O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado pela morte da vereadora Marielle Franco, foi condenado, nesta quinta-feira (8), a 13 anos e seis meses de prisão, por comércio ilegal de arma de fogo. A sentença foi proferida pela 40ª Vara Criminal da Capital.
No dia 12 de março de 2019, logo após prenderem Ronnie pela morte de Marielle e do seu motorista, Anderson Gomes, o Ministério Público e a Polícia Civil encontraram, em uma residência no Méier, diversas caixas pertencentes ao ex-PM, com componentes de fuzil que seriam posteriormente montados, dando origem a 117 armas. Na época, Ronnie argumentou que seriam para montar armas de airsoft. Porém, a Justiça entendeu que tais peças seriam para usar em armas reais.
“Assim, tem-se que não só não havia dentre os materiais apreendidos peças exclusivas de airsoft, como os ferrolhos apreendidos são peças de uso exclusivo para arma de fogo. Nesse ponto, destaca-se que o delegado da Desarme, em suas declarações em sede judicial, explicou que, apesar de as demais peças não serem exclusivas de fuzis, podendo ser utilizadas para a montagem de airsoft também, pela qualidade do material pode-se afirmar que seriam utilizadas para a produção de fuzis reais. Isso porque, financeiramente, não compensaria comprar peças de qualidade e resistência suficientes para efetuar disparos com munição verdadeira, para montar fuzis de airsoft”, destacou um dos trechos da decisão.
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