O caso do assassinato do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira , um jovem negro de 26 anos, que levou um tiro na cabeça do policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, na última sexta-feira (4), vai ser acompanhado pelo Ministério da Igualdade Racial. A titular da pasta, Anielle Franco, publicou um nota nas redes sociais para repudiar o episódio. "É lamentável e dilacerante chorarmos a morte de mais um jovem inocente. Guilherme Dias dos Santos Ferreira saiu do trabalho, corria para pegar o ônibus, carregava sua marmita, talheres e a bíblia, e recebeu um tiro na cabeça! O racismo institucional persiste em 'confundir' corpos negros. É urgente que essa realidade mude!", escreveu a ministra. O marceneiro foi morto pelo agente após ser confundido com assaltantes que tentavam roubar sua moto. O crime aconteceu na Estrada Ecoturística de Parelheiros, na zona Sul de São Paulo. O PM lotado no 12º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano chegou a ser preso em fl...
Desde do dia em que o casal descobre a gravidez a maior preocupação dos futuros pais é se o bebê, ainda no ventre, poderá nascer com alguma má-formação fisiológica. O acompanhamento do pré-natal se torna, especialmente para algumas mulheres, uma saga de preocupações com os resultados dos exames. Após o nascimento da criança, aqueles que possuem plano de saúde ou podem pagar, optam por acompanhamento de um pediatra. Durante todo esse processo de desenvolvimento, são examinados reflexos, o caminhar, o crescimento, as primeiras palavras, a vacinação entre outros.
Para cada análise que o médico realiza, são considerados marcos do desenvolvimento infantil. A criança deve apresentar uma série de comportamentos compatíveis com a sua idade. Se por algum motivo a criança não está se desenvolvendo de acordo com o previsto, sempre é recomendado investigar a situação. O medo dos pais do neuropediatra, do psicólogo infantil ou do psiquiatra infantil é visível nas sessões iniciais. O cuidado com o corpo biológico deveria ser tão relevante quanto às outras partes que nos fazem humanos. Crianças que demoram um pouco mais a falar, andar, interagir, contar histórias entre outros, devem ser consideradas a história familiar, o ambiente, os estímulos e muitas outras variáveis.
Aceitar que a criança possui uma dificuldade é algo doloroso para os pais. É saber que a cada dia precisa-se vencer um novo obstáculo. Negar a existência das dificuldades com frases como “ele tem preguiça”, “ele não faz porque não quer”, “ele só presta atenção naquilo que quer”, “ele é teimoso demais” ou “ele é muito agressivo” é considerar que uma criança tenha a capacidade solitária de se reorganizar quando nem mesmo os adultos o fazem. É por meio dessas frases que se escondem diagnósticos importantes que poderiam ajudar desde muito cedo a melhorar a vida e diminuir o sofrimento.
Na atualidade, muitos adultos têm sido diagnosticados com dificuldades de aprendizagem, transtorno do humor, transtorno de personalidade, transtornos do neurodesenvolvimento etc. Enquanto os pais negavam os problemas dos filhos, ainda crianças, eles foram se construindo ou se descontruindo ao longo dos anos. A possibilidade do diagnóstico poderia ter sido melhor para desenvolver suas habilidades e que eles pudessem se relacionar com o ambiente de forma mais efetiva. Aceitar as dificuldades em um mundo tão exigente em sermos bons em tudo se torna relevante possibilitar estratégias de enfretamento e uma delas é o diagnóstico.
Negar as dificuldades de uma criança é saber que uma hora a conta chega e geralmente será na adolescência, um período de grandes transformações para o indivíduo. É sempre importante que os pais se atentem para os marcos do desenvolvimento infantil, acompanhem a criança com um especialista e se for necessário, um atendimento mais especializado não devem temer. Aceitem que esta é uma porta que se abre para uma criança que poderia ter uma vida inteira de portas fechadas.
Profa. Ms. Denise Alves
Coordenadora do Curso de Psicologia da UniAteneu
Mestra em Psicologia
Profª. Ms. Maria Helena Rodrigues
Coordenadora do Curso de Psicologia da UniAteneu
Doutoranda e mestra em Educação
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