
O Estado do Ceará finaliza o ano de 2025 com 40,64% da capacidade total acumulada em seus reservatórios, o que representa aproximadamente 18,4 bilhões de metros cúbicos de água armazenados. O volume considera os reservatórios de água monitorados e gerenciados pela Cogerh que são, por sua vez, estratégicos para o Ceará.
Atualmente, 37 açudes do Estado operam com volumes abaixo de 30% da capacidade, enquanto apenas dois reservatórios apresentam níveis superiores a 90%, evidenciando a distribuição desigual da água entre as bacias hidrográficas.
As bacias localizadas no norte do Estado apresentam situação mais confortável. É o caso das bacias do Coreaú, Litoral, Curu, Metropolitanas, Acaraú e Serra da Ibiapaba, todas com volumes acima de 50% da capacidade total.
Em contrapartida, as bacias do Médio Jaguaribe, Sertões de Crateús e Banabuiú inspiram maior atenção, com volumes abaixo de 30%. A situação mais crítica é registrada na bacia dos Sertões de Crateús, que acumula apenas 10% da capacidade total.
Segundo o Diretor Presidente da Cogerh, Yuri Castro, o cenário atual dos reservatórios reflete as desigualdades entre as bacias hidrográficas do Estado.
“O Ceará possui realidades hídricas muito distintas entre suas bacias. Enquanto algumas regiões encerram o ano com volumes mais confortáveis, outras ainda enfrentam níveis críticos. Por isso, o monitoramento constante e a análise individualizada de cada bacia são fundamentais para orientar a tomada de decisões e garantir o uso equilibrado da água
Segurança Hídrica para o Ceará

As principais obras de segurança hídrica são coordenadas pela Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH). Entre elas estão: o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), o Malha d’Água e a duplicação do Eixão das Águas.
O CAC, com 91% de execução e previsão de conclusão para junho de 2026, integra as águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) aos principais reservatórios do Estado, permitindo maior flexibilidade operacional e atendimento às regiões mais críticas.
A Malha d’Água tem como foco o abastecimento humano em áreas historicamente vulneráveis à escassez, reduzindo a dependência de carros-pipa e de reservatórios locais de pequeno porte, além de aumentar a resiliência dos sistemas regionais.
Já a duplicação do Eixão das Águas amplia a capacidade de transferência hídrica para a Região Metropolitana de Fortaleza e áreas estratégicas do interior, garantindo maior confiabilidade operacional, especialmente em cenários de estiagem prolongada.
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