A manhã e o começo da tarde deste sábado (25) foram históricos para o tênis brasileiro, com dois atletas chegando em finais importantes do circuito mundial. O carioca João Fonseca se garantiu na disputa do título do ATP 500 da Basileia, na Suíça, enquanto a paulista Luísa Stefani se classificou para a decisão do WTA 500 de Tóquio, no Japão. Os torneios de nível 500, que dão 500 pontos aos campeões, são os de terceiro maior nível do circuito, tanto masculino como feminino, atrás apenas das competições nível 1000 e dos Grand Slams (que distribuem dois mil pontos ao vencedor) . É a primeira vez que João vai a final de um ATP 500. Luísa, por sua vez, terá pela frente a terceira decisão de um WTA 500 somente este ano, após títulos em Linz, na Áustria, e Estrasburgo, na França, sempre com a húngara Timea Babos, com quem também venceu o SP Open (WTA 250 de São Paulo). Número 46 do ranking de simples da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), João encarou o espanhol Jaume Munar (42º...
Tão importante quanto a saúde física, a saúde mental se tornou um assunto muito discutido, especialmente após os impactos que a pandemia de covid-19 impôs. Este cenário de incertezas e isolamento social colocou o Brasil como o país com o mais alto nível de ansiedade (63%) e depressão (59%) do mundo, conforme estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP). Entre os 11 países que tiveram dados coletados, o Brasil fica à frente de lugares como Irlanda, que registrou 61% de pessoas com ansiedade e 57% com depressão; e Estados Unidos, com 60% e 55%, respectivamente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são quase 19 milhões de brasileiros diagnosticados com ansiedade, o que se intensificou no período pandêmico. Atualmente, a OMS não separa mais a saúde mental da física, pois o estresse e a ansiedade influenciam em diversas áreas do bem-estar humano, inclusive o humor e o apetite.
Algumas pessoas procuram no alimento não apenas saciedade, mas sensações como “alívio” para o que estão sentindo, enquanto outras param de comer. Ambas as situações são prejudiciais. Em muitos casos, algumas estratégias podem contribuir para a regressão dos sintomas que estejam prejudicando a saúde emocional, como técnicas de respiração, terapias complementares, atividade física e uma dieta saudável e adequada.
“Alimentos como frituras, ricas em gorduras saturadas e trans; laticínios; doces e sobremesas com alto teor de açúcar refinado; e produtos industrializados cheios de conservantes como o ácido benzoico, quando consumidos em excesso, podem gerar um processo inflamatório, promovendo danos ao cérebro e favorecendo o surgimento de doenças como ansiedade e depressão, que estão diretamente ligadas à inflamação no cérebro”, explica Keilane Lima, nutricionista da Casa de Cuidados do Ceará, equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
“Tais alimentos também contribuem para o desequilíbrio no funcionamento do intestino. Há diversos estudos que evidenciam uma forte influência da microbiota intestinal no comportamento emocional e nos processos neurológicos”, afirma a profissional.
Alimentação equilibrada
Ainda de acordo com Keilane Lima, o fato de os alimentos com baixa qualidade nutricional serem claramente prejudiciais ao organismo, não significa que devam ser excluídos totalmente da dieta. “Eles podem ser consumidos com baixa frequência, a cada 15 dias ou até uma vez por semana. O importante é manter uma alimentação equilibrada”, justifica.
Sobre os aliados da vida saudável, inclusive da saúde mental, a nutricionista dá outras dicas. “É importante ter uma dieta balanceada composta por frutas e vegetais variados, grãos, fontes de proteína magra, peixes e oleaginosas, garantindo, assim, os nutrientes necessários para a saúde cerebral. As vitaminas A, C e E, por exemplo, têm ação antioxidante, que impede o efeito dos radicais livres e retarda o envelhecimento das células. Já o ômega 3, presente nos peixes e frutos do mar, atua na formação de novas células cerebrais. E as vitaminas D, B6 e B12 têm participação importante no desenvolvimento de neurotransmissores responsáveis pela regulação do sistema nervoso”, pontua Lima, ressaltando que, além de promover a saúde cerebral, uma alimentação balanceada também contribui para o fortalecimento do sistema imune.
Projetos voltados à alimentação
Atenta à saúde mental de seus pacientes, a Casa de Cuidados do Ceará (CCC) promove o Projeto Sensações. A iniciativa busca reativar boas lembranças por meio da alimentação dos pacientes sob cuidados paliativos e em processo de reabilitação fonoaudiológica que estão se alimentando de forma oral ou por dieta mista (sonda + via oral).
“O cardápio oferecido foi elaborado de acordo com as respostas captadas em pesquisa e sob supervisão e autorização da equipe de saúde responsável pelos internados”, explica Karinne Andrade, fonoaudióloga da CCC.
Para a nutricionista Keilane Lima, o hábito de se alimentar vai muito além da contagem de calorias. “Envolve a questão afetiva e emocional, como aquela comida que remete à infância ou a alguma lembrança especial”, acrescenta.
A Nutrição do equipamento realiza ações em datas comemorativas que visam conscientizar sobre a importância de uma alimentação saudável, como o Dia Mundial da Alimentação, Dia de Combate a Diabetes, entre outras.
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