Acessibilidade: 75º Salão de Abril promove visita guiada com intérprete de Libras Mostra que reúne 38 obras de arte recebe alunos surdos da Escola Bilíngue de Fortaleza Assim como a pluralidade das obras marca da 75ª edição do Salão de Abril, o público que visita a mostra também é plural e, por isso, a acessibilidade se faz necessária. Para receber alunos surdos da Escola Bilíngue de Fortaleza, nesta sexta-feira (26) , o evento cultural preparou uma visitação completa com intérprete em Libras. Além disso, o Salão de Abril oferece elevadores para o público com deficiência ou com mobilidade reduzida. Desde a abertura da exposição, centenas de idosos visitaram a exposição. Foi a primeira vez, por exemplo, que dona Francisca Nunes, de 79 anos, conheceu obras de arte de perto. “Estou encantada em poder conhecer arte feita por gente daqui”, vibrou a aposentada. A edição 2024 do Salão de Abril reúne obras de 38 artistas nordestinos. Ancestralidade, crítica social e afetuosidade são estampa
POLÍTICOS E DROGAS
Alexandre Forte. Advogado. Mestre em Direito.
O horário eleitoral é engraçado. Quase todos os candidatos querem combater as drogas. Sim. Ninguém duvide. As drogas são os novos monstros que devemos combater. Já que não existe mais guerra fria, combatamos o tráfico de drogas. Porque elas estão nas ruas feito centopéias. Além disso, são dotadas de mil asas e tem um manto de invisibilidade.
Os políticos têm razão. É preciso combatê-las. Por isso pedem seu voto caro leitor, eleitor. Querem inclusive criar um Ministério da Segurança Nacional. Agora, sim. O Brasil vai imitar o México. Lá no México o combate ao tráfico de drogas é feito pelo Exército e pela Polícia Federal. E o resultado acaba de ser revelado: dez por cento da polícia federal mexicana está sendo expulsa da corporação por conta do envolvimento com atividades criminosas. E 28.000 pessoas morreram sob a ofensiva do Presidente Calderon.
Talvez este articulista seja pessimista. Nossa Polícia Federal é superpreparada. Assim como o Exército irá desempenhar sua missão com eficiência nas fronteiras. Não duvidamos do empenho desses valorosos brasileiros que compõem tão nobres instituições. Mas, duvidamos, sim, daqueles que apresentam panacéias e em época de eleição e são incapazes de debater temas polêmicos como mostrou o Jornal O Povo em recente matéria.
Ora, se os políticos fogem de debater e opinar sobre questões polêmicas, o que poderemos esperar deles no Congresso Nacional? Terão a necessária independência para defender os interesses do povo brasileiro contra o governante de plantão e contra forças não tão ocultas que ditam as rédeas da política nacional e internacional?
Sem pretensão de endossar a linha do movimento Crítica Radical que prega o voto nulo e o fim do capitalismo – onde não se divisa uma via de transição factível -, o fato é que o Congresso Nacional perdeu a representatividade e a legitimidade que ostentava até meados do século XX. E a única âncora que nos resta é a judicialização da política. A lei da Ficha limpa nada mais é do que o atestado de que os partidos estão partidos em lutas internas. Candidata-se quem puxa votos. Nem que seja Tiririca que deve ser bom humorista, mas não tem vocação parlamentar. Tristes trópicos. Só resta o povo inovar. Sem se deixar cair na ilusão do combate às drogas. De que droga afinal estão falando?
Alexandre Forte. Advogado. Mestre em Direito.
O horário eleitoral é engraçado. Quase todos os candidatos querem combater as drogas. Sim. Ninguém duvide. As drogas são os novos monstros que devemos combater. Já que não existe mais guerra fria, combatamos o tráfico de drogas. Porque elas estão nas ruas feito centopéias. Além disso, são dotadas de mil asas e tem um manto de invisibilidade.
Os políticos têm razão. É preciso combatê-las. Por isso pedem seu voto caro leitor, eleitor. Querem inclusive criar um Ministério da Segurança Nacional. Agora, sim. O Brasil vai imitar o México. Lá no México o combate ao tráfico de drogas é feito pelo Exército e pela Polícia Federal. E o resultado acaba de ser revelado: dez por cento da polícia federal mexicana está sendo expulsa da corporação por conta do envolvimento com atividades criminosas. E 28.000 pessoas morreram sob a ofensiva do Presidente Calderon.
Talvez este articulista seja pessimista. Nossa Polícia Federal é superpreparada. Assim como o Exército irá desempenhar sua missão com eficiência nas fronteiras. Não duvidamos do empenho desses valorosos brasileiros que compõem tão nobres instituições. Mas, duvidamos, sim, daqueles que apresentam panacéias e em época de eleição e são incapazes de debater temas polêmicos como mostrou o Jornal O Povo em recente matéria.
Ora, se os políticos fogem de debater e opinar sobre questões polêmicas, o que poderemos esperar deles no Congresso Nacional? Terão a necessária independência para defender os interesses do povo brasileiro contra o governante de plantão e contra forças não tão ocultas que ditam as rédeas da política nacional e internacional?
Sem pretensão de endossar a linha do movimento Crítica Radical que prega o voto nulo e o fim do capitalismo – onde não se divisa uma via de transição factível -, o fato é que o Congresso Nacional perdeu a representatividade e a legitimidade que ostentava até meados do século XX. E a única âncora que nos resta é a judicialização da política. A lei da Ficha limpa nada mais é do que o atestado de que os partidos estão partidos em lutas internas. Candidata-se quem puxa votos. Nem que seja Tiririca que deve ser bom humorista, mas não tem vocação parlamentar. Tristes trópicos. Só resta o povo inovar. Sem se deixar cair na ilusão do combate às drogas. De que droga afinal estão falando?
O Blog agradece ao advogado Alexandre Forte pela colaboração especial.
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