No Parque Dom Aloísio Lorscheider, em Fortaleza, modalidades esportivas gratuitas aproximam moradores, promovem saúde e bem-estar na comunidade. Graça Barbosa chega ao Parque Dom Aloísio Lorscheider, localizado no bairro Itaperi, em Fortaleza, antes das oito da manhã. Carrega o sorriso de quem se reencontra com o próprio corpo depois de muito tempo e a disposição de quem descobre novos prazeres na vida. Ao lado dela, sempre está o marido, seu Luiz, ex-jogador do América. As dores na coluna e no nervo ciático não permitem mais que ele participe das aulas, mas a rotina de acompanhá-la virou parte dos cuidados mútuos que marcam a vida do casal. Enquanto dona Graça se dedica ao pilates, ele caminha pelo parque, observa e se reconcilia com as lembranças do tempo em que o futebol ocupava os seus dias. “Estou gostando muito de vir ao pilates pela manhã. Comecei faz duas semanas, ainda tenho dificuldades em alguns movimentos, mas quero melhorar! Perguntei ao professor sobre exercícios pa...
No Dia Mundial de Prevenção de Quedas de idosos, o Hospital São Camilo Cura d`Ars alerta sobre traumas ortopédicos
Com 30% dos atendimentos do setor de ortopedia e traumatologia voltado para idosos, médico do Hospital dá dicas de como prevenir traumas
Quem nunca sofreu ou conhece alguém que passou por algum trauma ortopédico? No Dia Mundial de Prevenção de Quedas, comemorado no dia 24 de junho, o pronto-atendimento em Ortopedia e Traumatologia do Hospital São Camilo Cura d`Ars faz um balanço e alerta: dos 400 pacientes assistidos por mês, 30% são idosos.
Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data foi incorporada ao Calendário da Saúde do Ministério da Saúde (MS) para alertar idosos, cuidadores e familiares sobre os riscos de queda, um grave problema de saúde. Segundo o MS, cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano. Dentre as complicações mais graves estão fraturas, principalmente de fêmur, e traumatismo craniano.
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), A queda em pessoas idosas é um importante fator de risco para a perda da autonomia do idoso e, por conseguinte, diminuição da qualidade de vida. Na faixa etária de 60 anos ou mais, a queda é a segunda causa de óbito dentre as causas externas.
No Hospital São Camilo Cura d`Ars, Daniel Romero, médico do pronto-atendimento em ortopedia e traumatologia do Hospital, confirma essas estatísticas: 30% dos atendimentos do setor é de idosos, que passam por traumas de baixa energia, a exemplo das quedas da própria altura.
Para Romero, “os idosos devem ter cuidado com obstáculos, tapetes, degraus, falta de apoio para o banho e deslocamentos, como barras e suportes adequados”, completa. Outros cuidados também podem ser tomados, como manter os ambientes bem iluminados; não deixar fios de luz, roupas, sapatos e outros objetos espalhados nos trajetos por onde anda; usar sempre o corrimão ao descer ou subir escadas; guardar objetos ao alcance do idoso; nunca subir em banquinhos ou cadeiras; evitar encerar o piso e usar sempre calçado fechado, com sola de borracha e salto baixo, mesmo em casa.
Também é possível tomar alguns cuidados na rua, como: prestar atenção em raízes de árvores, buracos e obstáculos nas calçadas; atravessar sempre na faixa de pedestres e respeitar o sinal; usar sempre óculos, aparelhos de audição e bengalas, se precisar; não sair desacompanhado se não se sentir seguro.
Independente do tipo de acidente, o coordenador explica que alguns cuidados devem ser tomados logo após o trauma: “Na suspeita de fraturas, deve-se evitar mobilizar o paciente, mantê-lo calmo e acordado até a chegada do socorro e transferência ao hospital para os devidos cuidados médicos.” Além dos cuidados no momento do trauma, o tratamento após o acidente deve ser adequado à reabilitação, garantindo uma plena recuperação do paciente e a prevenção de novos eventos.