O Governo do Ceará atingiu o total de mais de 100 mil pequenos negócios financiados pelo Programa de Microcrédito Produtivo (Ceará Credi). Em operação desde julho de 2021, o programa liberou mais de R$ 250 milhões em microcrédito para o fortalecimento e ampliação de pequenos negócios de trabalhadores autônomos, formais e informais, e cooperativas em todo o Estado.
“Esse número representa mais de 100 mil famílias cearenses impactadas pela geração de renda proporcionada por esses negócios. Desse total, mais de 54 mil são empreendedoras chefes de família, responsáveis pelo sustento de seus lares. O Ceará Credi é uma política do Governo do Ceará criada com o objetivo de incluir financeiramente empreendedores que, em muitos casos, ficam à margem do sistema bancário”, comenta o governador do Ceará, Elmano de Freitas.
Do público prioritário atendido pelo Ceará Credi, 70% são empreendedoras mulheres, dos quais 55% são chefes de família. De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Danilo Serpa, responsável pela operacionalização do programa, a política pública tem como principal objetivo a inclusão financeira orientada de pequenos empreendedores.
“Isso comprova que, seguindo as orientações do governador Elmano de Freitas, as políticas de desenvolvimento econômico do estado também têm se voltado para aqueles pequenos empreendedores que estão começando ou que buscam crédito para fortalecer seus negócios. São empreendimentos de grande importância para a economia e geração de renda local”, explica Danilo Serpa.
“Nós temos muita alegria em celebrar esse número de 100 mil clientes financiados pelo Ceará Credi, com mais de duzentos milhões investidos pelo governo do estado. Nós temos estudos de avaliação de impacto efetivo que comprovam o aumento da renda desses empreendedores a partir do programa, inclusive a geração de postos de trabalho. Isso mostra que o programa deu certo, que gerou oportunidade para o trabalhador, o empreendedor cearense que precisa de oportunidade e, principalmente, para mulheres chefes de família que precisam de renda para garantir a sua autonomia financeira e o sustento da sua família”, comemora o secretário do Trabalho do Ceará, Vladyson Viana.
Os segmentos de comércio (66%) e serviços (21%) são os mais impactados pelo programa de microcrédito estadual. “Mais de 57% dos valores foram destinados para investimentos mistos e 34% para capital de giro. Além disso, o Ceará Credi também tem a preocupação com a orientação desse crédito para que os empreendedores saibam aplica-los de forma sustentável e obtenham o máximo de retorno positivo para seus negócios”, afirma Silvana Parente, diretora de Economia Popular e Solidária da Adece e coordenadora de operações do programa.
Capacitação
Até maio de 2025, mais de 54 mil clientes atendidos pelo programa realizaram cursos de gestão empreendedora e educação financeira por meio de uma parceria entre o Ceará Credi e a Aliança Empreendedora. Entre os temas abordados pelas capacitações, foram ofertados cursos como: Desvendando o Crédito; Aprenda a fazer Plano de Negócio; Formalização para Mulher Empreendedora; Marketing Digital; Como Cuidar das Finanças do Seu Negócio; e Superpoderes da Tecnologia.
Há 26 anos, Mary Sabino de Mesquita atua como manicure na capital cearense. Depois de uma longa jornada terceirizando seus serviços em salões de beleza de Fortaleza, em 2020, ela resolveu investir no seu próprio negócio. “Fui mãe cedo e devido as dificuldades decidi buscar minha independência financeira. Quando escolhi investir em meu próprio negócio, enfrentei muitos desafios, pois não tinha capital de giro e os recursos eram poucos”, comenta Mary.
Em 2024, ela conheceu o Ceará Credi e viu no programa a oportunidade de dar um novo rumo para o seu negócio. “O Ceará Credi foi uma luz no fim do túnel para mim. Eu estava sem condições de investir na minha área e não tinha capital para fortalecer e ampliar o meu negócio. O programa me ajudou tanto na parte de investimentos, quanto na parte de capacitação”, explica a profissional.
Érica Rodrigues começou a trabalhar com confeitaria em 2019, quando estava grávida da filha mais nova. “Comecei com bolos de pote e depois passei a fazer também os bolos para os mêsversários da minha filha. As pessoas foram gostando e me incentivaram a produzir para vender. Quando voltei ao trabalho como CLT, vi que os custos ficariam muito alto com a creche para minha filha e optei por sair do trabalho para investir na produção de bolos”, conta Érica.
Mãe de dois filhos, a empreendedora passou a sustentar a casa com a produção de bolos e também investiu na venda de papelarias para festas e mimos personalizados. “O Ceará Credi me incentivou a crescer. Com o crédito, comprei uma panela mexedora para brigadeiros, papéis especiais para topos de bolos, prensa e impressora para sublimação. Com esse dinheiro, fiz muito mais do que podia imaginar”, comenta a doceira.
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