Mais de 90% dos fuzis apreendidos no ano passado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro foram fabricados em outros países. O maior número de apreensões ocorreu em áreas do estado onde há disputas de território entre facções criminosas rivais. As duas constatações fazem parte de um estudo da Subsecretaria de Inteligência (SSI)da Secretaria de Estado de Polícia Militar, que analisou a apreensão de 492 fuzis em 2023. Um aspecto abordado no estudo da SSI diz respeito à marca dos fuzis apreendidos. Dos 492, 199 são da marca norte-americana Colt. Foram registrados no estudo 194 fuzis sem marca, ou seja, armas que entram no país ou no estado separadas por peças e montadas por armeiros envolvidos com as organizações criminosas. As demais armas apreendidas são de 43 marcas diversas, praticamente todas de países do Hemisfério Norte. O estudo da SSI mostra que as apreensões se concentraram com maior intensidade nas áreas integradas de segurança pública (AISPs) da zona oeste da capital e da Ba
OAB-CE solicita renovação das medidas protetivas ao TJCE para garantir segurança de mulheres vítimas de violência
A evolução da pandemia do COVID-19 obrigou as autoridades a adotarem medidas de prevenção, alterando o funcionamento do Poder Judiciário cearense, onde os principais aparelhos da rede de apoio e acolhimento às mulheres vítimas de violência encontram-se fechados ou, em sua maioria, funcionando em regime de plantão. Nesse sentido, a OAB-CE, através da Comissão da Mulher Advogada (CMA), solicitou ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), através de ofício, a adoção de medidas para determinar a renovação automática das Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) já concedidas, desde a declaração de pandemia pelo Ministério da Saúde até trinta dias após o fim da mesma, com o restabelecimento dos serviços públicos, além de determinar que os Boletins de Ocorrência sejam prescindíveis em face às concessões de novas MPUs.
Conforme indicadores do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), tem-se constatado o aumento dos índices dos casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres, registrando um crescimento de quase 9% no número de ligações para o canal que recebe essas denúncias no último mês, através da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH). Além disso, registra-se a dificuldade das vítimas para registrar Boletins de Ocorrência, seja de forma presencial ou por meios digitais, devido à grande vulnerabilidade a que a maioria das mulheres estão expostas.
Para o presidente da OAB-CE, Erinaldo Dantas, o momento exige ainda mais atenção aos casos de violência doméstica, onde as mulheres necessitam estar amparadas pela Justiça. “Estamos atentos à situação de grande vulnerabilidade que a maioria das mulheres estão expostas. Como Ordem atuamos firmemente para que as vítimas continuem sendo amparadas legalmente, sendo as medidas protetivas imprescindíveis para o enfrentamento desse triste e degradante quadro social”, destaca.
A presidente da CMA, Christiane Leitão, explica que a solicitação vem no momento em que os enormes números atestam que a violência doméstica vem se expandindo durante a pandemia, sendo uma ação importante para a proteção das mulheres. “A Ordem busca junto ao Judiciário a concessão dessas prorrogações, solicitando esse olhar cauteloso para trazer um pouco mais de alento a um problema tão sério e real em nossa sociedade, onde as verificações são feitas em razão das chamadas pelo 180, número nacional para denúncias anônimas que resguardam as mulheres em caso de violência doméstica e familiar. Então, a Ordem não poderia deixar de tomar uma ação de força neste momento para enfrentar a séria problemática que vivemos”, afirma.
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