A previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) indica predomínio de chuvas próximas à média em grande parte do País (tom em cinza no mapa da Figura 1a). Em áreas do norte da Região Norte, oeste do Paraná e nordeste do Rio Grande do Sul, a tendência é de chuvas abaixo da média (tom em amarelo no mapa da Figura 1a). Já em áreas pontuais dos extremos oeste, norte e nordeste do país, são previstas chuvas acima da média (tom em azul no mapa da Figura 1a).
Para a Região Norte, são previstas chuvas mais localizadas no leste do Acre, extremo noroeste do Amazonas e em áreas do norte do Pará. Em contrapartida, a previsão indica chuvas abaixo da média climatológica em praticamente todo o estado do Amapá e na divisa de Roraima com o Amazonas. Nas demais áreas da região, os volumes previstos devem ficar próximos à média histórica, período em que, climatologicamente, já se observa uma redução das chuvas.
Para a Região Nordeste, são previstas chuvas acima da média histórica no norte do Ceará, sudoeste da Paraíba, leste e centro de Pernambuco e nordeste de Alagoas, com acumulados que podem ultrapassar os 60 mm. No restante da região, a previsão indica volumes de chuva próximos à média. Ressalta-se que, no interior nordestino, normalmente tem-se a redução das chuvas durante esta época do ano.
Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, são previstos volumes de chuva próximos à climatologia, com acumulados inferiores a 50 mm. Em localidades do sudoeste do Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul, podem ocorrer chuvas ligeiramente acima da média.
Para a Região Sul, são previstas chuvas acima da média no centro-leste do Paraná e sul do Rio Grande do Sul, onde os acumulados podem ultrapassar os 130 mm. Já em áreas do nordeste do Rio Grande do Sul e oeste do Paraná, são previstas chuvas abaixo da média. Nas demais áreas da região, são previstos acumulados próximos à média histórica.
Temperatura
A previsão indica que as temperaturas devem ficar acima da média em quase todo o país (tons laranja e vermelho no mapa da Figura 1b), especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e oeste da Região Nordeste. Destaque para o centro-sul do Pará, norte e sudoeste do Mato Grosso, onde as temperaturas podem alcançar até 2°C acima da média, além da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde as temperaturas podem variar entre 25°C e 28°C.
No leste da Região Nordeste e norte da Região Sudeste, a previsão é de temperaturas acima da média para todos os estados, com áreas pontuais próximas à climatologia. As temperaturas devem variar entre 24°C e 26°C.Já em áreas do sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, além do leste de São Paulo, as temperaturas podem ficar acima de 16ºC e em áreas de maior altitude podem ocorrer declínio da temperatura e formação de geadas, devido a incursão de massas de ar frio.
A Região Sul deve apresentar temperaturas acima da média no centro-norte do Paraná, enquanto que no sudoeste do estado as temperaturas devem ficar próximas à média, assim como o estado de Santa Catarina (tom em cinza no mapa da Figura 1b). No Rio Grande do Sul, devem predominar temperaturas abaixo da média, com médias de temperatura podendo ficar abaixo dos 15°C (tom em azul no mapa da Figura 1b). Áreas pontuais no oeste do Paraná e no centro de Santa Catarina também podem apresentar valores abaixo da média. Além disso, em áreas de maior altitude podem ocorrer declínio da temperatura e formação de geadas.

Figura 1: Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de julho de 2025.
Possíveis Impactos nas culturas agrícolas
Considerando o prognóstico climático do INMET para Julho de 2025 e seus possíveis impactos nas principais culturas, a previsão de aumento das temperaturas e menor regularidade das chuvas podem comprometer as culturas permanentes e as pastagens no centro-sul do Pará, especialmente nas áreas com baixa reposição hídrica. Também há risco para o desenvolvimento de culturas irrigadas com alta demanda evaporativa.
As chuvas previstas acima da média em áreas da região do SEALBA (região que abrange Sergipe, Alagoas e Bahia) podem beneficiar a safra do feijão e do milho terceira safras. Na região do MATOPIBA (região que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o risco de estresse hídrico é maior, sobretudo para as lavouras de milho que estão em fase de floração.
Na Região Centro-Oeste, a escassez de chuvas ao longo do mês pode favorecer as atividades de colheita do milho segunda safra e do algodão, assim como a colheita de café e cana-de-açúcar na Região Sudeste. Entretanto, as altas temperatura e a baixa umidade relativa aumentam a demanda evaporativa, o que requer a necessidade de um manejo cuidadoso do solo. Embora a previsão aponte temperaturas acima da média para estas regiões, não se descarta a possibilidade de declínio da temperatura e formação de geadas, que podem causar danos pontuais ao milho segunda safra ainda em estádio reprodutivo, mas também favorecer o trigo em fase inicial de desenvolvimento.
Na Região Sul, a ocorrência de chuvas durante o mês de julho pode dificultar a semeadura e o estabelecimento inicial dos cultivos de inverno. Além disso, a previsão de temperaturas mais baixas aumenta a probabilidade de geadas, que podem representar risco às culturas mais sensíveis, como hortaliças e frutíferas.
O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.
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