A Polícia Militar do Ceará (PMCE) deflagrou, neste final de semana (dias 4, 5 e 6 de julho), mais uma fase da Operação Integração, com foco nos municípios de Pacatuba e Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A ação visa reforçar a segurança pública, combater a criminalidade e cumprir mandados de prisão expedidos pela Justiça, além de coibir a circulação de armas ilegais. A operação é coordenada pela Coordenadoria Geral de Operações (CGO), por meio da atuação integrada das forças de segurança, e conta com o emprego de patrulhas especializadas da PMCE. Neste final de semana, o destaque das ações foi para o trabalho desenvolvido pelo Comando Tático Motorizado (Cotam), que efetuou a prisão de dois indivíduos com mandados judiciais em aberto. Prisões e apreensão de arma O primeiro mandado foi cumprido na manhã desde sabado (5), no município de Pacatuba. Um homem de 33 anos foi preso na rua São Francisco, no Conjunto Planalto Benjamin. Contra ele havia um mandado de pri...
A ONG Endeavor e o Insper se uniram para investigar uma nova categoria de empresas, chamadas de "scale-ups" – negócios que estão crescendo, e impactando muito na geração de riquezas e empregos para o país. As duas instituições lançaram uma cátedra para estudar o tema. A pesquisa é conduzida pelo professor Guilherme Fowler A. Monteiro. O primeiro trabalho do pesquisador para a Cátedra é o white paper "Empresas de alto crescimento e o desafio de Scale-Up" em que ele analisa estudos internacionais sobre o assunto. O artigo está disponível em: http://info.endeavor.org.br/ whitepaper-scale-ups
A parceria vai trazer rigor acadêmico para a área. Como consequência, a Endeavor entenderá melhor as scales-ups e conseguirá apoiar ainda mais os empreendedores. Anualmente a ONG realiza mentorias com scale-ups. San Paolo, A Tal da Castanha e Go Case são algumas das scale ups cearenses já apoiadas.
O estudo se justifica porque ainda não há na literatura acadêmica uma definição precisa do que são, efetivamente, Scale-ups, algo que dificulta o debate sobre o tema e a adoção de medidas efetivas para estimulá-las. Até agora, a discussão esteve focada exclusivamente em um grupo maior de companhias, as chamadas Empresas de Alto Crescimento (EACs), aquelas que crescem a um determinado ritmo por um período intensivo e observável. A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), por exemplo, classifica esses negócios como aqueles que crescem em média 20% ao ano, por três anos seguidos.
Segundo a última estatística do IBGE, o Brasil tinha 31.223 dessas companhias em 2014, o que representa 1,3% do total — apesar disso, elas geraram quase a metade dos novos empregos no período (46,7%). Mas só essa classificação não dá conta de explicar o que favorece ou não o crescimento dessas organizações, muito menos colocar uma lupa sobre asScale-ups, que têm algumas características próprias que as distinguem desse grande grupo, como a produtividade.
Segudo o artigo, “scale-up é uma empresa cujo ciclo acelerado de crescimento e criação de riqueza baseia-se, fundamentalmente, na escalabilidade do seu modelo de negócios.” A partir dessa definição, é possível discutir melhor como criar incentivos para que as empresas mais produtivas cresçam, como identificar os negócios com possibilidade de ganho de escala e suportar seu desenvolvimento. Já se sabe que esse estímulo é diferente do necessário para as empresas em estágio inicial, por exemplo.
O trabalho também mostra que scale-up é uma fase na história da organização. Ela surge, valida o seu modelo de negócios escalável, cresce fortemente por um período, mas não necessariamente se mantém assim para sempre. Para a economia como um todo, isso não é ruim: ganha-se produtividade em um ambiente em constante mudança, com ideias (e empresas) nascendo e crescendo de modo acelerado. “Por outro lado, quanto maior a porcentagem de companhias que permanecem estáticas, menor o crescimento da produtividade”, diz o pesquisador do Insper.