*Tempo seco e quente elevam casos de alergias e doenças respiratórias*
Com a queda da umidade relativa do ar e o aumento das temperaturas, o Brasil enfrenta uma das épocas do ano mais críticas para a saúde respiratória. O tempo seco favorece a concentração de poluentes, poeira e microorganismos, provocando uma escalada nos casos de alergias, gripes, resfriados e infecções. Especialistas alertam que a combinação entre baixa umidade, poluição e hábitos urbanos pode intensificar crises de asma, rinite e sinusite, além de comprometer o bem-estar de grupos vulneráveis, como crianças e idosos.
De acordo com o clínico geral e professor do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Dr. Dantas Júnior, o ar seco reduz a capacidade natural de defesa do organismo. “As mucosas do nariz e da garganta precisam de umidade para funcionar como barreira protetora. Quando estão ressecadas, ficam mais suscetíveis à entrada de vírus e bactérias, aumentando o risco de gripes, resfriados e crises alérgicas”, explica o docente. Ele ressalta que a sensação de desconforto respiratório, ardor nos olhos e irritação na garganta são sinais de alerta comuns nessa época.
Segundo dados de estudos recentes, a higienização nasal com soro fisiológico pode prevenir até 40% dos sintomas associados a doenças respiratórias. A medida, simples e acessível, ajuda a eliminar impurezas, hidratar as mucosas e reduzir a proliferação de agentes irritantes. “Manter o nariz limpo e hidratado é uma das estratégias mais eficazes para evitar complicações. É uma prática especialmente importante para quem vive em regiões com clima seco e poluído”, destaca o professor do IDOMED.
O impacto do tempo seco também se reflete no aumento de atendimentos hospitalares e consultas médicas por crises de asma e rinite. O ar condicionado, usado com mais frequência para aliviar o calor, agrava o problema, pois reduz ainda mais a umidade e acumula ácaros e fungos. “É essencial fazer a limpeza periódica dos filtros de ar e evitar ambientes fechados por longos períodos. O ideal é manter a circulação natural do ar, sempre que possível”, recomenda o docente.
Para enfrentar o período de baixa umidade, os especialistas orientam uma rotina preventiva: ingerir bastante água, preferir ambientes ventilados, usar umidificadores com moderação e evitar produtos com odores fortes, como desinfetantes e perfumes. Além disso, a vacinação contra a gripe continua sendo uma aliada importante para reduzir complicações respiratórias e internações. “O tempo seco é um desafio anual, mas com prevenção e hábitos simples, é possível atravessar essa fase com mais saúde e qualidade de vida”, conclui o professor.

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