O ministro do Turismo, Celso Sabino (sem partido), confirmou, na tarde desta quarta-feira (17), que deixará o governo em função de o partido União Brasil ter pedido a vaga na pasta. Segundo Sabino, ele deve ser substituído por Gustavo Feliciano. "Eu imagino que o partido deva ter as suas razões para ter tomado essa decisão de se afastar do governo e deve ter suas razões também para agora buscar se aproximar do governo". Sabino foi expulso do partido depois que decidiu permanecer no cargo . A direção da legenda havia determinado o afastamento da pasta. Em entrevista à imprensa há pouco, Sabino disse que pretende concorrer a uma vaga ao Senado no ano que vem. O ministro disse que retomará o mandato de deputado federal e fará pré-campanha para o Senado. "A gente já vem conversando com o presidente há alguns dias. E o partido já vem há alguns dias também, nesse diálogo, buscando esse espaço", afirmou. Segundo Sabino, a saída dele foi decidida na terça-...
Com a Lei Orgânica da Cultura do Ceará, ações afirmativas e recursos de acessibilidade democratizam o acesso ao fomento cultural no estado
Políticas como cotas, vagas específicas, editais com recursos de acessibilidade, dentre outros aperfeiçoamentos, são algumas das conquistas que marcam a nova legislação
A luta e mobilização de movimentos negros, povos indígenas/originários, quilombolas, pessoas com deficiência (PcD), dentre outras populações, tornou realidade as políticas de ações afirmativas no Ceará. A Lei Orgânica da Cultura do Estado do Ceará (Lei n.º 18.012/2022) dialoga diretamente com esta garantia da cidadania.
Alinhada com as demandas específicas do setor cultural, a nova legislação aperfeiçoa os princípios, objetivos e estrutura do Sistema Estadual de Cultura (Siec), que orienta “promover a inclusão social e a democratização do acesso às ações de financiamento e fomento à cultura, inclusive por meio da adoção de políticas e ações afirmativas”.
>> Lei Orgânica da Cultura do Ceará moderniza legislação do setor com resultados já no primeiro ano de vigência
O “Regime Próprio de Fomento Cultural”, instituído pela Lei Orgânica da Cultura, determina como estas ações afirmativas e reparatórias de direitos são exercidas. O Art. 53, § 2º, rege que esta política pode ser efetivada por meio de linhas de editais exclusivas e específicas, previsão de cotas, bônus de pontuação ou outros mecanismos voltados a determinados territórios, povos, comunidades e populações.
Este ordenamento jurídico estimula a participação e protagonismo de agentes culturais e equipes de trabalho compostas de forma representativa por mulheres, pessoas negras (pretos e pardos), indígenas/originárias, povos e comunidades tradicionais (PCTs), camponesas, povos ciganos, pessoas LGBTI+, pessoas com deficiência (PcDs), pessoas idosas, pessoas em situação e superação de rua e outros grupos vulnerabilizados socialmente.
Conquista coletiva
“Testemunhamos mudanças e a inserção da população negra, a visibilidade considerando as manifestações de matriz africana e afro brasileira, a população quilombola e seus fazeres e várias formas de expressão e artistas localizados em territórios periféricos”, compartilha a coordenadora de Diversidade, Acessibilidade e Cidadania Cultural (Codac) da Secult Ceará, Rosana Marques.
Assim, as ações afirmativas ganham repercussão no contexto da política cultural enquanto uma prioridade de estado. “É uma ação que nasce da demanda do próprio campo”, completa a coordenadora.
Toda essa articulação da sociedade civil, amparada e consolidada com a Lei Orgânica da Cultura do Ceará, influencia diretamente o setor da cultura, bem como outras importantes áreas do estado como o social e o econômico.
“Essas pessoas são de contextos, comunidades, territórios tradicionais e periféricos na sua maioria. É um compromisso que, ao nível de Governo do Estado, se garante. Isso ganha repercussão, também, com o trabalho realizado com a Secretaria da Igualdade Racial (Seir) e Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince)”, detalha a coordenadora Rosana Marques.
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