A Polícia Militar do Ceará (PMCE) realizou, na tarde desse sábado (14), a apreensão de uma arma de fogo de fabricação caseira e 14 munições calibre .40 no município de Russas. Um homem foi preso por porte ilegal de arma. A ação envolvendo equipes da Força Tática e do Policiamento Ostensivo Geral (POG) do 1º BPM e equipes de apoio do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRAIO), teve início por volta de 13h20, quando informações repassadas pela Subagência de Inteligência (SAI) do 1º BPM apontavam que um indivíduo estaria circulando armado na localidade de Pitombeira 1. Durante a abordagem, o suspeito não estava com a arma, mas revelou que outro homem apontado por ele, de 22 anos, estaria com o armamento. Com a nova informação, as equipes se dirigiram à Rua Hermínio de Oliveira Brito, no bairro Alto São João. No local, o suspeito de 22 anos, foi abordado do lado de fora da casa. Após negar possuir qualquer armamento, os policiais solicitaram e obtiver...
POLÍTICOS E DROGAS
Alexandre Forte. Advogado. Mestre em Direito.
O horário eleitoral é engraçado. Quase todos os candidatos querem combater as drogas. Sim. Ninguém duvide. As drogas são os novos monstros que devemos combater. Já que não existe mais guerra fria, combatamos o tráfico de drogas. Porque elas estão nas ruas feito centopéias. Além disso, são dotadas de mil asas e tem um manto de invisibilidade.
Os políticos têm razão. É preciso combatê-las. Por isso pedem seu voto caro leitor, eleitor. Querem inclusive criar um Ministério da Segurança Nacional. Agora, sim. O Brasil vai imitar o México. Lá no México o combate ao tráfico de drogas é feito pelo Exército e pela Polícia Federal. E o resultado acaba de ser revelado: dez por cento da polícia federal mexicana está sendo expulsa da corporação por conta do envolvimento com atividades criminosas. E 28.000 pessoas morreram sob a ofensiva do Presidente Calderon.
Talvez este articulista seja pessimista. Nossa Polícia Federal é superpreparada. Assim como o Exército irá desempenhar sua missão com eficiência nas fronteiras. Não duvidamos do empenho desses valorosos brasileiros que compõem tão nobres instituições. Mas, duvidamos, sim, daqueles que apresentam panacéias e em época de eleição e são incapazes de debater temas polêmicos como mostrou o Jornal O Povo em recente matéria.
Ora, se os políticos fogem de debater e opinar sobre questões polêmicas, o que poderemos esperar deles no Congresso Nacional? Terão a necessária independência para defender os interesses do povo brasileiro contra o governante de plantão e contra forças não tão ocultas que ditam as rédeas da política nacional e internacional?
Sem pretensão de endossar a linha do movimento Crítica Radical que prega o voto nulo e o fim do capitalismo – onde não se divisa uma via de transição factível -, o fato é que o Congresso Nacional perdeu a representatividade e a legitimidade que ostentava até meados do século XX. E a única âncora que nos resta é a judicialização da política. A lei da Ficha limpa nada mais é do que o atestado de que os partidos estão partidos em lutas internas. Candidata-se quem puxa votos. Nem que seja Tiririca que deve ser bom humorista, mas não tem vocação parlamentar. Tristes trópicos. Só resta o povo inovar. Sem se deixar cair na ilusão do combate às drogas. De que droga afinal estão falando?
Alexandre Forte. Advogado. Mestre em Direito.
O horário eleitoral é engraçado. Quase todos os candidatos querem combater as drogas. Sim. Ninguém duvide. As drogas são os novos monstros que devemos combater. Já que não existe mais guerra fria, combatamos o tráfico de drogas. Porque elas estão nas ruas feito centopéias. Além disso, são dotadas de mil asas e tem um manto de invisibilidade.
Os políticos têm razão. É preciso combatê-las. Por isso pedem seu voto caro leitor, eleitor. Querem inclusive criar um Ministério da Segurança Nacional. Agora, sim. O Brasil vai imitar o México. Lá no México o combate ao tráfico de drogas é feito pelo Exército e pela Polícia Federal. E o resultado acaba de ser revelado: dez por cento da polícia federal mexicana está sendo expulsa da corporação por conta do envolvimento com atividades criminosas. E 28.000 pessoas morreram sob a ofensiva do Presidente Calderon.
Talvez este articulista seja pessimista. Nossa Polícia Federal é superpreparada. Assim como o Exército irá desempenhar sua missão com eficiência nas fronteiras. Não duvidamos do empenho desses valorosos brasileiros que compõem tão nobres instituições. Mas, duvidamos, sim, daqueles que apresentam panacéias e em época de eleição e são incapazes de debater temas polêmicos como mostrou o Jornal O Povo em recente matéria.
Ora, se os políticos fogem de debater e opinar sobre questões polêmicas, o que poderemos esperar deles no Congresso Nacional? Terão a necessária independência para defender os interesses do povo brasileiro contra o governante de plantão e contra forças não tão ocultas que ditam as rédeas da política nacional e internacional?
Sem pretensão de endossar a linha do movimento Crítica Radical que prega o voto nulo e o fim do capitalismo – onde não se divisa uma via de transição factível -, o fato é que o Congresso Nacional perdeu a representatividade e a legitimidade que ostentava até meados do século XX. E a única âncora que nos resta é a judicialização da política. A lei da Ficha limpa nada mais é do que o atestado de que os partidos estão partidos em lutas internas. Candidata-se quem puxa votos. Nem que seja Tiririca que deve ser bom humorista, mas não tem vocação parlamentar. Tristes trópicos. Só resta o povo inovar. Sem se deixar cair na ilusão do combate às drogas. De que droga afinal estão falando?
O Blog agradece ao advogado Alexandre Forte pela colaboração especial.
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