Na tarde desta sexta-feira, o elenco do Ferroviário finalizou a preparação para o duelo de sábado com mais um trabalho intenso no Estádio Elzir Cabral. O técnico Tiago Zorro comandou um treino posicional, ajustando o posicionamento dos atletas em diferentes situações de jogo, reforçando movimentações e transições táticas. A atividade foi encerrada com o tradicional recreativo, promovendo leveza ao ambiente.
Colabora Inova - Estudante cearense conquista Prêmio no HackBrazil por meio de Startup do programa do Instituto TIM
Equipe do Aqualuz recebeu R$25 mil para investir no projeto, além de treinamento e mentoria da Universidade de Harvard e do MIT
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2019 – Jovens do Academic Working Capital – programa de empreendedorismo universitário do Instituto TIM – receberam um importante reconhecimento internacional. A equipe do Aqualuz, que participou do AWC no ano passado, conquistou o segundo lugar na competição HACKBRAZIL, em Boston, nos Estados Unidos. A final aconteceu durante a Brazil Conference at Harvard & MIT, evento que contou com a presença de diversas autoridades do país, incluindo o vice-presidente, Hamilton Mourão.
A Aqualuz busca solucionar um problema muito comum no Nordeste do Brasil: a falta de acesso à água potável. O grupo, inclusive, é formado por jovens da região, da Universidade Federal da Bahia e da Universidade Federal do Ceará. Anna Luísa Santos, Lucas Ayres, Letícia Nunes e Marcela Sepreny receberam R$ 25 mil para investirem na sua solução, um sistema de filtragem que utiliza radiação solar para tornar água contaminada própria para consumo. Cada ciclo dura, em média, 4 horas, disponibilizando até 28 litros por dia.
De acordo com Anna Luísa, a oportunidade de participação no AWC e a conquista da premiação abrem possibilidades importantes: “Vamos investir o prêmio na expansão da startup, em novos testes de certificação e em relatórios de impacto. Já temos 35 unidades do dispositivo em funcionamento, tornando potável 15 litros de água em apenas duas horas. Queremos chegar a 100 unidades e, assim, oferecer água tratada de modo rápido, eficiente e barato, sobretudo para melhorar a vida das populações do Semiárido”, explica.
Essa foi a primeira vez que projetos da AWC foram apresentados no exterior, para uma banca de jurados formada pelos principais nomes do mercado de fundos de investimento e de capital de risco do mundo. Participaram ainda outros dois grupos do programa: o Helidrop, que desenvolveu um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) para pulverização de defensivos agrícolas em lavouras, e o NextCam, sistema de inteligência artificial que identifica riscos para realizar ações preventivas em obras. Todos receberam treinamento e mentoria de investidores, empresários e alunos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard.
“Ter três projetos do AWC entre os cinco finalistas da competição demonstra o nível e a qualidade das nossas equipes. Essa vitória reforça o sentimento de que estamos formando startups fortes para o mercado. Queremos impulsionar cada vez mais as ideias inovadoras para desenvolver soluções que terão impacto real no dia a dia das pessoas”, diz Diogo Dutra, coordenador do AWC.
Letícia Nunes, 20 anos – Estudante de Engenharia Ambiental pela UFC
Nascida na cidade de Pentecoste, no Ceará, a estudante Letícia cresceu no pequeno munícipio de Croáta que fica a 33 km de Fortaleza. Criada no interior, durante a infância Letícia percebeu a vida das pessoas que conviviam diariamente com problemas da estiagem na região, onde faltava muita água e a espera pela chuva era grande. Curiosa, ele observava como os moradores da cidade faziam para armazenar a tão aguardada chuva, e percebeu o uso de cisternas era muito comum para captação do liquido para uso próprio.
Através dessa realidade, Letícia sempre cresceu com a vontade de fazer algo pelo povo nordestino e decidiu fazer engenharia ambiental, identificando-se especialmente pela área de recursos hídricos. Para a Letícia, “o mais importante não é criar soluções para solucionar ter água, mas saber administrar esses recursos já que a seca é uma condição natural da região. “
Mas foi só em 2017 que a história da estudante se cruzou com projeto Aqualuz. Uma amiga em comum apresentou Letícia a Anna Luísa, da UFBA, idealizadora do dispositivo, e juntas, as duas perceberam que tinham objetivos em comum. Interessada em contribuir com a ideia de Ana, Letícia pediu para integrar ao projeto do Aqualuz e logo ingressou à equipe. Na convivência, as estudantes perceberam que conheciam de perto a realidade dessa população do Sertão nordestino que consumiam a água da chuva captada por cisternas sem nenhum tratamento prévio, mesmo sendo imprópria para o consumo. Com isso, notaram a necessidade de investir no projeto que possibilitasse a filtração dessa água de forma simples e com baixo custo para que essas pessoas tivessem a oportunidade de ter acesso a água de potável em suas residências.
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