Entre os anos de 1996 a 2021, quase a metade dos títulos de mestrado (49,5%) e um sexto das titulações de doutorado (57,8%) foram obtidos por pessoas brancas. Apesar de majoritários na população brasileira (55,5%, conforme o Censo 2022), os negros são minoritários nos cursos de pós-graduação stricto sensu. “Pretos representam apenas 4,1% dos mestres e 3,4% dos doutores, enquanto pardos somam 16,7% e 14,9%, respectivamente. Os indígenas correspondem a apenas 0,23% das titulações de mestrado e 0,3% das de doutorado no período”, descreve nota à imprensa sobre levantamento do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação civil sem fins lucrativos, sediada em Brasília, supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Além dos resultados acumulados em 25 anos 1996 a 2021, o flagrante da desigualdade também é capturado de outra forma pelo CGEE: “em 2021, enquanto havia 38,9 mestres brancos por 100 mil habitantes, havia apenas 21,4 entre pretos, 1...
Iprede recebe leite, roupas e brinquedos de grupo de habilitados do movimento “Mais Vagas” do concurso da Policia Civil de 2015
Habilitados do concurso da Policia Civil 2015 entregaram hoje (30/10) cerca de 600 latas de leite, brinquedos e roupas ao Instituto da Primeira Infância (Iprede), em comemoração ao dia da criança. A iniciativa dos habilitados “Mais Vagas” para a Policia Civil teve o objetivo de repor o estoque de leite da Entidade além do exemplo de cidadania para os demais concursados. A campanha de arrecadação teve início em 1º de outubro.
O Iprede acolhe 100 crianças diariamente com acompanhamento médico, psicológico e nutricional além de seus familiares. Os parentes durante o acolhimento tem a oportunidade de participar de cursos como auxiliar de cabelereiro, corte costura, depilação, cuidadora de idosos e salgadeira. Os interessados em ajudar o Iprede podem doar moveis roupas, caçados, alimentos e leite. Mais informações através do telefone 3218 4000 ou no endereço rua Professor Carlos Lobo, 15 – Cidade dos Funcionários.
O habilitado para o cargo de inspetor Diego Coutinho, destacou durante a doação a importância de mais iniciativas como essas. “Temos aqui a oportunidade de ajudar, de fazer a diferença. A mesma atitude quando nos tornarmos policiais civis, queremos a oportunidade de mostrar a população junto com os policiais em atividade o perfil acolhedor dos habilitados que aguardam a convocação. Espero que os habilitados dos demais concursos possam adotar esse exemplo de cidadania”, destacou Diego.
O Governo do Estado do Ceará realizou em janeiro de 2015 o concurso para completar o quadro da Policia Civil que esta defasada. A População do Estado dobrou em 30 anos enquanto que o efetivo de 4.800 PC mingou para 2.770 entre inspetores, escrivães e delegados, dados do Sindicato de Policiais Civis do Estado do Ceará (Sinpol). Efetivo esse responsável para a implantação de inquéritos policiais e a resolução de 3 mil boletins de ocorrência registrado diariamente, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social.
O concurso de 2015 habilitou 4.035 inspetores e 2.338 escrivães, totalizando um cadastro de reserva de 6.373 policiais. A população do Estado do Ceará está em torno de 9 milhões de habitantes, quase a mesma população do Estado de Pernambuco, que possui um efetivo de 6.500 Policias civis, efetivo necessário para atender a população do Ceará.
O curso de formação que teve seu terceiro adiamento, está programado para acontecer em janeiro de 2016, com a convocação de apenas 763 habilitados entre delegados, escrivães e inspetores. Enquanto isso o Ceará, vivencia a maior crise de violência com altos índices de homicídios, roubos e furtos. Conforme dados do Sinpol existem na Delegacia de Capturas 13.392 mandatos oriundos de Fortaleza, 34.230 do Interior do Ceará e 10.945 de outros estados, totalizando 64.940 mandatos em abertos. Entre os homicidas, 18,9% estão foragidos. Em 2013, foram cumpridos apenas 1.141 mandatos por falta de efetivo.
A Policia Civil possui em seu quadro aproximado 2.770 policiais 295 delegados, 1.859 inspetores e 616 escrivães dos quais 400 são responsáveis por custodiar presos nas delegacias, acrescido 15% cedidos para setores administrativos, restando cerca de 1.900 para atender a população do Estado entre investigações, registro de boletins de ocorrência e cumprimento de mandatos