Polícia Federal (PF) investigará a instalação de câmeras escondidas encontradas em um apartamento da deputada federal Dayany Bittencourt (foto) (União-CE), em Brasília. O caso já estava sendo apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, após o equipamento ter sido encontrado escondido em meio a disparadores de água e sensores de fumaça, em 2023. A entrada da PF no caso foi por determinação do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, após reunir-se com a parlamentar. No ofício, Almeida Neto cita “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e de sua atividade política”. Registros audiovisuais As câmeras foram encontradas por assessores da parlamentar em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, em agosto do ano passado. Além de quatro câmeras espiãs, havia, no local, microfones, cabos de internet e um aparelho gravador DVR e um mo
A Secretaria das Cidades recebe, a partir desta terça (26) até quinta-feira (28), missão do Banco Alemão de Desenvolvimento (KFW) para avaliar e acompanhar o andamento dos programas de Saneamento Ceará II e III. A implantação do programa Ceará IV também entrará na pauta da visita, que conta com a participação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e do Sistema de Saneamento Rural Cearense (Sisar).
Os programas Ceará II e Ceará III têm como objetivo executar a implantação, ampliação e melhoria dos sistemas de abastecimento de água (SAA) das Bacias Hidrográficas do Baixo Médio Jaguaribe (BBJ) e do Banabuiú (BBA), além de atuar no fortalecimento do Sisar, através da aquisição de equipamentos e materiais, e da implantação de um sistema de esgotamento sanitário coletivo. Os dois projetos recebem juntos um investimento de US$19,3 milhões de Euros e beneficiam mais de 30 mil pessoas. Ambos tem previsão de conclusão para 2016.
Para a implantação do Programa de Saneamento Básico Ceará IV, a missão irá discutir quais os procedimentos necessários para dar início ainda este ano. O Ceará IV terá como objetivo promover a construção, expansão e aperfeiçoamento dos sistemas de abastecimento de água, além de desenvolver melhorias sanitárias domiciliares e implantar sistema de esgotamento sanitário em algumas comunidades rurais do estado que são atendidas pelo Sisar. O programa prevê ainda a construção de um Centro de Referência para capacitação de pessoas que irão operar e manter os sistemas de esgotamento. O Ceará IV irá receber investimento de US$70 milhões de Euros, beneficiando mais de 220 mil pessoas.
As reuniões da missão irão acontecer tanto na Secretaria das Cidades como também na sede da Cagece.
O que é o Sisar
A maioria dos sistemas de água rurais executados pela Cagece, através do São José, é administrada pelo Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar). O Sisar começou a ser implantado no Ceará em 1996, na Bacia do Acaraú e Coreaú. Atualmente, existem oito unidades do Sisar no Ceará (uma em cada bacia hidrográfica do Estado), totalizando 1.124 localidades atendidas e aproximadamente 435 mil pessoas beneficiadas com sistema de abastecimento de água gerenciadas pelos próprios moradores.
O Programa beneficia pequenas comunidades e visa garantir, a longo prazo, o desenvolvimento e manutenção dos sistemas implantados pela Companhia de forma autossustentável. Cada um desses sistemas constitui uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos, formada pelas associações comunitárias representando as populações atendidas, com a participação e orientação da Cagece.
Entre as atribuições dessas oito ONGs, está a prestação de assistência técnica, o controle da qualidade da água, o cálculo de tarifas, a emissão de contas e o repasse de informações para a Cagece. A estrutura organizacional do Sisar consta de um conselho de administração com 11 membros (6 das associações e 5 de órgãos governamentais) e um conselho fiscal com 6 membros (todos representantes das comunidades), além de considerar a voz dos moradores em Assembleia Geral.
Um dos destaques do Sisar é o valor da conta paga, que é muito abaixo do valor normal cobrado por uma conta de água. Isso se deve, porque a comunidade divide as despesas como energia elétrica, salário do operador da estação de tratamento e manutenção do Sisar.
A Cagece sensibiliza e capacita as comunidades, além de orientar a manutenção nos sistemas de tratamento e distribuição de água, mas são os próprios moradores que operam o sistema.