serviço. Agora, foi contratada outra construtora e as obras vão começar na próxima terça-feira. A nova construtora já está encostando o material no local.”Um oficial do BpChoque informou ao Diário que o número de policiais que estarão dentro do IPPS todos os dias não pode ser informado. “Isto é estratégico. Os presos não podem ficar sabendo.” "
Fonte: Diário do Nordeste
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