Ao participar da cerimônia de 10 anos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), a presidente da instituição, Dilma Rousseff, avaliou que o desenvolvimento deve ser sustentável, inclusivo, justo, resiliente e soberano. “Comemoramos, portanto, a primeira década do banco não só com orgulho, mas com senso renovado de propósito”. “O mundo de hoje não é o mesmo de 2015. Está mais fragmentado, mais desigual e mais exposto a crises sobrepostas – crises climáticas, econômicas, geopolíticas. O multilateralismo está sob pressão. Testemunhamos um recuo na cooperação e o ressurgimento do unilateralismo.” Segundo Dilma, tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo utilizadas como “ferramenta de subordinação política”. “Cadeias produtivas globais estão sendo reestruturadas, não apenas pela busca de mais eficiência, mas sim por interesses geopolíticos”. “E o sistema financeiro internacional continua profundamente assimétrico, colocando os fardos mais pesa...
O "sim" à doação de órgãos de duas famílias na última terça-feira, 26, lá no Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, já resultou em dois transplantes de coração aqui, no Hospital de Messejana. Os dois hospitais são da rede pública do Governo do Estado. O primeiro transplante foi concluído às 4 horas da madrugada desta quarta-feira, 27. O segundo,que começou por volta das 6 horas da manhã, terminou agora há pouco, às 8 horas. As doações foram completas. Além dos corações, foram doados os rins, fígados e córneas. O transporte dos órgãos do Cariri para Fortaleza só foi possível porque o Governo do Estado assegurou e liberou duas aeronaves. Desde 2008 o Governo do Estado garante aeronaves para o transporte aéreo de órgãos. Tempo é fundamental para o aproveitamento dos órgãos e a efetividade das doações. Por isso, a necessidade do transporte aéreo. A primeira aeronave, com a equipe de profissionais, chegou em Juazeiro do Norte às 19h30min. A equipe trouxe os órgãos, com as cirurgias de captação feitas no Hospital Regional do Cariri.
Os corações já estão batendo no peito de dois aposentados, que após os transplantes estão em situação estável sob os cuidados da equipe do Hospital de Messejana. Um é o engenheiro aposentado Joaquim Nunes da Costa, 68 anos, que sofria de miocardiopatia hipertrófica. Há três meses ele está internado no Hospital de Messejana, esperando transplante. A família, para fazer um acompanhamento de perto, se mudou da Paraíba para Fortaleza, alugando uma casa em frente ao hospital. O outro transplantado é o pedreiro Clóvis Costa, 60 anos, de Fortaleza. Com miocardia isquêmica, ele estava internado na espera de um coração há duas semanas.
A Organização de Procura de Órgãos (OPU) do Cariri, as equipes de captações de órgãos do Hospital Regional do Cariri e as equipes trasplantadoras do Hospital de Messejana, Hospital Geral de Fortaleza e do Hospital das Clínicas viveram uma terça-feira, com feitos considerados raros. Não é comum o registro de duas captações de coração num único dia. Tudo começou com o trabalho da OPU do Cariri. Com a participação do enfermeiro Wagner Brito, a família do jovem de 18 anos, vítima de um acidente de motocicleta no município de Salitre, no Cariri, foi sensibilizada e decidiu doar os órgãos às 10 horas da manhã. Logo em seguida, às 11h30min, mais uma vez, sensibiliza a família de outra vítima, um jovem de 23 anos, de acidente de moto, ocorrido em Araripe.
O chefe da equipe de transplantes de coração do Hospital de Messejana, João David de Souza Neto, informa que aumentou para 16 o total de transplantes já feitos este ano no Ceará. Em todo o ano ano passado foram realizados 24 transplantes de coração. Ele está entusiasmado com o ritmo de transplantes e prevê que "até o final de 2016 vamos bater todos os anos de transplantes de coração". Lembra que é preciso manter ativas e permanentes as mobilizações para o "sim" as doações porque há 18 pacientes aguardando um coração saudável.
Recordes ano a ano.
Desde 2007 o Ceará bate recordes de transplantes de órgãos. Em 2007 foram realizados 654 e no ano anterior, 446. Em 2008, pulou para 742. No ano de 2009, chegou a 760. Em 2010, aumentou para 872. Em 2011, o total de transplantes realizados subiu para 1.295. Em 2012, houve recuo para 1.269. Em 2013, sobe novamente e chega a 1.361. Em 2014, o Ceará fez 1.399, e em 2015 atingiu 1.433 transplantes. Este ano, até o dia 26 de julho, já foram feitos 837 transplantes de órgãos e tecidos no Estado.