O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai conduzir temporariamente o andamento do processo no qual a Corte determinou medidas para redução da letalidade durante operações em comunidades do Rio de Janeiro . O processo é conhecido como ADPF das Favelas - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635. A ação foi protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Moraes foi escolhido nesta terça-feira (28) para tomar decisões urgentes envolvendo o processo , diante da ausência de um relator para o caso. A ação era comandada pelo ex-ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou na semana passada. Pelo regimento interno do STF, o relator deve ser substituído no caso de vacância acima de 30 dias. Como não há prazo para a indicação de um substituto de Barroso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Moraes vai cuidar do processo temporariamente. Mais cedo, a ADPF das Favelas voltou à tona após o ...
Inédita, audiência pública foi uma inciativa do deputado federal Célio Studart
Em uma iniciativa pioneira, protetores de animais do Ceará estiveram nesta terça-feira (24) na Câmara dos Deputados para debater o projeto de lei (1095/2019) que estabelece reclusão para quem maltrata animais. Realizada a pedido do deputado Célio Studart (PV-CE), a audiência pública contou com a presença de representantes de abrigos, como Abrace, Lar Tintin e Abrigo da Estela, além da titular da Coordenadoria Especial de Proteção Animal de Fortaleza (Coepa), Toinha Rocha.
Durante o debate, que durou quase três horas, foi ressaltada pelos convidados a importância de uma legislação mais rigorosa, capaz de efetivamente punir os agressores dos animais. Em sua intervenção, Célio chamou a atenção para o grande desafio de se aprovar a mudança na legislação. O projeto em análise na comissão especial altera a Lei dos Crimes Ambientais (9.605/98) para aumentar a punição aplicada a quem pratica maus-tratos.
Hoje, quem pratica esses crimes está sujeito a detenção (regime semi-aberto ou aberto) de 3 meses a 1 ano e multa. O projeto amplia para reclusão (regime inicialmente fechado) de 1 ano a 4 anos e multa. A proposta abrange animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.
“Com certeza enfrentaremos uma dificuldade muito grande, haja vista nossa derrota na questão da vaquejada. Mesmo sabendo que meu estado tem festas enormes de vaquejada, eu me posicionei absolutamente contra. Nós temos que ter lado. Ou estamos do lado dos animais ou estamos do lado da economia. Ou estamos do lado dos animais ou estamos do lado de uma pretensa e mentirosa cultura”, apontou o deputado, que presidiu os trabalhos.
Fundadora da ONG Abrace, Cristiane Frota enfatizou as dificuldades do trabalho, que comparou a “enxugar gelo”. “A quantidade de animais nas ruas dão margem aos maus-tratos. E os animais estão nas ruas foram abandonados por pessoas irresponsáveis”, expôs.
Já Toinha Rocha ressaltou que a causa animal não é de direita nem de esquerda, mas sim propositiva. Para ela, a eleição de Célio causa uma reflexão no Poder Executivo, para que trate a causa animal com a mesma seriedade com que deve ser tratada a saúde e educação.
Patrick de Lima, coordenador operacional do Lar Tintin, disse que 80% das pessoas condenadas por homicídio começaram cometendo maus-tratos contra animais. “Então, esta é uma questão que se volta para os seres humanos. Devemos tratá-la também sob o ponto de vista da crueldade, que pode se estender aos humanos”, analisou.
Também participaram da audiência a professora Edna Cardoso, referência no Brasil em Direito Ambiental; o presidente da Comissão Nacional de Proteção e Defesa de Animais da OAB, Reynaldo Velloso; os deputados federais Celso Sabino, Fred Costa e Capitão Wagner; o deputado estadual Delegado Bruno Lima (SP), o consultor de comportamento animal Vladinir Maciel, que perdeu o cachorro Jacó, vítima de atropelamento; e o presidente da Sociedade Protetora Ambiental do Ceará, Márcio Filho de Sousa.
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