Alvinegro luta pela terceira vitória seguida no Campeonato Brasileiro Link para compartilhamento: Copiar (Foto: Gabriel Silva/CearaSC) O elenco do Ceará finalizou, na manhã deste sábado (18), no CT do Caju, em Curitiba, a preparação para o próximo desafio da temporada. Amanhã (19), o Alvinegro visita o Operário/PR, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa/PR, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O grupo iniciou o dia com um trabalho de ativação na academia do CT do Caju. Depois, o técnico Vagner Mancini orientou uma atividade tática visando o confronto diante da equipe paranaense. Por último, os atletas participaram do já tradicional rachão de pré-jogo. Com oito pontos nas cinco primeiras partidas da competição, o Time do Povo vai em busca de mais uma vitória no campeonato para entrar no G4 da Série B. Departamento de Comunicação - CSC
HÉLIO OITICICA – ESTRUTURA CORPO COR
Dos originais parangolés aos bólides complexos, capazes de se remodelar com o olhar por meio de texturas, cores vivas e elementos que provocam o imaginário, o artista carioca Hélio Oiticica (1937-1980) é a síntese do artista libertário. Inventor e anfitrião de seus próprios trabalhos, resultantes de uma mente aguda, inquieta, movida por técnica precisa e valores que encontravam nas questões sociais e políticas sua grande tela para se esboçar, o artista rompeu a linha que dividia a obra e o espectador, tornando a interação e a sensorialidade parte fundamental de sua obra e da apreciação da mesma.
O artista, que revolucionou a arte mundial com suas obras criadas por um espírito que encontrava inspiração nas manifestações populares do Brasil, será o tema da mostra individual Hélio Oiticica – Estrutura Corpo Cor, no Espaço Cultural Airton Queiroz,da Unifor, de 26 de janeiro até 1º de maio de 2016.
As 60 obras presentes na exposição, com curadoria de Celso Favaretto e Paula Braga, mostram a transformação do artista, que partiu da pintura para chegar ao além-da-arte (por ele denominado “invenção"), saindo da bidimensionalidade para a múltipla experiência sensorial, dando corpo teórico e experimental à interação entre o público e a obra, unindo arte e vivência.
Os 17 espaços da exposição, assim, marcam as diferentes fases do artista, como o Grupo Frente, os Metaesquemas, Seco, Bólides, Neoconcretismo, Macaleia, Relevos espaciais e outros. A exposição contempla ainda um espaço educativo e uma cronologia do artista, nos ambientes térreos do Espaço Cultural.
Sobre o artista
Hélio Oiticica (1937-1980) começou a se dedicar à pintura em 1954, quando iniciou os estudos de pintura com Ivan Serpa (1923-1973), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM).
No ano seguinte, realizou sua primeira exposição, na segunda coletiva do Grupo no Museu de Arte Moderna. Nesse período, o artista entrou em contato com a artista Lygia Clark (1920-1988) e com os críticos de arte Ferreira Gullar (1930) e Mário Pedrosa (1900-1981) e iniciou seus trabalhos bidimensionais, com a criação de pinturas geométricas de guache sobre cartão.
Em 1956, começou a criar a série Secos, de guache sobre cartão, técnica com a qual trabalhou ao longo de toda a década seguinte, criando também a série posteriormente denominada Metaesquemas. Em 1958, iniciou a série de Pinturas Brancas.
No ano seguinte, o artista, a convite de Lygia Clark e Ferreira Gullar, passou a integrar o grupo Neoconcreto do Rio de Janeiro. A série Branca evoluiu de pinturas em cartão para pinturas a óleo sobre tela e compensado. Realizou obras monocromáticas que incluem pinturas triangulares em vermelho e branco e também a série Invenções.
Em 1964, o escultor Jackson Ribeiro o apresentou à Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, que passa a ser parte de sua vida e obra. Na Zona Norte do Rio e Janeiro, Oiticica viveu outra experiência marcante em sua obra ao ver uma espécie de construção improvisada por um mendigo com estacas de madeira, cordões e outros materiais; em um pedaço de juta consegue ler a palavra "Parangolé" e passa a designar assim as obras que desenvolvia naquele momento.
A exposição Opinião 65, marco da história da arte brasileira, no MAM - RJ, marcou um dos momentos mais polêmicos de sua carreira. Proibido de desfilar com passistas da Mangueira e seus parangolés nas dependências do museu, Oiticica se retirou do espaço expositivo e fez seu desfile no jardim do local, com repercussão positiva junto a artistas, intelectuais e imprensa presente.
No ano do AI-5, que marca o endurecimento da ditadura, o artista criou para o show de Caetano Veloso, na boate Sucata, no Rio de Janeiro, a bandeira “Seja marginal seja herói”, que acabou apreendida e foi a causa da interdição do espetáculo pela Polícia Federal.
A partir do final dos anos 1960, o artista começa a expor com consistência no exterior. Depois da exposição na Whitechapel, em Londres, o artista expõs em Edimburgo (Escócia) e em Nova York (EUA). Morreu, em 1980, no Rio de Janeiro, vítima de um acidente vascular cerebral.
Serviço
Hélio Oiticica – Estrutura Corpo Cor
Abertura | 26 de janeiro de 2016, às 19h
Visitação | 27 de janeiro a 1º de maio de 2016
Local | Espaço Cultural Airton Queiroz (Av. Washington Soares, 1321, Bairro Edson Queiroz)
Aberto ao público
Mais informações | 3477.3319