A 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes) terminou neste sábado (16), no Centro de Treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), em Luziânia (GO), com a aprovação de 80 propostas de políticas públicas que serão entregues ao governo federal . O setor envolve iniciativas que adotam um modelo de autogestão baseado no cooperativismo, na solidariedade e no comércio justo . O encontro foi aberto na quarta-feira (13) e marcou a retomada da iniciativa de participação social interrompida desde 2014, quando foi elaborado o 1º Plano Nacional de Economia Popular e Solidária. Segundo o secretário nacional de Participação Social, Renato Simões, além de promover uma atualização do Plano Nacional de Economia Popular e Solidária, a retomada do Conaes faz parte da Estratégia Nacional de Participação Social , que, desde 2023, já restabeleceu 100 conselhos nacionais e retomou 28 conferências realizadas no...
Liberou geral, governador?
Por Ricardo Alcântara
"Nas últimas décadas, poucas iniciativas receberam tão generalizada aprovação popular quanto a Lei da Ficha Limpa que impede cidadãos condenados pela justiça de disputar cargos em eleições.
Em um país que tenta consolidar a democracia em meio a um clima de impunidade, que vê a legitimidade de sua representação política se diluir em indiscriminado descrédito, a Lei da Ficha Limpa é uma unanimidade.
Quer dizer, quase. O governador, por exemplo, é contra. Para ele (palavras suas), “quem deve afastar os maus políticos é o povo e não o tapetão” (o termo, pejorativo, é mais usual quando se quer denotar má fé à Justiça).
É tão descabida a declaração, e imprópria ao cargo que ocupa, que, tomada ao pé da letra, sugere que até um sujeito como o Fernandinho Beira Mar teria o direito de se candidatar ao cargo que ele no momento ocupa.
Pelas palavras de Cid Gomes, se poderia deduzir que ele não se sentiria incomodado de ter, na sua vida pública, a companhia de gente que rouba, falsifica ou manda matar…desde que fosse esta uma decisão popular.
A Lei da Ficha Limpa não foi instituída por um capricho. Não é obra de nenhum moralista de plantão. É uma lei de iniciativa popular, que foi à votação no congresso nacional com a assinatura de milhões de brasileiros.
À sociedade em geral parece óbvio que não pode receber representação coletiva para cuidar do bem público alguém que não demonstrou em sua vida pessoal capacidade de respeitar o preceito básico da lisura.
É mera demagogia, apelar para o caráter soberano do voto como razão suficiente, desprezando os mecanismos jurídicos de controle que a Lei da Ficha Limpa oferece para melhor qualificar a decisão popular.
A lei é um dos mais eficazes esforços da sociedade brasileira para restituir um pouco mais de credibilidade a uma classe política que tão mal nos representa e, pelo que disse o governador, não gosta de ser fiscalizada."
Fonte: Blog do publicitário Ricardo Alcântara
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