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João Fonseca e Luísa Stefani se classificam para finais neste domingo Carioca decide título na Suíça, enquanto paulista busca taça no Japão

  A manhã e o começo da tarde deste sábado (25) foram históricos para o tênis brasileiro, com dois atletas chegando em finais importantes do circuito mundial. O carioca João Fonseca se garantiu na disputa do título do ATP 500 da Basileia, na Suíça, enquanto a paulista Luísa Stefani se classificou para a decisão do WTA 500 de Tóquio, no Japão. Os torneios de nível 500, que dão 500 pontos aos campeões, são os de terceiro maior nível do circuito, tanto masculino como feminino, atrás apenas das competições nível 1000 e dos Grand Slams (que distribuem dois mil pontos ao vencedor) . É a primeira vez que João vai a final de um ATP 500. Luísa, por sua vez, terá pela frente a terceira decisão de um WTA 500 somente este ano, após títulos em Linz, na Áustria, e Estrasburgo, na França, sempre com a húngara Timea Babos, com quem também venceu o SP Open (WTA 250 de São Paulo). Número 46 do ranking de simples da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), João encarou o espanhol Jaume Munar (42º...

Catedral da Sé lotada rememora os 50 anos do assassinato de Herzog Ato inter-religioso é dedicado à memória das vítimas da ditadura

 Para marcar este 25 de outubro, data em que o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado pela ditadura militar há 50 anos, a Comissão Arns e o Instituto Vladimir Herzog realizaram um ato ecumênico que lotou a Catedral da Sé, no centro da capital paulista. O local também foi palco, dias depois da morte do jornalista, da histórica cerimônia inter-religiosa de 1975, que desafiou o regime militar e reuniu cerca de 8 mil pessoas.

Presente no ato, Ivo Herzog, filho de Vladimir, afirmou que todos os familiares de vítimas da ditadura militar no país esperam que um processo legal seja levado a cabo. “[O que falta] é a investigação das circunstâncias dos crimes que foram cometidos, é um indiciamento dos autores dos crimes, estando vivos ou estando mortos, é o julgamento e a decisão do nosso poder judiciário se eles cometeram ou não cometeram crimes”, disse à imprensa.

Ivo ressaltou que a revisão do parecer do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à Lei da Anistia de 1979 é uma luta da sociedade. Ele lembrou que a ADPF 320, que trata sobre a anistia, está nas mãos do relator, ministro Dias Toffoli, há mais de oito anos.

“O Brasil tem uma tradição, desde que se tornou uma república, onde aconteceram vários golpes e ou tentativas de golpes. Todos esses eventos têm duas coisas em comum: a presença dos militares e a impunidade.”

A ADPF 320 versa sobre a interpretação que o sistema judiciário e o Poder Público dão à Lei de Anistia. Protocolada em 2014 e ainda pendente de julgamento, a ação foi ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

“Eu entendo que esse atraso, essa abstenção do ministro Toffoli, infelizmente, é uma cumplicidade com essa cultura de impunidade. E a noite de hoje, essa nossa manifestação, essa nossa indignação pelos agentes de Estado que cometeram atrocidades contra todos os entes queridos, os familiares a quem a gente dedica essa noite, sensibilize os ministros do STF, sensibilize o ministro de Dias Toffoli”, acrescentou Ivo.

O Instituto Vladimir Herzog - que entrou como amicus curiae da ADPF em dezembro de 2021 - compreende que a atual interpretação da Lei de Anistia assegura a impunidade dos crimes de lesa-humanidade cometidos por agentes da ditadura militar e está em desacordo com os tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil é signatário.
 

São Paulo (SP), 25/10/2025 - Ato Interreligioso na Igreja da Sé,  lembrando a morte do jornalista Vladimir Herzog, morto pelo regime militar no dia 25 de outubro de  1975. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Ato inter-religioso na Igreja da Sé lembra a morte do jornalista Vladimir Herzog, em dia 25 de outubro de 1975. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Ivo afirmou ainda que o tema da anistia tem sido sequestrado pela extrema-direita. “Anistia é um perdão. A anistia de 1979, por si só, é uma aberração, porque o regime autoritário da época nunca reconheceu que cometeu nenhum crime. Como anistiar quem não cometeu crime? A mesma coisa está acontecendo novamente com esses que estão sendo julgados pelo 8 de janeiro. Eles não admitem que cometeram crime", disse.

O presidente em exercício Geraldo Alckmin esteve na cerimônia deste sábado. “A morte do Vladimir Herzog foi o resultado do extremismo do Estado que, ao invés de proteger os cidadãos, os perseguia e matava. Por isso, fortalecer a democracia, a justiça e a liberdade”, disse Alckmin.

Questionado se era a favor da revisão da Lei da Anistia de 1979, ele afirmou: “acho que já demos bons passos nessa questão”.

Ivo Herzog destacou que a presença de Alckmin reafirma o compromisso do Estado com a democracia. “Há 50 anos, quando mais de 8 mil pessoas vieram a essa catedral demonstrar sua indignação contra a barbárie que foi cometida contra o meu pai, havia muito medo, medo do Estado. Havia dezenas de atiradores de plantão aguardando que qualquer manifestação, qualquer desordem justificasse um massacre", lembrou. 

"Hoje, na pessoa do presidente, Geraldo Alckmin, nós temos o Estado de mãos dadas com a gente, para reafirmar o compromisso com a democracia, reafirmar o compromisso com a justiça, reafirmar o compromisso com os direitos humanos, reafirmar o compromisso com a verdade.”

O assassinato de Vlado
 

São Paulo (SP), 25/10/2025 - Ato Interreligioso na Igreja da Sé,  lembrando o jornalista Vladimir Herzog, morto pelo regime militar no dia 25 de outubro de  1975. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
O jornalista Vladimir Herzog foi assassinado pela ditadura militar há 50 anos, no dia 25 de outubro de 1975. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Vladimir Herzog foi torturado e morto nas dependências do Doi-Codi - órgão de repressão da ditadura militar subordinado ao Exército -, onde havia sido preso sem ordem judicial. Diretor de Jornalismo da TV Cultura na época, Vlado, como era conhecido entre colegas e amigos, havia se apresentado voluntariamente, na manhã de 25 de outubro de 1975, ao órgão de repressão.

“Eu estava fechado em uma cela forte, eu ouvia uma pessoa sendo torturada e a pergunta era basicamente ‘quem são os jornalistas?’. [Eu me questionava:] ‘Quem pode ser a essa altura? Quem tinha pra ser preso já foi preso ou fugiu’”, lembra o jornalista Sérgio Gomes.

Ele estava preso no Doi-Codi na data em que Vlado foi assassinado. “Afinal, tem uma hora que para tudo, silêncio, remanejam as pessoas de um lugar para o outro, e é a hora que tiram o cadáver e fazem a simulação do suicídio”, relatou.

Desde a morte de Herzog, sua esposa, Clarice Herzog, esteve à frente das denúncias sobre o assassinato político do marido.

No dia 31 de outubro de 1975, foi realizado um ato na Catedral da Sé, um marco na resistência democrática conduzido por líderes religiosos como o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel e o reverendo Jaime Wright, com o apoio do jornalista Audálio Dantas, então presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Cinco décadas depois, o novo ato inter-religioso na Sé é dedicado à memória de todas as vítimas da ditadura.

Na tarde de hoje, jornalistas fizeram uma passeata desde o auditório Vladimir Herzog, na sede do sindicato da categoria em São Paulo (SJPSP), até a Sé para participar do evento na catedral.

“Hoje é um dia muito especial, muito emocionante. Logo após o assassinato de Herzog, no dia 25, houve uma assembleia no sindicato, em que centenas de jornalistas decidiram organizar o ato do dia 31 de outubro na Catedral da Sé, que foi aquele primeiro grande ato contra a ditadura militar, pós AI-5. Rememorar essa caminhada, fazer essa atividade, foi muito bonito, com pessoas de diferentes gerações, colegas jornalistas”, disse Thiago Tanji, presidente do SJPSP.

“É importante lembrar que as pessoas que torturaram, assassinaram o Vladimir Herzog, não foram condenadas, não foram investigadas, então a nossa luta contra impunidade é sobre o passado, mas também no presente, contra os golpistas do passado e do presente. Realizar essa atividade com uma catedral cheia, um lugar significativo na luta pela democracia, é muito especial”, finalizou.

Diversas pessoas que estiveram no primeiro ato e voltaram para a catedral 50 anos depois foram aplaudidas de pé. Também compareceram ao local nomes como Luiza Erundina, Eugênia Gonzaga, Amelinha Teles, Jurema Werneck, Fernando Morais, José Dirceu, Ivan Valente, Sérgio Gomes, Eduardo Suplicy, José Genoíno, Paulo Teixeira, Paulo Vannuchi, Rui Falcão, Ariel de Castro Alves, José Trajano, Juca Kfouri, Andre Basbaum, José Carlos Dias e Frei Chico.

No começo da cerimônia deste sábado, por volta das 19h, os presentes acompanharam apresentação do Coro Luther King, que foi seguida de manifestações inter-religiosas, com a presença de dom Odilo Pedro Scherer, da reverenda Anita Wright - filha de Jaime Wright, e do rabino Rav Uri Lam. O ato foi intercalado por músicas executadas pelo coral e discursos.

Ainda na catedral, houve a exibição de vídeos especialmente produzidos para a ocasião, com imagens de manifestações e de vítimas do Estado desde a ditadura militar até os dias atuais. Entre os vídeos, estava a leitura de uma carta de Zora Herzog, mãe de Vlado, feita pela atriz Fernanda Montenegro, para o juiz Márcio José de Moraes, que reconheceu o direito à indenização para a família de Vladimir Herzog pela União.

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