Polícia Federal (PF) investigará a instalação de câmeras escondidas encontradas em um apartamento da deputada federal Dayany Bittencourt (foto) (União-CE), em Brasília. O caso já estava sendo apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, após o equipamento ter sido encontrado escondido em meio a disparadores de água e sensores de fumaça, em 2023. A entrada da PF no caso foi por determinação do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, após reunir-se com a parlamentar. No ofício, Almeida Neto cita “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e de sua atividade política”. Registros audiovisuais As câmeras foram encontradas por assessores da parlamentar em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, em agosto do ano passado. Além de quatro câmeras espiãs, havia, no local, microfones, cabos de internet e um aparelho gravador DVR e um mo
Sábado em Jericoacoara foi de Festival de Cinema, com filme "Yorimatã", oficina e Mostra Competitiva de Curtas. Neste domingo tem filme sobre futebol
Oferecendo à população e aos visitantes de Jericoacoara uma programação especial de cinema em pleno sábado, em três turnos, sempre com entrada franca, o VI Festival de Jericoacoara Cinema Digital teve seu quarto dia de atividades começando com a exibição do longa "Yorimatã", do diretor Rafael Saar.
O filme, projetado pela manhã no Polo de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Jericoacoara, palco do festival, foi seguido por debate com o realizador e também com a cantora e compositora Lucina, uma das personagens principais do longa, retratando a dupla Luhli e Lucina, que desafiou as regras da música e do casamento.
"Yorimatã" nasceu a partir das pesquisas do diretor Rafael Saar para um outro documentário, "Olho nu", sobre Ney Matogrosso. Ao se deparar com a dupla, Rafael logo se perguntou por que nunca havia ouvido falar de Luhli e Lucina. Daí o filme começou a ser pensado, em 2009, e teve sua estréia em 2014, com exibição na Mostra de São Paulo. Este foi o primeiro longa do diretor.
Com um riquíssimo material de acervo de filmagem da década de 70, o
filme revisita a vida e história da dupla de artistas que compuseram sucessos de Secos e Molhados ("O vira"), Zélia Duncan ("Depois do perigo"), assim como de clássicos do repertório de Ney Matogrosso ("Bandoleiro", "Coração aprisionado"). O público participou ativamente com perguntas, lágrimas e relatos emocionados com a história da dupla, sua arte e a dimensão e expertise de Rafael ao delinear tudo com maestria e imenso cuidado.
Criançada fazendo seu próprio filme
A programação do festival seguiu pela tarde de sol em Jericoacoara, com a Oficina de Cinema Digital, que inseriu a garotada no mundo tecnológico. Cada criança ou adolescente saiu de celular na mão em busca de seu próprio filme.
Com uma ideia na cabeça e a câmera digital mais prática do dia a dia atual, cada um dos jovens teve a oportunidade de, com acompanhamento de profissionais do setor audiovisual, comprovar que qualquer pessoa pode estimular o próprio olhar para mostrar um ponto de vista sobre o mundo, a partir da arte do cinema.
Mostra Competitiva de Curtas
À noite, o Polo ficou lotado para a Mostra Competitiva de Curtas-metragens, com a presença de representantes de cinco filmes: "Dilema de Carpideira", de Philipe Ribeiro (Fic, CE), "Psiu!", de Antônio Carrilho e Juliana Lima (Doc, PE), "Louça de Deus", de Eudaldo Monção Jr. (Doc, BA), "Atenciosamente, Saudade", de Edson Pereira (Exp, CE) e "A Fuga", de Douglas Alves Ferreira (Anim, SP). Também foi exibido o filme "Leblon Marista", de Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista (Doc, GO).
"O personagem Zé Dantas era um compositor que fez muitas músicas com Luiz Gonzaga. Era filho de grande comerciante, fazendeiro, mas desde nove, dez anos se interessava em estar junto do povo, escutando os causos, com os feirantes", destacou Antonio Carrilho, participante do filme "Psiu", sobre Zé Dantas.
"Era uma pessoa que tinha essa busca pela alma do povo brasileiro. Conseguiu traduzir isso nessas composições com Luiz Gonzaga. Um ser humano admirável, que faleceu aos 41 anos, mas deixou uma obra bastante importante na história da música brasileira", acrescentou, sobre o protagonista de um dos filmes mais aplaudidos na noite deste sábado.
Cinema e futebol em Jeri
Neste domingo, 11/6, a programação do VI Festival de Jericoacoara Cinema Digital começa às 10h, com a exibição do filme "Trem da Alegria", mais recente produção do cineasta cearense Francis Vale, diretor do festival.
O filme aborda a história do time de futebol fundado pelo ex-jogador profissional Afonsinho e por outros craques brasileiros, para excursionar por vários estados, de forma amistosa e popular, reunindo multidões para exibições especiais de boleiros e grandes artistas da música popular brasileira - entre eles, o cearense Raimundo Fagner e o carioca Paulinho da Viola.
A exibição do filme será seguida de debate com Francis Vale e Afonsinho, com a presença de jogadores de futebol amadores de times de Jericoacoara e região.
À tarde continuam a Mostra Infantil de Cinema e a Oficina de Cinema Digital. À noite acontece a exibição dos filmes da Mostra Competitiva de Curtas-metragens. Tudo com entrada franca, democratizando o acesso à nova produção audiovisual do Ceará e do Brasil.
Cineastas de 13 estados
O VI Festival de Jericoacoara Ci nema Digital contará, na Mostra Competitiva de Curtas, com a exibição de 30 filmes, de realizadores de 13 estados, selecionados entre nada menos que 237 inscritos. Participam do festival filmes de até 20 minutos, sobre quaisquer temas, nos gêneros documentário, ficção, animação e experimental.
Neste ano, chamou atenção da comissão de seleção o grande número de documentários inscritos, refletindo-se também na lista dos selecionados. "Um total de 15 filmes, metade dos selecionados, são documentários, o que demonstra a atenção que o gênero vem recebendo por realizadores de todo o País", destaca o diretor do festival, cineasta e escritor cearense Francis Vale, que celebra a nova edição do festival, apontando que mais uma vez o evento prestará homenagens a grandes nomes do audiovisual do Ceará e do Brasil, com destaque para a história do cinema e para a cena independente.
SERVIÇO:
VI Festival de Jericoacoara – Cinema Digital. De 7 a 13 de junho de 2017, em Jericoacoara. Toda a programação tem entrada franca. Mais informações: www.jeridigital.c om.br.