O debate atende solicitação dos deputados Renato Roseno (Psol), Elmano Freitas (PT), Moisés Braz (PT), Augusta Brito (PCdoB), Fernando Santana (PT) e Acrísio Sena (PT) e acontece no auditório Deputado João Frederico Ferreira Gomes, anexo II da Alece. Poderá ser acompanhado ainda pela TV Assembleia (canal 31.1) e Youtube.
Dentre as diversas campanhas e ações, visando coibir os despejos durante o período de pandemia de Covid-19, a Despejo Zero foi uma das organizações mobilizadoras da liminar concedida em junho de 2021, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, que suspende os despejos e remoções durante a pandemia por seis meses.
Com a proximidade do encerramento do prazo, no entanto, os movimentos sociais que lutam pelo direito à moradia voltam a levantar preocupação quanto à violação deste direito fundamental.
No requerimento, os parlamentares alertam para o número de despejos que, segundo eles, tem crescido desde março de 2020, quando a Organização Mundial de Saúde anunciou o início da pandemia. Conforme dados da Campanha Nacional Despejo Zero, mais de 23 mil famílias foram despejadas em plena pandemia. O número de pessoas em situação de rua também cresceu 54%, apenas em Fortaleza, conforme levantamento da Prefeitura Municipal.
Outro dado diz respeito à vulnerabilidade das famílias em acampamentos provisórios, que aguardam providências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e que vivem sob ameaça de despejo. Ainda segundo os números mais recentes da Campanha Despejo Zero, o Brasil somava em outubro do ano passado um total de 123,2 mil famílias ameaçadas de despejo, crescimento de 554% em relação ao início da coleta de dados, em agosto de 2020.
Para os parlamentares, “a crise sanitária agravou o contexto da fome, do desemprego e da desestruturação das famílias mais pobres, então é preciso garantir direitos até que haja uma melhora real dessa situação tão delicada”.
Foram convidadas representações da Comissão de Direitos Humanos da OAB/CE; da Secretaria de Cidades; da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Ceará; da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza; Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza; do Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar, além de associações atuante s na luta pelo direito à moradia.
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