Inaugurado em março de 2022, a área de mais de 27 mil m², em Fortaleza, oferece diversas oportunidades para os cearenses
Antes um local repleto de muros, grades e celas, prédio do antigo Instituto Penal Professor Olavo Oliveira I (IPPOO I), o espaço de mais de 27 mil m², localizado no bairro Itaperi, em Fortaleza, hoje sedia o Parque Dom Aloísio Lorscheider, equipamento gerido pela Secretaria da Proteção Social (SPS) do Governo do Estado. Preenchido diariamente, desde sua inauguração em 2022, com muito esporte, lazer, saúde e conhecimento, a área multiuso se reinventou e caiu no gosto de diversos cearenses.
Simone Sousa Rocha é uma das 8.500 pessoas que passam pelo Parque, em média, por semana. Fã de carteirinha da área, ela tem uma palavra bem clara para definir o espaço: benção. “Acredito que o Parque como um todo tem sido maravilhoso para a nossa comunidade, principalmente para a nossa juventude que possui diversos espaços para explorar. Uma verdadeira benção”, disse.
A aposentada brinca que aproveita tudo o que pode dentro do Parque, de cursos a atividades físicas. Atualmente, a empreitada da fortalezense é no curso de corte e costura em malha. “Para mim esse curso tem sido maravilhoso. Também já fiz outros cursos como o de informática e também para trabalhar com o celular. Pela manhã, inclusive, estou nas aulas de marcenaria, o que foi um divisor de águas na minha vida”, contou de forma animada.
Interessados podem se inscrever em cursos como informática e música, à disposição de forma fixa, além de outras áreas ofertadas de maneira rotativa como marcenaria e corte e costura. Basta se dirigir até a administração do Parque e verificar a melhor disponibilidade dentro dos dias e horários disponíveis.
Multiuso
O Parque é equipado, ainda, com Areninha, brinquedopraça, academia ao ar livre, rampa de skate, quadras poliesportivas, incluindo quadra de areia para práticas de esportes como beach tennis, além de anfiteatro, quiosques e biblioteca. Ao todo, são oferecidas gratuitamente 16 modalidades entre atividades esportivas e de modo geral. São elas: futebol; crossfoot; ginástica; futsal; corrida orientada; ritmos; basquete; beach tênis; skate; vôlei; forró; pilates; capoeira; funcional; tiro com arco e esporte orientação.
“O Parque Dom Aloisio Lorscheider é um equipamento do Governo do Estado que possibilita àquela comunidade cuidar do corpo e da mente e fortalecer os laços familiares e com as pessoas que utilizam. Temos atividades durante todo o dia e toda a semana, tudo gratuito, garantindo o lazer dessas famílias”, destaca a vice-governadora e secretária da Proteção Social, Jade Romero.
Jade também lembra que a presença das mulheres na programação do Parque é muito alta e reforça que atividades como zumba, pilates, e tantas outras são uma forma de aliviar o estresse e a sobrecarga em que muitas dessas mulheres vivem.
É o caso de Francilene Silva, moradora do Itaperi. Ela conta que até tentou a ginástica na academia ao ar livre, mas foi a dança, mais especificamente o forró, que conseguiu ganhar a ‘vizinha’ do Parque. “Faz dois meses que estou na turma de aula de forró. É muito bom. Quando eu for para uma festinha vou poder dançar bastante, desenrolar de forma muito boa se for convidada por alguém. Além de melhorar a qualidade de vida, claro”, brinca.
Vivenciando o dia a dia do bairro, Francilene reconhece a importância e o impacto do Parque para todos que moram próximo ao equipamento. “Essa praça é muito importante, principalmente para nós aqui do bairro. As pessoas chegam do trabalho e conseguem espairecer aqui, aproveitar. Eu mesma já fiz várias atividades por aqui, inclusive com minha filha”, relata.
Transformação
Anteriormente casa do que já foi o maior presídio do Estado, hoje o Parque homenageia o religioso gaúcho dom Aloísio Lorscheider, que foi arcebispo de Fortaleza de 1973 a 1995. Quem pode falar com propriedade sobre a transformação do local é a secretária dos Direitos Humanos, Socorro França.
Com 48 anos de atuação no Ministério Público do Ceará, a atual titular da Sedih trabalhou na antiga penitenciária e esteve presente na inauguração do Paque, à época como secretária da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos. “Há uma simbologia muito forte com relação ao IPPOO, porque à época eu era promotora de justiça e trabalhava lá, fazia as visitas. Posteriormente, eu fui a pessoa que inaugurou o Parque. Para você ter ideia, isso para mim me marca muito, porque eu sou a pessoa que trabalhei, vi como era antes, quando presídio, e vi depois, hoje, um Parque que tem cultura, entretenimento, tem biblioteca, tem cidadania, tem tudo isso. Então, para mim, é uma felicidade muito grande”, relembrou.
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