Movimentos e organizações sociais voltaram a cobrar celeridade na identificação e responsabilização dos envolvidos no episódio que ficou conhecido como Massacre do Rio Abacaxis, ocorrido em agosto de 2020, na região dos rios Abacaxis e Marimari, entre Borba e Nova Olinda do Norte, a cerca de 130 quilômetros de Manaus (AM).
Quatro ribeirinhos e dois indígenas Munduruku foram mortos a tiros em agosto de 2020, durante uma ação policial deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. A ação ocorreu dias após o então secretário-executivo do Fundo de Promoção Social estadual, Saulo Moysés Rezende Costa, ser baleado enquanto pescava na região do Rio Abacaxis.
Na época, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou que Costa pescava com um grupo de amigos perto de uma comunidade ribeirinha. Após um desentendimento com lideranças locais que exigiam que o grupo deixasse a área por não ter licença ambiental para pescar no local, Costa foi atingido por um tiro no ombro. Segundo a secretaria estadual de Segurança Pública informou pouco tempo depois, Costa registrou um boletim de ocorrência no qual relatou que as pessoas que abordaram a ele e a seus colegas portavam armas de fogo, facas e tochas.
Uma semana depois, a secretaria estadual de Segurança Pública deflagrou uma operação policial com a justificativa de combater o tráfico de drogas na região do Rio Abacaxis. De acordo com a pasta, no segundo dia da ação, parte da força policial deslocada para a área foi emboscada e dois policiais militares – o terceiro-sargento Manoel Wagner Silva Souza e o cabo Márcio Carlos de Souza – foram mortos.
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