O ministro de finanças da Rússia, Anton Siluanov, disse neste sábado (5) que, mesmo sem consenso de todos os membros do Brics, o país vai manter os planos de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar nas transações internacionais. Siluanov afirmou que os mecanismos podem funcionar mesmo que envolvam formatos bilaterais ou trilaterais. “Está em discussão é a criação de uma nova plataforma de investimentos. Até o momento, os membros do BRICS não chegaram a um acordo completo sobre isso. Mas é uma discussão em andamento. Vamos seguir esse caminho com os países interessados. Não é necessário que alcancemos um consenso na tomada de certas decisões financeiras”, disse o ministro. “Existe a possibilidade de que as compras de títulos entre dois ou três países possa ser resolvida sem um consenso. Esses mecanismos seriam lançados e novos membros se juntariam a eles. Então, o trabalho está em andamento. Em algumas questões, mais rápido, em outras, um pouco mais lento”, complementou...
Pesquisadores do LABOMAR vencem edital do CNPq e desenvolverão ação inédita de divulgação científica
Pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará estão entre os vencedores da Chamada Pública nº 61/2022 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), cujo resultado foi divulgado recentemente. Agora, uma equipe da unidade vai liderar um projeto de divulgação científica para o grande público.
A proposta intitulada “Universidade Azul na costa semiárida: divulgação científica e educação oceânica na Década dos Oceanos” foi uma das 10 vencedoras, entre mais de 70 projetos participantes da chamada. O grupo de pesquisadores receberá o aporte de R$ 387,9 mil para realizar atividades ao longo dos próximos 36 meses.
A UFC será a líder da rede Universidade Azul. Coordenados pela equipe do LABOMAR, integrarão o projeto 22 pesquisadores de diversas unidades da Universidade (como o Departamento de Biologia e o Instituto de Cultura e Arte). Também fazem parte da iniciativa a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e universidades internacionais como a Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha) e a Universidade de Salento (Itália).
O projeto contará ainda com a participação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para atividades de divulgação e popularização no Parque Nacional de Jericoacoara, o segundo parque mais visitado do Brasil, atrás apenas do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.
INTEGRAÇÃO MULTIDISCIPLINAR – “Como coordenador estou bem animado com a ação. Precisamos fazer ciência de qualidade, mas também comunicá-la para a sociedade e melhorar a formação de gestores públicos. No projeto teremos vários bolsistas de cursos como Ciências Ambientais, Publicidade e Propaganda, Cinema e Audiovisual e Oceanografia. Será legal essa interação entre diversas áreas do saber com foco na divulgação da importância social dos oceanos”, afirma o Prof. Marcelo Soares, docente do LABOMAR e coordenador da proposta.
Para Hortência Barroso, pesquisadora do LABOMAR e integrante do projeto Universidade Azul, “dentre os pontos mais fortes desta proposta está a equipe multidisciplinar e o uso de diferentes estratégias de divulgação científica, o que possibilitará atingir diversos públicos que podem ter interesses e conhecimentos distintos sobre o oceano”.
Conforme ressaltam os pesquisadores, a ação humana vem modificando os oceanos rapidamente, com graves consequências sociais, econômicas e ambientais, que colocam em risco a vida da humanidade e de todas as espécies do planeta.
Neste contexto, a proposta vencedora tem o objetivo de conectar uma rede transdisciplinar e multi-institucional na costa semiárida nordestina do Brasil à sociedade, usando comunicação social, divulgação científica e educação ambiental para promover o aprendizado sobre a importância sanitária dos oceanos. Dessa forma, o intuito é contribuir com “o oceano que queremos”, ideia central da Década dos Oceanos (2021-2030), proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU).
AÇÕES – Através de atividades de educação oceânica voltadas para público geral, professores, alunos de licenciatura, órgãos de gestão ambiental, entre outros, o projeto visa gerar mudanças de comportamentos e tomadas de decisões embasadas no conhecimento científico que resultem na conservação dos oceanos. Para isso, as ações ocorrerão em espaços de educação formal e não formal, como, por exemplo, o Museu do Mar (localizado em Parnaíba, no Piauí), o Parque Nacional de Jericoacoara e a Área de Proteção Ambiental do Rio Pacoti, situada entre os municípios de Aquiraz, Eusébio e Fortaleza.
A Universidade Azul também ofertará cursos para professores dos estados brasileiros e alunos de licenciatura, bem como oficinas para gestores públicos. Além de exposições fixas e itinerantes, haverá ainda uma ampla produção de conteúdos digitais para uso em salas de aula e plataformas de redes sociais digitais.
SAIBA MAIS – A Universidade Azul é resultado do fortalecimento da rede de colaboradores de três estados da costa semiárida (Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte) e do exterior, a partir do programa Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD) Costa Semiárida do Brasil – financiado pelo CNPq e pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).
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