Criptografia Pós-Quântica e O Futuro das Tecnologias foram os temas das últimas sessões acadêmicas do quarto dia do Programa de Educação Executiva Internacional – Hong Kong Leading Beyond, promovido pela Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará), na China. O programa reúne 40 líderes empresariais, industriais, líderes de entidades de classe, representantes do governo do Ceará e da academia em torno de discussões sobre o avanço tecnológico e os modelos de negócios que moldarão as próximas décadas. O encerramento da programação contou com a cerimônia de entrega de certificados aos participantes, em um momento de celebração e compromisso com a aplicação dos aprendizados no desenvolvimento do Ceará.
Na Universidade de Hong Kong (HKU), a primeira sessão, conduzida pelo professor Siu Ming Yiu, da HKU, abordou a ciência pós-quântica e como é possível preparar a segurança digital para a chegada dos computadores quânticos. Referência mundial em cibersegurança e professor premiado por sua contribuição acadêmica, Yiu destacou que a nova era da computação trará desafios sem precedentes. Ele explicou que, com o poder de processamento exponencial das máquinas quânticas, os sistemas de criptografia atuais poderão ser quebrados em segundos, tornando essencial o desenvolvimento de protocolos resistentes a essa nova realidade.
Na sequência, o professor Eric Moy, CEO da KBQuest e docente da HKU Business School, discutiu o impacto da inteligência artificial, da automação e das plataformas digitais no futuro da indústria. Moy, cuja empresa é parceira estratégica da Microsoft em soluções de IA, compartilhou exemplos práticos de inovações que transformam a forma como as empresas tomam decisões, otimizam processos e geram valor. Ele destacou que tecnologia e pessoas caminham juntas na jornada de transformação. “A tecnologia só entrega valor quando combinada à visão estratégica e à capacitação das pessoas”, afirmou, ressaltando que as lideranças devem enxergar o futuro como um espaço de oportunidades e colaboração.
A última atividade do dia foi a entrega dos certificados de participação, momento conduzido pelo presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, e pela reitora associada de Ensino e Aprendizado da HKU Business School, professora Olivia Leung. Em um clima de entusiasmo e integração, os participantes compartilharam suas percepções sobre o programa e reforçaram o compromisso de aplicar, juntos, o aprendizado adquirido em prol do desenvolvimento industrial do Ceará. A tríplice hélice — união entre academia, governo e setor produtivo — foi apontada como a base para transformar o conhecimento em ação concreta e sustentável.
O secretário da Casa Civil do Estado do Ceará, Chagas Vieira, destacou a relevância da iniciativa promovida pela FIEC e pelo IEL ao reunir representantes do setor produtivo, do poder público e da academia em um mesmo propósito: o desenvolvimento do Ceará. Para ele, o programa em Hong Kong proporcionou uma imersão em um dos ecossistemas mais avançados do mundo, tanto no campo tecnológico quanto no comercial. “Estar em uma das universidades mais importantes da Ásia, com professores renomados e temas tão impactantes quanto desenvolvimento e inteligência artificial, cria o ambiente perfeito para aprendizado e troca de experiências. Essa vivência nos permite conhecer práticas bem-sucedidas e pensar em como aplicá-las no nosso Estado, respeitando nossas particularidades, mas com a convicção de que unir forças e conhecimentos é o caminho mais seguro para avançar”, afirmou.
Para o reitor do Instituto Federal do Ceará (IFCE), Wally Menezes, o Programa de Educação Executiva Internacional reafirma o papel essencial da integração entre academia, indústria e governo na construção de um futuro mais inovador e sustentável. Ele destacou que a experiência em Hong Kong oferece uma visão estratégica sobre como as tecnologias emergentes, especialmente a inteligência artificial, estão moldando o cenário global e exigindo novas competências. “Aqui podemos compreender como Hong Kong e a China se relacionam com o mercado internacional e como a academia deve se preparar para esse novo contexto. Essa perspectiva é extremamente estratégica porque nós estamos caminhando em uma estrada com alguns futuros incertos e com alguns futuros previsíveis e essa é a grande mística deste programa: vermos o futuro, entendendo o passado, aprendendo com o legado de quem está à frente. E o mais importante é a integração e a união de todos esses setores. Essa é uma construção extremamente valiosa para o novo mundo”, concluiu.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, Rholden Queiroz, ressaltou a relevância da participação de um órgão de controle em uma iniciativa voltada à compreensão das transformações econômicas e tecnológicas globais. Para ele, o Programa de Educação Executiva Internacional é uma oportunidade estratégica para que o controle externo acompanhe de perto as mudanças que impactam a gestão pública e a economia mundial. “O mundo vive um momento de inflexão, com profundas transformações tecnológicas e uma reconfiguração do cenário geopolítico e econômico. Estar em Hong Kong, porta de entrada para a Ásia e um dos principais centros de inovação do planeta, nos permite entender como essas mudanças podem gerar oportunidades para o Ceará. Para nós, que atuamos na regulação e no controle, compreender essas dinâmicas é essencial para garantir que o Estado avance de forma responsável, transparente e eficiente. Saímos daqui com um grande aprendizado e com a certeza de que o programa da FIEC e do IEL tem sido uma experiência de excelência e alto impacto”, destacou.
O secretário da Fazenda do Estado do Ceará, Fabrizio Gomes Santos, destacou a relevância do Hong Kong Leading Beyond como uma oportunidade única de ampliar horizontes e adquirir novas perspectivas. “É o terceiro ano que participo e esse está sendo muito interessante. É uma cultura diferente, uma oportunidade de ver outras visões que não vemos no Brasil e no mundo ocidental”, afirmou. Para ele, os professores da Universidade de Hong Kong têm trazido discussões profundas sobre tecnologia, desenvolvimento e diferentes formas de pensar o futuro. Fabrizio elogiou a organização da FIEC e do IEL e ressaltou que a experiência deixará um legado prático. “Saio daqui com muitas ideias para aplicarmos no Estado, fortalecendo o desenvolvimento e o crescimento econômico do Ceará”, completou.
O empresário e presidente do Sindquímica, Beto Chaves, destacou a excelência do Programa de Educação Executiva Internacional e o papel transformador do IEL na capacitação das lideranças industriais cearenses. Para ele, a experiência em Hong Kong representa uma oportunidade única de aprendizado e de conexão com tecnologias e práticas inovadoras que podem ser aplicadas no Ceará. “O IEL montou um programa muito bem elaborado. O time do IEL está sempre buscando soluções para transformar e fortalecer a indústria cearense. Estar na China, um país disruptivo e referência em inovação, nos permite aprender e levar esse conhecimento para impulsionar nossas indústrias. O setor químico está em transformação, e aqui identificamos muitas oportunidades para aprimorar nossa cadeia de suprimentos, reduzir custos e ampliar a competitividade. Essa é uma experiência que vai gerar resultados concretos para o nosso setor e para o desenvolvimento do Estado. O presidente Ricardo está de parabéns por apoiar e sempre fomentar esse trabalho”, afirmou.
O presidente do Sinduscon-CE e diretor executivo da Dias de Sousa Construções, Patriolino Dias, ressaltou o impacto transformador do programa na formação das lideranças empresariais cearenses. “O programa traz experiências incríveis e a gente abre a mente. Temos acesso a uma universidade que é uma das melhores da Ásia e a toda a bagagem que eles têm em conhecimento, como inteligência artificial e Indústria 5.0”, disse. Para ele, o intercâmbio entre os participantes e a troca de vivências são pontos altos da iniciativa. “Essa integração enriquece demais. Vamos levar toda essa bagagem para disseminar no sindicato e fortalecer o nosso setor”, destacou.
Já o empresário Germano Maia ressaltou o poder de transformação proporcionado pela experiência internacional. “Eu sempre falo que toda vez que a gente sai da empresa, a gente não tem como voltar com a mesma visão, a mesma cabeça. A gente sempre traz ingredientes novos para melhorar nossa competitividade e o nosso negócio”, afirmou. Ele elogiou a iniciativa da FIEC e do IEL por promover um ambiente de aprendizado coletivo entre profissionais de diferentes áreas. “Não tem como conviver com pessoas tão diversas e não mudar o mindset. Quem não faz isso, fica pra trás. Um programa como esse é essencial para entender a globalização, a desglobalização, como aprendemos aqui, e se posicionar melhor nesse cenário competitivo”, concluiu.


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