Polícia Federal (PF) investigará a instalação de câmeras escondidas encontradas em um apartamento da deputada federal Dayany Bittencourt (foto) (União-CE), em Brasília. O caso já estava sendo apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, após o equipamento ter sido encontrado escondido em meio a disparadores de água e sensores de fumaça, em 2023. A entrada da PF no caso foi por determinação do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, após reunir-se com a parlamentar. No ofício, Almeida Neto cita “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e de sua atividade política”. Registros audiovisuais As câmeras foram encontradas por assessores da parlamentar em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, em agosto do ano passado. Além de quatro câmeras espiãs, havia, no local, microfones, cabos de internet e um aparelho gravador DVR e um mo
Cobertura especial: Mostra Infantil, Oficina de Cinema e homenagem a Paloma Rocha marcaram esta sexta no VI Festival de Jericoacoara Cinema Digital
A sexta-feira, 9/6, no VI Festival de Jericoacoara Cinema Digital foi marcada por sol forte, lua cheia e uma programação intensa, incluindo pela manhã o segundo dia de debate sobre o filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha, produção homenageada pelo evento nos 50 anos desde o lançamento; à tarde a Mostra Infantil de Cinema, que mais uma vez fez a festa da criançada da vila, e a Oficina de Cinema, democratizando o acesso ao fazer cinema e demonstrando que o audiovisual está ao alcance de todos, valendo mais a ideia do que a técnica, o argumento que o equipamento.
Com entrada franca em toda a programação, o festival, que segue até o dia 13, no Polo de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Jericoacoara, teve na noite desta sexta-feira a entrega do Troféu Pedra Furada à cineasta Paloma Rocha, filha de Glauber Rocha. Responsável por entregar a honraria à realizadora que contribuiu decisivamente para a restauração e o relançamento digital de vários longas-metragens de Glauber Rocha, Francis Vale, cineasta cearense e diretor do Festival de Jericoacoara Cinema Digital, ressaltou a importância do trabalho de Paloma para o evento e para o cinema brasileiro.
"É com muita satisfação que entregamos esse troféu do nosso festival à Paloma, em agradecimento ao que ela tem feito pelo cinema brasileiro e, em particular, pelo nosso festival, cedendo filmes como 'Deus e o Diabo na Terra do Sol', em 2014, e agora 'Terra em Transe'. Agradecemos não só pela cessão do filme, mas pela participação neste seminário. É por essas razões que estamos aqui fazendo a entrega do Troféu Pedra Furada", ressaltou Francis vale.
Um festival de cinema em uma cidade de areia
Paloma Rocha agradeceu pelo convite e ressaltou a luta da equipe "para fazer o festival em uma cidade de areia, que não deve ser tão fácil". "Tô muito feliz. Esses dias pra mim foram dias de realização. Fico muito contente de ter restaurado esses filmes e ter feito esses documentários, um pra cada filme, disponível em DVD", enfatizou.
Glauber e o Brasil de hoje
"'Terra em Transe' nos ajuda a compreender as coisas do Brasil de hoje, que não mudam. Mas é muita alegria, satisfação fazer com que essa obra chegue ao público 50 anos depois. Muito obrigada!", complementou Paloma Rocha, dedicando o troféu a sua avó, Lucia Rocha, mãe de Glauber.
Mostra Competitiva de Curtas
Após a homenagem a Paloma Rocha, a sexta-feira de festival deu continuidade à Mostra Competitiva de Curtas-metragens, com seis novas produções exibidas em Jericoacoara: "O Menino do Dente de Ouro", de Rodrigo Sena (Fic, RN), "Botes Bastardos", de Pedro Cela (Doc, CE), "Ilha das Crianças", de Zeca Ferreira (Fic, RJ), "Retratos da Alma", de Leo Bello (Doc, DF), "A Dança de Júlia", de Igor Lopes (Exp, PE) e "Meu Rio Vermelho, de Rafael Irineu (Doc, MT). Antes da exibição, realizadores de três filmes falaram sobre suas produções e agradeceram pela oportunidade de estar no festival, com um painel plural do audiovisual brasileiro.
Mais sobre o festival
“Chegando à sexta edição, o Festival de Jericoacoara Cin ema Digital prossegue consolidando cada vez mais sua dimensão nacional, buscando reunir os novos realizadores do cinema brasileiro, que estão em todas as regiões, fazendo seus trabalhos, mesmo enfrentando, muitas vezes, dificuldades para divulgação, repercussão, visibilidade”, afirmou Francis Vale.
“Na contramão dessa realidade, o Festival de Jericoacoara Cin ema Digital existe justamente para para dar mais destaque a novos nomes do cinema brasileiro, provando que passamos de um eixo geográfico de produção para novos e múltiplos polos, espalhados pelo País”, acrescenta o diretor do festival.
“O festival contribui para mostrar o pluralismo, essa riqueza de origens, temas e formas dos filmes, os realizadores de várias gerações que fazem o novo cinema brasileiro acontecer de um modo muito forte, pulsante”, complementa Francis, que também enfatiza a relação do festival com a comunidade de Jeri como um grande diferencial.
Cineastas de 13 estados
O VI Festival de Jericoacoara Ci nema Digital contará, na Mostra Competitiva de Curtas, com a exibição de 30 filmes, de realizadores de 13 estados, selecionados entre nada menos que 237 inscritos. Participam do festival filmes de até 20 minutos, sobre quaisquer temas, nos gêneros documentário, ficção, animação e experimental.
Neste ano, chamou atenção da comissão de seleção o grande número de documentários inscritos, refletindo-se também na lista dos selecionados. "Um total de 15 filmes, metade dos selecionados, são documentários, o que demonstra a atenção que o gênero vem recebendo por realizadores de todo o País", destaca o diretor do festival, cineasta e escritor cearense Francis Vale, que celebra a nova edição do festival, apontando que mais uma vez o evento prestará homenagens a grandes nomes do audiovisual do Ceará e do Brasil, com destaque para a história do cinema e para a cena independente.
Confira os filmes participantes:
A Chegada de Aninha, de Rosa Berardo (Animação, GO)
A Dança de Julia, de Igor Lopes (Experimental, PE)
A Fuga, de Douglas Alves Ferreira (Animação, SP)
Abissal, de Arthur Leite (Documentário, CE)
Atenciosamente, Saudade, de Edson Pereira (Experimental, CE)
Botes Bastardos, de Pedro Cela (Documentário, CE)
Candeias, de Felipe Wenceslau e Augusto Pessoa (Documentário, BA)
Canta um Ponto, de Luciano Dayrell e João Paulo Silveira (Documentário, RJ)
Dilema de Carpideira, de Philipe Ribeiro (Ficção, CE)
Ilha das Crianças, de Zeca Ferreira (Ficção, RJ)
Leblon Marista, de Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista (Documentário, GO)
Louça de Deus, de Eudaldo Monção (Documentário, BA)
Luiza, de Caio Baú (Documentário, PR)
Matiz, de Jackson Abacatu (Animação, SP)
Memórias do Cine Argus, de Edivaldo Moura (Documentário, PA)
Meu Rio Vermelho, de Rafael Irineu (Documentário, MT)
Negro Lá, Negro Cá, de Eduardo Cunha (Documentário, CE)
No que me toca, de Cecília Engels (Ficção, SP)
O Menino do Dente de Ouro, de Rodrigo Sena (Ficção, RN)
Os Olhos de Arthur, de Allan Deberton (Ficção, CE)
Psiu!, de Antônio Carrilho (Documentário, PE)
Retratos da Alma, de Leo Belo (Documentário, DF)
Rosinha, de Gui Campos (Ficção, DF)
Salu e o Cavalo Marinho, de Cecilia da Fonte (Animação, PE)
Segundos, de Camila Cruz (Ficção, SP)
Sêo Inácio (Ou o Imaginário do Cinema), de Helio Ronyvon (Documentário, RN)
Sertãozinho, de Rosana Nunes (Documentário, CE)
Shala, de João Inácio (Ficção, PA)
Símile, de Julio César Mahr (Experimental, GO)
Tatuagem Deni, de Armedi Mustafa (Documentário, AM)
SERVIÇO:
VI Festival de Jericoacoara – Cinema Digital. De 7 a 13 de junho de 2017, em Jericoacoara. Toda a programação tem entrada franca. Mais informações: www.jeridigital.c om.br.