Os senadores Eduardo Girão, Jorginho Melo e Marcos Rogério, entraram, na noite desta terça-feira (27), com um mandado de segurança no STF para retirar o senador Renan Calheiros (MDB-AL), da relatoria da CPI da Pandemia, que foi instalada ontem no Senado Federal.
Os parlamentares alegam na ação, que Renan Calheiros é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL), um dos eventuais investigados da CPI. Além disso, o mandado de segurança também aponta o mesmo conflito de interesses para o suplente de Calheiros, Jader Barbalho (MDB), que também tem um filho governador, no caso, Helder Barbalho (MDB-PA).
O senador Eduardo Girão vê a indicação dos membros como uma blindagem e uma forma de proteger governadores que possam estar envolvidos em supostos escândalos de desvios de recursos destinados para o enfrentamento da pandemia.
“Fizeram uma jogada e um acordão que foi deliberado com relação a relatoria com Renan Calheiros, o conflito vai continuar, não tem como se fazer meio relatório, na hora que surgir questões de governadores, do Alagoas que é o filho dele, tudo isso a tendência é de blindagem e que vire pizza para alguns”, disse.
Como tem feito desde o início do seu mandato, o senador Eduardo Girão reforça sua posição de independência em relação ao governo federal e mais uma vez, destaca a necessidade de investigação sobre a União, Estados e Municípios.
“Acredito que temos que investigar o Governo Federal, mas estados e municípios não podem ser blindados, por isso entrei com mandado de segurança no STF junto com outros senadores, para resguardar pro bem dessa CPI, para ela ter credibilidade”, destacou Girão.
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