A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) convoca, neste mês de maio, os motoristas que operam por aplicativos com veículos de final de placa 3 para a realização de vistoria anual. O serviço é realizado na nova sede da Etufor, localizada no Passaré. Em 2025, foram vistoriados um total de 3.610 veículos. Somente em abril, 930 veículos foram considerados aptos para a prestação do serviço de transporte por aplicativo. Os motoristas que operam pelas plataformas devem programar suas vistorias anualmente, conforme o calendário publicado no Diário Oficial do Município, que é divulgado pela Etufor na imprensa, nas redes sociais do órgão e no site da Prefeitura de Fortaleza. O serviço é obrigatório para motoristas que desejem trabalhar por serviços sob demanda e é realizado somente via agendamento. O agendamento deve ser feito exclusivamente pelo site da Etufor . Após este passo, é necessário emitir o documento de arrecadação municipal (DAM) no valor de R$ 134,98, apresen...
"Por: Thiago Siqueira
Aconteceu na quinta-feira, 27 de agosto, no Centro Cultural SESC Severiano Ribeiro, a pré-estreia do documentário "Waldick - Sempre no Meu Coração", filme dirigido pela atriz Patrícia Pillar ("Zuzu Angel") que mostra a trajetória do músico nordestino Waldick Soriano.
A exibição foi precedida por um pequeno discurso feito pela diretora estreante, que disse esperar que a plateia se divertisse tanto assistindo à produção quanto ela se divertiu produzindo-a. Finalizada desde 2008, quando foi projetada na 18ª edição do Cine Ceará, a fita será lançada em circuito comercial a partir desta sexta, 28 de agosto.
Com casa cheia, o público se deleitou com as desventuras e gracejos do veterano cantor. Se despindo de qualquer glamour desde o início, o filme assume uma atmosfera mais descontraída logo em sua abertura, quando vemos Waldick na estrada, cantando e desabafando. Pillar entrevista diversos amigos e conhecidos de Waldick, dividindo a fita em três atos bem definidos.
O primeiro acompanha o biografado em shows pelo Brasil, contando histórias dos primórdios de sua carreira, desde a infância sofrida, o aprendizado na "universidade da vida" até a chegada em São Paulo e a transformação em Waldick Soriano. É contada, inclusive, a origem insuspeita de seu figurino clássico, com chapéu e roupas pretas com os óculos escuros, remetendo ao cowboy Durango Kid, ídolo da juventude de Soriano em suas idas ao cinema.
Em seguida, vemos algumas das diversas mulheres da vida de Waldick. Segundo o próprio, ele teve 14 companheiras que conviveram com ele, com nenhuma delas tendo um relacionamento mais verdadeiro. É interessante ver como as relações de Waldick, não só com as mulheres, mas com todas as pessoas mais próximas dele parecem turbulentas em algum nível. É mostrado o encanto que ele causava nas mulheres, seu jeito arrebatador de conquistá-las, mas seu problema em mantê-las e em ser mantido por elas.
Finalmente, no momento mais emocionante do filme, temos a sua derrocada. Sem seu figurino marcante, vemos um Waldick diminuído, pequeno até, combalido e em declínio. Durante todo o filme, era raro não ver o biografado com um copo de uísque na mão, com seus excessos e sua idade já avançada cobrando-lhe o preço, com este trecho final retratando muito bem isso.
Patrícia Pillar faz uma estreia forte como cineasta, sabendo trabalhar bem com a câmera, registrando imagens belas e com o bom ritmo, mas este seu primeiro trabalho não é isento de problemas, muito por conta de sua inexperiência até. O principal deles é o fato de não identificar através de caracteres na tela os entrevistados, dificultando o acompanhamento dos depoimentos para o público.
Além disso, um trabalho mais intensivo de pesquisa mais intensivo seria bom. Não que os depoimentos do próprio Soriano e de seus familiares não sejam interessantes, mas um pouco mais de imagens de arquivo e fatos sobre a carreira do cantor seriam bastante úteis à narrativa. Além disso, alguns pequenos vazamentos da "voz" da cineasta em suas entrevistas também atrapalham um pouco o andamento do documentário. Fora esses pequenos escorregos, Pillar se sai muito bem, sendo um nome que valerá a pena acompanhar, caso decida continuar na carreira de cineasta.
Em dado momento, Waldick fala da complexidade do ser humano, algo que fica claro em sua própria vida. Um poeta incrivelmente romântico, mas um solitário por natureza. Sua "breguice" vem apenas do modo apaixonado o qual via o mundo. Este filme, finalizado pouco tempo antes da morte do músico, que ocorreu em setembro de 2008, serve como um tributo a este magnífico artista, sendo bem-vindo para lembrá-lo entre risos e lágrimas."
Fonte:Site Cinema com Rapadura
Aconteceu na quinta-feira, 27 de agosto, no Centro Cultural SESC Severiano Ribeiro, a pré-estreia do documentário "Waldick - Sempre no Meu Coração", filme dirigido pela atriz Patrícia Pillar ("Zuzu Angel") que mostra a trajetória do músico nordestino Waldick Soriano.
A exibição foi precedida por um pequeno discurso feito pela diretora estreante, que disse esperar que a plateia se divertisse tanto assistindo à produção quanto ela se divertiu produzindo-a. Finalizada desde 2008, quando foi projetada na 18ª edição do Cine Ceará, a fita será lançada em circuito comercial a partir desta sexta, 28 de agosto.
Com casa cheia, o público se deleitou com as desventuras e gracejos do veterano cantor. Se despindo de qualquer glamour desde o início, o filme assume uma atmosfera mais descontraída logo em sua abertura, quando vemos Waldick na estrada, cantando e desabafando. Pillar entrevista diversos amigos e conhecidos de Waldick, dividindo a fita em três atos bem definidos.
O primeiro acompanha o biografado em shows pelo Brasil, contando histórias dos primórdios de sua carreira, desde a infância sofrida, o aprendizado na "universidade da vida" até a chegada em São Paulo e a transformação em Waldick Soriano. É contada, inclusive, a origem insuspeita de seu figurino clássico, com chapéu e roupas pretas com os óculos escuros, remetendo ao cowboy Durango Kid, ídolo da juventude de Soriano em suas idas ao cinema.
Em seguida, vemos algumas das diversas mulheres da vida de Waldick. Segundo o próprio, ele teve 14 companheiras que conviveram com ele, com nenhuma delas tendo um relacionamento mais verdadeiro. É interessante ver como as relações de Waldick, não só com as mulheres, mas com todas as pessoas mais próximas dele parecem turbulentas em algum nível. É mostrado o encanto que ele causava nas mulheres, seu jeito arrebatador de conquistá-las, mas seu problema em mantê-las e em ser mantido por elas.
Finalmente, no momento mais emocionante do filme, temos a sua derrocada. Sem seu figurino marcante, vemos um Waldick diminuído, pequeno até, combalido e em declínio. Durante todo o filme, era raro não ver o biografado com um copo de uísque na mão, com seus excessos e sua idade já avançada cobrando-lhe o preço, com este trecho final retratando muito bem isso.
Patrícia Pillar faz uma estreia forte como cineasta, sabendo trabalhar bem com a câmera, registrando imagens belas e com o bom ritmo, mas este seu primeiro trabalho não é isento de problemas, muito por conta de sua inexperiência até. O principal deles é o fato de não identificar através de caracteres na tela os entrevistados, dificultando o acompanhamento dos depoimentos para o público.
Além disso, um trabalho mais intensivo de pesquisa mais intensivo seria bom. Não que os depoimentos do próprio Soriano e de seus familiares não sejam interessantes, mas um pouco mais de imagens de arquivo e fatos sobre a carreira do cantor seriam bastante úteis à narrativa. Além disso, alguns pequenos vazamentos da "voz" da cineasta em suas entrevistas também atrapalham um pouco o andamento do documentário. Fora esses pequenos escorregos, Pillar se sai muito bem, sendo um nome que valerá a pena acompanhar, caso decida continuar na carreira de cineasta.
Em dado momento, Waldick fala da complexidade do ser humano, algo que fica claro em sua própria vida. Um poeta incrivelmente romântico, mas um solitário por natureza. Sua "breguice" vem apenas do modo apaixonado o qual via o mundo. Este filme, finalizado pouco tempo antes da morte do músico, que ocorreu em setembro de 2008, serve como um tributo a este magnífico artista, sendo bem-vindo para lembrá-lo entre risos e lágrimas."
Fonte:Site Cinema com Rapadura
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