Curta “Marie” do diretor pernambucano Leo Tabosa foi o grande vencedor do festival e levou para casa três troféus Lua Estrela
O 13º Curta Canoa – Festival Latino-americano de Cinema de Canoa Quebrada se despediu do público na noite desta quinta-feira, dia 28, divulgando o resultado dos vencedores da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens, pelo canal do evento no Youtube. O curta “Marie” do diretor pernambucano Leo Tabosa foi o grande vencedor da noite, conquistando três troféus Lua Estrela, símbolo do festival, como Melhor Fotografia (Petrus Cariry), Melhor Direção de Arte (Isabela Stampanoni) e Melhor Ator (Romulo Braga, na interpretação de Estevão). Já o curta mineiro “Contrastes – Impressões de Israel” do diretor Jackson Abacatu venceu o título de Melhor filme e Melhor Som (Frederico Mucci).
O documentário “Tambor ou Bola” do diretor alagoano Sérgio Onofre, inspirado na trajetória do percussionista quilombola Wilson Santos, fundador da Orquestra de Tambores, ganhou também em duas categorias: Melhor Trilha Original (Wilson Santos e Orquestra de Tambores) e Montagem (Glauber Xavier).
O prêmio de Melhor Atriz foi para Jennifer Vieira, que interpretou a personagem Verônica do filme “Terceiro Dia”, da diretora Jéssica Queiroz. Já o troféu de Melhor Direção foi para o alagoano Nilton Resende pelo filme “A Barca” e o Melhor Roteiro ficou com o diretor goiano Iuri Moreno com o filme de animação “Malabarista”.
O festival concedeu ainda Menção Honrosa pela Contribuição Cultural ao documentário “Sacada – A Lenda” do diretor Toninho Duarte, do Amapá. O filme foi baseado em fatos reais. Ele retrata a história da vida de Raimundo dos Santos Souza (Sacaca) homem que se tornou respeitado através do domínio na manipulação de plantas e ervas da Amazônia.
E 13º Curta Canoa concedeu também Menção Honrosa pela Contribuição Histórica ao filme “Fatinha” do cearense Alexandre Fleming Câmara Vale. O documentário conta a história de Maria da Silva, conhecida como Fatinha, natural de Canoa Quebrada. Ela foi adotada aos 14 anos por membros de uma equipe de produção francesa que filmava, em Majorlândia e Canoa Quebrada, o longa-metragem de ficção Operação Tumulto ("Le Grabuge"), sob a direção de Edouart Luntz. Nos idos de 1967, Canoa ainda era uma praia longínqua e desconhecida. A história de Fatinha transformou-se na narrativa fundadora do processo de internacionalização de Canoa.
Os vencedores foram agraciados com o Troféu Lua Estrela, confeccionado a partir de reaproveitamento florestal (Compensado de Massaranduba) e tecido de algodão, numa criação de Juan Carlos Bartolucci, Pedro Nogueira, Iara Bartolucci e Neurivania da Silva Nogueira, todos artesãos de Canoa Quebrada.
O júri oficial deste ano do festival foi composto por Estevan Silveira, diretor e produtor curitibano com especialização em documentários; Marcelo Ikeda, professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (UFC); e Marilha Naccari, diretora do Congresso Brasileiro de Cinema.
PRÊMIOS DA CRÍTICA
Nesta edição, o Festival Curta Canoa teve pela primeira vez a escolha também de Melhor Filme pelo Júri da Crítica, formado por Daniel Araújo, Diego Benevides e Thiago César, da Aceccine - Associação Cearense de Críticos de Cinema. Rompendo a tradição de reconhecer apenas um filme dentre tantos, a Aceccine decidiu outorgar dois Prêmios da Crítica.
A decisão foi tomada ao repensar a relação que se tem com as imagens em um período em que o estímulo imagético ultrapassa a própria compreensão do modo como nos relacionamos no mundo. É mais que um desafio individual do artista contemporâneo, é um ato político de reafirmação da subjetividade humana.
Os Prêmios da Crítica foram para dois curtas cearenses do gênero experimental: “Introdução Aos Estudos Oníricos” de Amanda Pontes e “Pequenas Considerações Sobre O Espaço-Tempo” de Michelline Helena.
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