A Justiça do Rio converteu em prisão preventiva a prisão dos quatro homens detidos em flagrante por terem comprado e revendido 800 toneladas de carnes impróprias para o consumo humano. As carnes foram adquiridas de um frigorífico do Rio Grande do Sul atingido pelas enchentes de maio do ano passado. Eles passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira (24). Além dos donos da empresa, sediada em Três Rios, no centro-sul fluminense, o gerente do comércio e o diretor de logística também estão com prisão preventiva decretada. A Polícia Civil afirmou que foram rastreadas, até o momento, apenas 17 toneladas da carne estragada vendida para um frigorífico na cidade de Contagem, em Minas Gerais. De acordo com a investigação, que contou com apoio da Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, em maio e junho os sócios da empresa se aproveitaram da tragédia para adquirir 800 toneladas de carne bovina que tinham ficado submersas “muitos dias” em Porto Alegre. Eles alegavam qu...
*Patrícia Aguiar apresenta projeto que define a manta de carneiro dos Inhamuns patrimônio cearense e cria selo de qualidade*
A deputada estadual Patrícia Aguiar (PSD) apresentou projeto de lei que institui o conceito e a normatização, com selo de qualidade, para certificação da manta de carneiro artesanal dos Inhamuns como patrimônio cultural e imaterial do Ceará. A finalidade da proposta é reconhecer e preservar a tradição daquela região do Interior do Estado, que compreende os municípios de Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis e Tauá.
Conforme a matéria, a denominação “Manta de Carneiro Artesanal dos Inhamuns” limita-se, exclusivamente, àquela produzida de forma artesanal, dentro dos padrões especificados na área geográfica da Região. Além disso, entre as características para a definição como patrimônio cultural e imaterial da manta estão a retalhação inteira da carcaça e temperada com sal e pimenta desidratada seguindo a tradição história dos Inhamuns, ser produzida de forma artesanal a partir dos carneiros da Região, produtores devem ser cadastrados em associação, os animais devem passar por controle de parasitas e outras manifestações patológicas que comprometam a saúde do rebanho ou a qualidade do produto.
O registro dos processos de produção da “Manta de Carneiro Artesanal dos Inhamuns” será feito mediante Grupo Técnico criado para este fim, sem remuneração, com representantes dos poderes Executivo e Legislativo, Embrapa e dois representantes de entidades organizadas de produtores de ovinos e caprinos escolhidos pelos prefeitos de cada município dos Inhamuns. Esse grupo vai atestar a qualidade da manta de carneiro.
Em sua justificativa, Patrícia Aguiar destaca a qualidade da manta de carneiro produzida nos Inhamuns. “O Ministério da Integração Nacional incluiu a região dos Inhamuns no Programa Rota do Cordeiro, que tem como objetivo apoiar a atividade de produção de cordeiros e cabritos e todas as atividades que estão ligadas a esta cadeia produtiva. A carne de sol, produzida nesta região, derivada em sua maioria de ovinos e caprinos, tem a fama de possuir aspecto e sabor diferenciado em função das plantas existentes na caatinga, tipo de solo, clima e da forma de criação dos animais”, explica a deputada.
A região dos Inhamuns foi reconhecida oficialmente como Área de Criação Qualificada de Caprinos e Ovinos, por intermédio da Lei Estadual Nº 15.803/2015, que dá à região esse status, contribuindo para o processo de Certificação dos produtos advindos dessa produção animal. Para o selo de certificação ser colocado em um produto, é preciso passar por um sistema de qualidade e, após submetê-lo a algumas avaliações de normas e requisitos, constatar se o produto atende satisfatoriamente às normas de qualidade. Dessa maneira, ele receberá o selo com uma emissão de certificado, assim comprovando que a empresa/processadora está devidamente nas normas e nos padrões estabelecidos nos protocolos.
“Podemos dizer que a certificação é uma prática que surgiu da necessidade de se fiscalizar a origem e o processamento de um alimento, permitindo ao agricultor um produto mais diferenciado e mais valorizado, estabelecendo uma relação de confiança com o consumidor, além de reduzir os riscos ambientais e sociais das propriedades certificadas, melhorando o acesso ao crédito para custeio e investimento. Como exemplo de denominação de origem, podemos citar os vinhos da região Bordeaux, o presunto de Parma e o queijo da Canastra”, cita a deputada.
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