ZPE Ceará atrai R$ 571 bilhões em investimentos em marco histórico para o desenvolvimento industrial do Brasil

A Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), localizada no Complexo do Pecém, foi protagonista de um marco histórico para a política industrial brasileira. Na 41ª reunião ordinária do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportações (CZPE), realizada nesta segunda-feira (3), foram aprovados dez projetos empresariais para a ZPE Ceará, com investimentos que somam R$ 571 bilhões, o maior volume já autorizado para uma única ZPE desde a criação do modelo no país, com expectativa de gerar mais de 30 mil empregos diretos na região.
Ao todo, foram validados 12 projetos pelo CZPE na reunião desta segunda-feira, com R$ 585 bilhões confirmados em novos investimentos. Destes, 97% são oriundos de projetos pautados pela free trade zone cearense.
Entre os destaques, estão nove megaprojetos de datacenters – oito da empresaCasa dos Ventos e um da Bytedance Brasil Tecnologia Ltda. – que, juntos, devem elevar em R$ 80 bilhões por ano a balança comercial brasileira de serviços. Os empreendimentos serão abastecidos com 100% de energia renovável, incluindo geração eólica e solar fora da área incentivada, o que amplia os benefícios para o interior do Estado.
Nesses novos projetos, estão previstos investimentos na ordem de R$ 22 bilhões em infraestrutura elétrica e na construção de novos parques eólicos e solares.
Mais empregos
Além disso, foi aprovado o projeto da CDV Pecém, voltado à produção de amônia verde líquida a partir de energia limpa e água de reuso. Com investimento de R$ 12 bilhões, o projeto consolida o Ceará como o maior hub de Hidrogênio Verde das Américas, criando as bases para um futuro polo de fertilizantes verdes no país.
Com os novos empreendimentos, a expectativa é de geração de 30,6 mil empregos diretos, além de 200 milhões em contrapartidas financeiras para o Estado, com foco em projetos de difusão tecnológica, capacitação e projetos sociais. Os investimentos indiretos também devem ultrapassar R$ 21,7 bilhões, ampliando os efeitos positivos para a economia local e nacional.
“A aprovação é a prova de que nosso ecossistema industrial — que integra porto, ZPE e area industrial — está pronto para competir em nível global, com base em inovação, sustentabilidade e eficiência logística. Esses projetos consolidam o Ceará como referência em economia verde e tecnologia, e reafirmam o compromisso do Complexo do Pecém em gerar desenvolvimento e oportunidades para o nosso povo”, aponta Max Quintino, presidente do Complexo do Pecém.
“O que aconteceu nessa reunião do CZPE é a materialização de um planejamento estratégico que vem sendo construído com visão global e foco em sustentabilidade, tecnologia e geração de oportunidades para o povo cearense”, afirma Fábio Feijó, presidente da ZPE Ceará. “Nunca o Brasil aprovou tantos projetos, tantos investimentos e tantos empregos em uma única sessão. E nunca o interior do Ceará esteve tão diretamente beneficiado por investimentos de multinacionais instaladas em uma ZPE.”

Conexão com o mundo
Ainda de acordo com Feijó, os projetos aprovados para a ZPE Ceará representam também um avanço na economia do conhecimento, aproveitando a infraestrutura de cabos submarinos que conecta o Estado ao mundo e reforçando o papel do Ceará como destino estratégico para empresas de base tecnológica. Para ele, o fato de ter sido eleita a melhor free trade zone do mundo em 2025, segundo a fDi Intelligence, publicação do grupo Financial Times, não ocorreu por obra do acaso.
“Fomos a primeira ZPE a operar no Brasil, a primeira a aprovar um projeto de Hidrogênio Verde e agora somos também a primeira a aprovar projetos exportadores de serviços. Isso prova que o Ceará está na vanguarda da nova economia global. Esses resultados são fruto de metas claras definidas pelo governador Elmano de Freitas, que posicionou o Ceará como protagonista mundial em Hidrogênio Verde e na Economia do Conhecimento. E o mais importante: essa transformação não fica restrita à localidade onde está a ZPE. Os parques eólicos e solares necessários para viabilizar os projetos serão instalados no Interior, levando emprego, renda e oportunidades para onde fazem maior diferença”, conclui o presidente da ZPE Ceará.
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