Espetáculo com Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho é a nova atração do CENA Gostava mais dos pais” traz homenagens a Chico Anysio e Lucio Mauro e propõe reflexões sobre a era digital, preservação da identidade e herança paterna O Circuito CENA segue promovendo grandes espetáculos no Ceará e agora é a vez de “Gostava mais dos pais” desembarcar na capital com Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho para apresentações nos dias 26 e 27 de abril, no Cineteatro São Luiz. A peça conta com o apoio institucional da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult-CE) e apoio cultural da Enel. Embora o humor corra nas veias de Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho, carregar o DNA de dois ícones do gênero no país e ainda seguir a mesma profissão não é algo trivial. No espetáculo “Gostava mais dos pais” os atores celebram a amizade de berço e as dores e delícias de sucederem a Chico Anysio (1931 – 2012) e Lucio Mauro (1927 – 2019), uma das duplas mais emblemáticas da comédia brasileira. Os atores interpretam cerca de de
Festival Rabecas da Tradição acontece nesta quarta, 16/11, ao meio-dia, no Cineteatro São Luiz, com Zé Barroso e Zequinha Nóbrega
O Festival Rabecas da Tradição, com curadoria do jornalista, pesquisador e professor Gilmar de Carvalho e do fotógrafo Francisco Sousa, convida o público a um encontro com a cultura popular e com oito grandes rabequeiros cearenses, de seis municípios, nas quartas-feiras de novembro, sempre ao meio-dia, no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult). Com entrada franca, o público poderá aplaudir dois mestres da rabeca em cada uma das quartas-feiras de novembro, sempre de meio-dia às 13h. Nesta quarta, 16, as atrações são os rabequeiros Zé Barroso e Zequinha Nóbrega, ambos da cidade de Independência.
Zé Barroso vem da Cachoeira do Fogo, lugar mágico, onde a rabeca ganhou inclusive uma orquestra. Zequinha Nóbrega, do clã da Várzea do Toco, toca profissionalmente, ainda hoje, organizando festas nos finais de semana e animando o público nos forrós da Terceira Idade.
A proposta do Rabecas da Tradição é trazer para o Centro de Fortaleza este toque que animou festas nos terreiros das fazendas, que acompanhou reisados e danças de São Gonçalo e que serviu de trilha para dramas e teatro de bonecos em vários municípios cearenses, durante muitos anos. Tudo ao acesso do público, em um dos mais movimentados pontos da capital, com uma opção de programação cultural de qualidade para quem passa pela Praça do Ferreira e pelas ruas do Centro, no intervalo para almoço, em um encontro com nossa arte e nossa identidade, em uma dos mais belos e significativos equipamentos culturais do País.
"A rabeca não é um violino tosco ou mal acabado. É um parente próximo do violino, com o mesmo formato, as mesmas quatro cordas e a mesma afinação, ressalta Gilmar de Carvalho, sobre o mítico e sedutor instrumento. "A diferença entre rabeca e violino é a liberdade que têm nossos luthiers, os fabricantes de instrumentos de corda, sertanejos para recorrer ao que têm à mão para fazer som", acrescenta o professor, frisando que as rabecas são feitas de vários tipos de madeiras, e de várias formas (cocho, com as laterais encurvadas na água). E ainda com latas de pólvora secas, com a reutilização de panelas e até com canos de pvc, como as de Chico Barbeiro, de Baixio, fronteira com a Paraíba.
Programação: rabequeiros no São Luiz
No dia 9 de novembro, estreia do festival, os rabequeiros Raimundo da Chicosa, de Mombaça, e Luiz Bigode, de Pedra Branca se apresentaram recebendo muitos aplausos do público que lotou o "hall" do São Luiz. Raimundo foi profissional do instrumento, quando jovem. Bigode ainda hoje faz da rabeca sua forma de expressão musical.
Dia 16 de novembro será a vez dos citados Zé Barroso e Zequinha Nóbrega, ambos de Independência. Dois rabequeiros de Quiterianópolis serão as atrações do dia 23 de novembro. Luiz Adão, dublê de agricultor e músico, tem experiência de reisado e toca nas festas da sua cidade. Antonio Lourenço, nascido em Pedra Branca, migrou para Quiterianópolis. São amigos, vizinhos e estabeleceram uma cumplicidade que se completa no toque.
Dia 30 de novembro será a vez de Chico Barbeiro, de Baixio, criativo, improvisador, um verdadeiro "showman", que faz seu próprio instrumento a partir de canos de pvc e pedaços de madeira. Chico terá a companhia de Dona Ana Sá de Oliveira, de Umari, a única mulher dentre os 184 rabequeiros levantados em todo o Ceará. Ela toca um violino parisiense, que foi de seu pai, pequeno proprietário rural de Umari.
Da pesquisa ao festival
O Festival Rabecas da Tradição parte da pesquisa sobre rabecas, performance e luteria, que vem sendo desenvolvida, desde 2004, pelo jornalista e professor Gilmar de Carvalho, e pelo fotógrafo Francisco Sousa. A pesquisa ganhou o Prêmio Nacional Rodrigo Melo Franco, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2014.
"Será uma oportunidade de fruir estes toques de rabeca, em uma das nossas principais e mais belas salas de espetáculo, o Cineteatro São Luiz", complementa Gilmar de Carvalho, reforçando o convite ao público para o Festival Rabecas da Tradição.
SERVIÇO:
Festival Rabecas da Tradição. Apresentações de rabequeiros cearenses nas quartas-feiras de novembro, sempre ao meio-dia, no foyer do Cineteatro São Luiz, equipamento da Secult. Entrada franca.