Em uma cerimônia emocionante, a Universidade de Brasília (UnB) concedeu nesta sexta-feira (26) o diploma de geólogo ao estudante Honestino Guimarães, desaparecido político perseguido durante a ditadura militar e cujo corpo nunca foi encontrado. Liderança estudantil, Honestino foi preso em 1965 e viveu na clandestinidade nos anos seguintes. Ele foi sequestrado em 1973 e nunca mais foi visto. A confirmação pública de sua morte ocorreu em 1996. O reconhecimento, concedido na modalidade port mortem, ocorreu no auditório da Associação dos Docentes da UnB e contou com a presença de professores, estudantes, familiares de Honestino e autoridades locais e nacionais. Na cerimônia, foi anunciada a decisão do Conselho Universitário da UnB que anulou a decisão de desligar Honestino da instituição de ensino. Ele havia sido expulso em 1968, antes de concluir a graduação. A reitora da universidade e presidente do Conselho Universitário, Márcia Abrahão, anunciou a concessão do título e explicou que
CCBNB traz jornalista Cristina Serra a Fortaleza para lançamento do livro "Nós, Sobreviventes do Ódio" quarta-feira, 5 de julho, com debate no BNB Clube. Entrada franca. Livro já à venda no CCBNB
Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Fortaleza promove lançamento do livro "Nós, Sobreviventes do Ódio - Crônicas de Um País Devastado", da jornalista paraense Cristiana Serra, uma das mais reconhecidas profissionais de imprensa, autora de textos sobre conjuntura política, econômica e social, defesa da democracia, combate ao golpismo, ao belicismo, à negligência com a pandemia, às "fake news".
O lançamento na capital cearense acontece na quarta-feira, 5 de julho, às 19h, com debate aberto ao público, com entrada franca, no BNB Clube (Av. Santos Dumont, 3646, Aldeota). O debate terá mediação do jornalista cearense Nilton Almeida e será aberto a perguntas de todos e todas os/as interessados/as. Contará ainda com um pocket-show, com atração a ser definida, como encerramento. A programação tem curadoria da escritora e produtora cultural Sara Síntique, também responsável pela produção, juntamente com o jornalista e produtor cultural Dalwton Moura.
"Nós, Sobreviventes do Ódio", quarto livro da jornalista Cristina Serra, 60 anos, 26 anos dos quais dedicados ao exercício do jornalismo na Rede Globo, é, no dizer de Janio de Freitas, uma reflexão em tempo real sobre os anos mais tenebrosos do Brasil desde a redemocratização. O livro reúne 224 crônicas publicadas pela autora no jornal Folha de S.Paulo, entre 2020 e o começo de 2023, período que combinou a chegada da extrema direita ao poder com Bolsonaro, o ultraliberalismo de Paulo Guedes e a pandemia do coronavírus.
Os artigos foram selecionados a partir de alguns temas: os ataques à vida dos brasileiros, à democracia, aos direitos humanos e ao meio ambiente. Alguns deles, inclusive, viralizaram nas redes sociais. Os textos avançam até o começo do governo Lula e a tentativa de golpe, em Brasília, no 8 de janeiro.
A autora ressalta que o livro é um esforço de documentação e memória das atrocidades perpetradas pelo governo Bolsonaro para que os crimes cometidos por ele, ministros, assessores, políticos e autoridades não fiquem impunes. "Em vários momentos, tive a sensação de que o país desmoronava ao meu redor e, muitas vezes, escrever foi um exercício dilacerante e doloroso. Mas era preciso escrever", afirma.
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