Com um gol de Dudu, nos acréscimos do segundo tempo, o Atlético-MG arrancou um empate de 1 a 1 com o Independiente del Valle (Equador), na noite desta terça-feira (21) no Estádio Banco Guayaquil, em Quito, na partida de ida das semifinais da Copa Sul-Americana. Graças a este resultado, o Galo precisa de apenas uma vitória simples para avançar para a decisão da competição. A equipe mineira volta a medir forças com os equatorianos na próxima terça-feira (28), a partir das 21h30 (horário de Brasília), em Belo Horizonte. Atuando fora de casa, o Atlético-MG saiu em desvantagem. Logo aos seis minutos do primeiro tempo o árbitro marcou pênalti em falta cometida dentro da área por Ruan em cima de Patrik Mercado. O meia Junior Sornoza bateu com categoria e não deu chances ao goleiro Everson. O time do técnico Jorge Sampaoli não se omitiu na partida e buscou o empate até o final. E ele veio já aos 45 minutos da etapa final. Dudu fez uma linda tabela com Hulk antes de tocar para o...
POLÍTICOS E DROGAS
Alexandre Forte. Advogado. Mestre em Direito.
O horário eleitoral é engraçado. Quase todos os candidatos querem combater as drogas. Sim. Ninguém duvide. As drogas são os novos monstros que devemos combater. Já que não existe mais guerra fria, combatamos o tráfico de drogas. Porque elas estão nas ruas feito centopéias. Além disso, são dotadas de mil asas e tem um manto de invisibilidade.
Os políticos têm razão. É preciso combatê-las. Por isso pedem seu voto caro leitor, eleitor. Querem inclusive criar um Ministério da Segurança Nacional. Agora, sim. O Brasil vai imitar o México. Lá no México o combate ao tráfico de drogas é feito pelo Exército e pela Polícia Federal. E o resultado acaba de ser revelado: dez por cento da polícia federal mexicana está sendo expulsa da corporação por conta do envolvimento com atividades criminosas. E 28.000 pessoas morreram sob a ofensiva do Presidente Calderon.
Talvez este articulista seja pessimista. Nossa Polícia Federal é superpreparada. Assim como o Exército irá desempenhar sua missão com eficiência nas fronteiras. Não duvidamos do empenho desses valorosos brasileiros que compõem tão nobres instituições. Mas, duvidamos, sim, daqueles que apresentam panacéias e em época de eleição e são incapazes de debater temas polêmicos como mostrou o Jornal O Povo em recente matéria.
Ora, se os políticos fogem de debater e opinar sobre questões polêmicas, o que poderemos esperar deles no Congresso Nacional? Terão a necessária independência para defender os interesses do povo brasileiro contra o governante de plantão e contra forças não tão ocultas que ditam as rédeas da política nacional e internacional?
Sem pretensão de endossar a linha do movimento Crítica Radical que prega o voto nulo e o fim do capitalismo – onde não se divisa uma via de transição factível -, o fato é que o Congresso Nacional perdeu a representatividade e a legitimidade que ostentava até meados do século XX. E a única âncora que nos resta é a judicialização da política. A lei da Ficha limpa nada mais é do que o atestado de que os partidos estão partidos em lutas internas. Candidata-se quem puxa votos. Nem que seja Tiririca que deve ser bom humorista, mas não tem vocação parlamentar. Tristes trópicos. Só resta o povo inovar. Sem se deixar cair na ilusão do combate às drogas. De que droga afinal estão falando?
Alexandre Forte. Advogado. Mestre em Direito.
O horário eleitoral é engraçado. Quase todos os candidatos querem combater as drogas. Sim. Ninguém duvide. As drogas são os novos monstros que devemos combater. Já que não existe mais guerra fria, combatamos o tráfico de drogas. Porque elas estão nas ruas feito centopéias. Além disso, são dotadas de mil asas e tem um manto de invisibilidade.
Os políticos têm razão. É preciso combatê-las. Por isso pedem seu voto caro leitor, eleitor. Querem inclusive criar um Ministério da Segurança Nacional. Agora, sim. O Brasil vai imitar o México. Lá no México o combate ao tráfico de drogas é feito pelo Exército e pela Polícia Federal. E o resultado acaba de ser revelado: dez por cento da polícia federal mexicana está sendo expulsa da corporação por conta do envolvimento com atividades criminosas. E 28.000 pessoas morreram sob a ofensiva do Presidente Calderon.
Talvez este articulista seja pessimista. Nossa Polícia Federal é superpreparada. Assim como o Exército irá desempenhar sua missão com eficiência nas fronteiras. Não duvidamos do empenho desses valorosos brasileiros que compõem tão nobres instituições. Mas, duvidamos, sim, daqueles que apresentam panacéias e em época de eleição e são incapazes de debater temas polêmicos como mostrou o Jornal O Povo em recente matéria.
Ora, se os políticos fogem de debater e opinar sobre questões polêmicas, o que poderemos esperar deles no Congresso Nacional? Terão a necessária independência para defender os interesses do povo brasileiro contra o governante de plantão e contra forças não tão ocultas que ditam as rédeas da política nacional e internacional?
Sem pretensão de endossar a linha do movimento Crítica Radical que prega o voto nulo e o fim do capitalismo – onde não se divisa uma via de transição factível -, o fato é que o Congresso Nacional perdeu a representatividade e a legitimidade que ostentava até meados do século XX. E a única âncora que nos resta é a judicialização da política. A lei da Ficha limpa nada mais é do que o atestado de que os partidos estão partidos em lutas internas. Candidata-se quem puxa votos. Nem que seja Tiririca que deve ser bom humorista, mas não tem vocação parlamentar. Tristes trópicos. Só resta o povo inovar. Sem se deixar cair na ilusão do combate às drogas. De que droga afinal estão falando?
O Blog agradece ao advogado Alexandre Forte pela colaboração especial.
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