VACINAÇÃO Treze imunizantes do calendário infantil registram alta na cobertura vacinal no Ceará Mais de R$ 6,5 bilhões foram investidos ano passado na compra de imunizantes para todo o país. Previsão para 2024 é que os recursos alcancem R$ 10,9 bilhões O Ceará aumentou a cobertura vacinal de 13 das 16 vacinas recomendadas no calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2023. A primeira dose contra tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) registrou a maior alta do estado, com números que saltaram de 67,46% em 2022 para 91,96% no ano passado, o que representa um aumento de 24,5 pontos percentuais. Também houve crescimento na segunda dose da tríplice viral, que, em 2022, registrou um percentual de 66,26%, com aumento de 15,42 p.p. em relação ao ano passado, cujos índices ficaram em 81,68%. Outro destaque é para a vacina contra a febre amarela com aumento de 15,11 pontos percentuais, sendo 52,11% em 2022 e 67,22% em 2023. Leia a matéria na íntegra aqui!
CAJUEIRO DA MENTIRA OU CAJUEIRO BOTADOR
"O Cajueiro Da Mentira ou Cajueiro Botador ficava na Praça do Ferreira do lado da Rua Floriano Peixoto, aproximadamente entre a delegacia de Polícia (hoje o Palacete Ceará) e a telefônica (hoje Livraria Alaor), por trás da parte urbanizada em 1902 por Guilherme Rocha, onde ficava o Jardim Sete de Setembro.
A foto mais antiga, que data aproximadamente de 1907, traz um dos momentos de reunião dos habitues da Praça do Ferreira que no Cajueiro da Mentira ou Cajueiro Botador, contavam suas histórias, seus "causos", seus contos, enfim, dão vazão a seus espíritos criativos.
Todos os dias 1º de abril à sombra do "Cajueiro Botador" havia uma sessão de mentiras e em seguida a eleição do melhor dos mentirosos, tudo feito festivamente, com urna pendurada no tronco da árvore, tudo enfeitado de bandeirinhas de papel colorido, fogos a valer, música tocada por parte de alguma banda da polícia ou de outra corporação. A bebida não faltava e o café mais próximo ao cajueiro era o Café Java, que no dia tinha cerveja à vontade.
À noite o nome do vitorioso era colocado escrito em placa no tronco do cajueiro, sendo na hora homenageado com discursos, aplausos, risos, palmas, mas havia os que não gostavam da brincadeira e apupavam.
A brincadeira, de acordo com Raimundo Girão, iniciou-se em 1904, sendo iniciada por Álvaro Weyne, Antônio Martins, Henrique Cals, José Raimundo Costa, Porfírio da Costa Ribeiro, todos comerciantes na Rua Floriano Peixoto em frente à Praça do Ferreira. Outros elementos engrossaram a fila dos "mentirosos", todos ilustres, como Amâncio Cavalcante, Leonardo Mota, Eurico Pinto, Gérson Faria, William Peter Bernard, Ramos Cotoco, Chamarion, Carlos Severo, Gilberto Câmara, Quintino Cunha, o Rochinha da farmácia e o Pilombeta, conforme nos diz Otacílio de Azevedo em seu "Fortaleza descalça".
Em 1920 a praça foi reformada, na gestão do prefeito Godofredo Maciel e foram banidos os quiosques dos cafés e também o "cajueiro botador", assim chamado por dar frutos o ano inteiro.
A segunda foto, batida por Nirez, é do mesmo local quando da existência da praça feita na gestão do prefeito José Valter Cavalcante.
No local existe hoje, conforme pode ser visto na foto de Osmar Onofre, uma placa que diz: "Neste local existiu um frondoso cajueiro que por frutificar o ano todo era apelidado "Cajueiro Botador", ou por se realizarem, sob sua copa, cada 1º de abril as eleições para o maior "potoqueiro" do Ceará, era também chamado de "cajueiro da mentira". Abatido, em 1920, com a reforma do logradouro, então realizada, foi em sua memória plantado este novo cajueiro, quando da restauração da praça, na administração Juraci Magalhães". Só que o cajueiro ali plantado há muito morreu e não foi plantado outro, restando apenas a placa. Será mais uma mentira do cajueiro?"
Fonte: Portal da História do Ceará
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