A brasileira Sabrina Custódia voltou a brilhar no Campeonato Mundial de ciclismo de pista 2025, que está sando disputado no Velódromo do Rio de Janeiro. Após conquistar o ouro e o recorde mundial no primeiro dia do Mundial na prova de contrarrelógio de 1 quilômetro da classe WC2 (competidores com deficiência físico-motora), a paulista de São José dos Campos ficou, no último sábado (19), com a prata na prova de velocidade da classe C2 (atletas que utilizam bicicletas convencionais). “Foi uma final muito disputada [contra a suíça Flurina Rigling, que ficou com o ouro]. Saio feliz com mais uma medalha, porque sei o quanto essa sequência de resultados representa para o nosso time e para minha carreira. Estar no pódio de novo, diante da torcida, é uma sensação indescritível”, declarou Sabrina Custódia. Quem também conquistou uma prata para o Brasil no sábado foi Victoria Barbosa, na prova de 1 quilômetro contrarrelógio da classe C1 (atletas que utilizam bicicletas convencionais). A br...
A ONG Endeavor e o Insper se uniram para investigar uma nova categoria de empresas, chamadas de "scale-ups" – negócios que estão crescendo, e impactando muito na geração de riquezas e empregos para o país. As duas instituições lançaram uma cátedra para estudar o tema. A pesquisa é conduzida pelo professor Guilherme Fowler A. Monteiro. O primeiro trabalho do pesquisador para a Cátedra é o white paper "Empresas de alto crescimento e o desafio de Scale-Up" em que ele analisa estudos internacionais sobre o assunto. O artigo está disponível em: http://info.endeavor.org.br/ whitepaper-scale-ups
A parceria vai trazer rigor acadêmico para a área. Como consequência, a Endeavor entenderá melhor as scales-ups e conseguirá apoiar ainda mais os empreendedores. Anualmente a ONG realiza mentorias com scale-ups. San Paolo, A Tal da Castanha e Go Case são algumas das scale ups cearenses já apoiadas.
O estudo se justifica porque ainda não há na literatura acadêmica uma definição precisa do que são, efetivamente, Scale-ups, algo que dificulta o debate sobre o tema e a adoção de medidas efetivas para estimulá-las. Até agora, a discussão esteve focada exclusivamente em um grupo maior de companhias, as chamadas Empresas de Alto Crescimento (EACs), aquelas que crescem a um determinado ritmo por um período intensivo e observável. A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), por exemplo, classifica esses negócios como aqueles que crescem em média 20% ao ano, por três anos seguidos.
Segundo a última estatística do IBGE, o Brasil tinha 31.223 dessas companhias em 2014, o que representa 1,3% do total — apesar disso, elas geraram quase a metade dos novos empregos no período (46,7%). Mas só essa classificação não dá conta de explicar o que favorece ou não o crescimento dessas organizações, muito menos colocar uma lupa sobre asScale-ups, que têm algumas características próprias que as distinguem desse grande grupo, como a produtividade.
Segudo o artigo, “scale-up é uma empresa cujo ciclo acelerado de crescimento e criação de riqueza baseia-se, fundamentalmente, na escalabilidade do seu modelo de negócios.” A partir dessa definição, é possível discutir melhor como criar incentivos para que as empresas mais produtivas cresçam, como identificar os negócios com possibilidade de ganho de escala e suportar seu desenvolvimento. Já se sabe que esse estímulo é diferente do necessário para as empresas em estágio inicial, por exemplo.
O trabalho também mostra que scale-up é uma fase na história da organização. Ela surge, valida o seu modelo de negócios escalável, cresce fortemente por um período, mas não necessariamente se mantém assim para sempre. Para a economia como um todo, isso não é ruim: ganha-se produtividade em um ambiente em constante mudança, com ideias (e empresas) nascendo e crescendo de modo acelerado. “Por outro lado, quanto maior a porcentagem de companhias que permanecem estáticas, menor o crescimento da produtividade”, diz o pesquisador do Insper.